As caricaturas da discórdia
Bruxelas A União Europeia lamenta que os desenhos tenham sido considerados ofensivos e reitera o princípio da liberdade de expressão, escreve PortugalDiario reportando-se à agência Lusa.
à saída de uma reunião do conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 25, Fernando Neves acrescentou que "a liberdade de expressão deve ser utilizada com responsabilidade e com respeito pelos valores religiosos".
Em conferência de imprensa após o encontro, a chefe da diplomacia austríaca, actualmente na presidência de turno da UE, Ursula Plassnik, apelou ao diálogo e ao respeito entre religiões, civilizações e culturas.
terça-feira, fevereiro 28, 2006
VAMOS CRIAR A
FECO - PORTUGAL?
Andam lá fora uns a tirar a máscara, outros a pôr. Porque hoje é dia de Carnaval.
Andam a viver o (em) humor, dizem (pensam) eles.
E amanhã já é quarta-feira de cinzas. Das cinzas dos humores que hoje ardem ao rubro numa esquizofrenia estranha de quem tem apenas o dia de hoje para se divertir. Para se evadir.
Amanhã, quarta-feira de cinzas, recomeça o nosso trabalho, o trabalho dos humoristas que gozam o outro carnaval, aquele que dura 365 dias. Aquele cujas máscaras desenhamos e publicamos não essencialmente com o sentido da diversão, não propriamente com o sentido da evasão, antes sim com a preocupação do alerta, de consciencialização, da denúncia.
Hoje, para nós, desenhadores de máscaras, é dia de reflexão. Por isso, hoje, o assunto que segue.
O assunto
Desde há uns pares de anos, temos sido eu e o Varela os portugueses que mais regularmente têm participado no Encontro Iberoamericano de Caricaturistas de Alcalá de Henares (Madrid). Outras presenças mais ou menos regulares: Ferreira dos Santos e Osvaldo de Sousa. Também por lá passou (creio que um só ano) o Ricardo Galvão. Idem, o António. E salvo erro o Rui Pimentel.
Em consequência dessa regularidade, o Varela e eu temos conversado ao longo dos últimos anos com o Harca, nosso colega de Valência, Presidente da FECO - Federation of European Cartoonists' Organizations. Conversado acerca da eventual criação da FECO - PORTUGAL.
Porquê só agora?
Durante alguns anos, o Encontro de Alcalá de Henares foi sendo palco da tentativa de criação de uma coisa que se chamaria ONUH - Organização das Nações Unidas pelo Humor. Projecto interessante, cuja dimensão abraçava o Mundo. Mas não se concretizou. Talvez porque a sua dimensão fosse desmedida, talvez porque visasse congregar profissionais geograficamente muito afastados, talvez porque fosse um projecto que só se discutia de ano a ano.
A seguir, salvo erro há dois anos, aqui em Portugal, no seio do Festival de Banda Desenhada da Amadora, nasceu a ideia de uma associação que englobasse autores de Banda Desenhada, ilustradores, Caricaturistas e profissionais da Animação. Chegou a eleger-se, em plenário, uma comissão instaladora, abriu-se um forum na internet onde se discutiu bastante, mas também esse processo sossobrou.
Portanto, está o "terreno" de novo livre para nova sementeira.
Porquê, já agora?
Nunca é demasiado cedo para criar uma associação de classe. E, nos tempos que correm, existem "exércitos" apostados no extermínio da Caricatura, se não dos caricaturistas. E nós, frágeis na solidão do nosso cantinho, assistimos estupefactos, impotentes, ao avassalar da histeria. E assistimos à progressão esmagadora da concentração dos média, à invasão de material estrangeiro (de agência) pronto a ser editado por preço irrisório sem qualquer mecanismo de acautelamento do interesse dos autores nacionais (como existe, por exemplo, para a música).
Como?
O Varela e eu, que muito temos conversado sobre isto, entre nós e com o Harca, estamos cada vez mais convictos de que uma solução associativa concretizável e eficaz será criarmos um projecto que evite os problemas das anteriores tentativas: dispersão geográfica e demasiada abrangência. Assim, focalizaríamos o nosso esforço sobre uma classe restrita (caricaturistas/cartoonistas) de Portugal.
Porquê a FECO?
Ao criarmos a FECO - PORTUGAL, teríamos, por um lado, uma associação funcional pela sua leveza organizativa, mas por outro lado com dimensão internacional enquanto membro da Federação.
Vamos ao diálogo?
Segundo os estatutos da FECO, para criar a FECO - PORTUGAL é necessário um mínimo de 10 caricaturistas. O Varela e eu já reunimos esclarecimentos e documentação acerca deste processo (com a ajuda preciosa do Harca), que aqui divulgaremos a pouco e pouco.
Convida-se os colegas a pronunciarem-se em comentário, que será de imediato aqui colocado em "post". Para colocar comentário, basta clicar na linha seguinte, sobre a palavra comments.
Zé Oliveira
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Caricaturas
Jornais malaios encerram
Malásia As autoridades da malaias ordenaram o encerramento por duas semanas de um terceiro jornal que publicou uma das caricaturas de que desencadearam a cólera da comunidade muçulmana.
A decisão foi tomada após a publicação no início do mês pelo Berita Petang Sarawak de um artigo intitulado «estamos prontos para a Jihad», que era acompanhado pela reprodução de uma caricatura, indicou o Governo em comunicado.
A suspensão por duas semanas de um outro diário de língua chinesa, o Guangming Daily, foi ordenada no passado dia 15 e justificada pela publicação de uma fotografia que mostrava uma pessoa a ler um jornal onde se podia distinguir uma dessas caricaturas.
Por último, no início deste mês as autoridades malaias suspenderam, pelas mesmas razões e por período indeterminado, a publicação de outro jornal local, o Sarawak Tribune.
O diário oficial New Strait Times, que optou por um desenho parodiando a controvérsia em torno das caricaturas, escapou às malhas da censura após um pedido de desculpas.
resumido de DiárioDigitall
Caricaturas não são causa, mas pretexto
Grécia – O chefe da Igreja ortodoxa de Atenas afirmou ontem, domingo, que está preocupado com o caso das caricaturas, porque "pode desencadear uma guerra entre civilizações ou religiões. As caricaturas não seriam a causa, mas o pretexto. Todo mundo teme o início de uma nova guerra entre civilizações ou religiões. A causa da controvérsia é o desprezo, a marginalização e a exploração dos muçulmanos por certos cristãos que servem seus próprios interesses sob a bandeira do cristianismo", indicou monsenhor Christodoulos no seu sermão deste domingo, segundo a agência de notícias grega Ana.
A imprensa grega ainda não publicou as caricaturas. E o governo grego adoptou uma posição moderada sobre o caso, defendendo "o diálogo entre as civilizações" e denunciando "as violências provocadas pela polêmica.
Grécia – O chefe da Igreja ortodoxa de Atenas afirmou ontem, domingo, que está preocupado com o caso das caricaturas, porque "pode desencadear uma guerra entre civilizações ou religiões. As caricaturas não seriam a causa, mas o pretexto. Todo mundo teme o início de uma nova guerra entre civilizações ou religiões. A causa da controvérsia é o desprezo, a marginalização e a exploração dos muçulmanos por certos cristãos que servem seus próprios interesses sob a bandeira do cristianismo", indicou monsenhor Christodoulos no seu sermão deste domingo, segundo a agência de notícias grega Ana.
A imprensa grega ainda não publicou as caricaturas. E o governo grego adoptou uma posição moderada sobre o caso, defendendo "o diálogo entre as civilizações" e denunciando "as violências provocadas pela polêmica.
sábado, fevereiro 25, 2006
Secretário de Estado e dono de jornal pede desculpa pelas caricaturas
Muçulmanos guineenses pediram demissão de governante e dono de jornal, mas recuaram
Guiné A manifestação de muçulmanos guineenses marcada para a passada, sexta-feira, em sinal de desagrado pela publicação (passado dia 17) das caricaturas do profeta pelo jornal "Diário de Bissau", um dos de maior tiragem da Guiné, acabou por não se realizar.
O jornal é propriedade do jornalista João de Barros, actual secretário de Estado da Comunicação Social. O Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos da Guiné-Bissau pedia ao presidente guineense que demitisse João de Barros das funções governativas, mas o secretário de Estado pediu desculpas pelo sucedido através da rádio oficial e o secretário executivo do Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos recomendou aos fiéis que aceitassem o pedido de desculpas ao mesmo tempo que recomendava "a necessidade de não voltarem a acontecer situações deste género".
Muçulmanos guineenses pediram demissão de governante e dono de jornal, mas recuaram
Guiné A manifestação de muçulmanos guineenses marcada para a passada, sexta-feira, em sinal de desagrado pela publicação (passado dia 17) das caricaturas do profeta pelo jornal "Diário de Bissau", um dos de maior tiragem da Guiné, acabou por não se realizar.
O jornal é propriedade do jornalista João de Barros, actual secretário de Estado da Comunicação Social. O Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos da Guiné-Bissau pedia ao presidente guineense que demitisse João de Barros das funções governativas, mas o secretário de Estado pediu desculpas pelo sucedido através da rádio oficial e o secretário executivo do Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos recomendou aos fiéis que aceitassem o pedido de desculpas ao mesmo tempo que recomendava "a necessidade de não voltarem a acontecer situações deste género".
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Floreano foi da Galiza a Nova Iorque...
...e a taça de ribeiro deu-lhe para se armar em King Kong!...Uma imprudência que não se recomenda a ninguém, principalmente quando por aqueles lados voam tantos meios aéreos!... E bem basta, hoje em dia, o perigo que Floreano enfrenta pelo simples facto de ser uma caricatura!...Mas estes galegos são muito ambiciosos! Não basta ao Floreano a tranquiliadde do cantinho que ocupa todos os dias no Faro de Vigo, vivendo as aventuras que o Gogue não se cansa de inventar para ele!...
Paulo Fernandes confessa-se Em nota que acompanhava o desenho anexo, Paulo Fernandes confessava ao Buraco da Fechadura que vem já desde 1995 a sua técnica do pontilhismo. Porque o Paulo não desenha com traços, desenha com pontos (e muita paciência!) que vai aglomerando à medida da necessidade das formas e volumes de cada desenho.
Este cartoon data já dos tempos do começo dessa sua técnica, mas tem absoluta justificação nesta altura em que andamos todos estupefactos com os "conflitos" pretensamente religiosos que grassam por este mundo além... E... o que grassa nem sempre tem graça.
Z.O.
Este cartoon data já dos tempos do começo dessa sua técnica, mas tem absoluta justificação nesta altura em que andamos todos estupefactos com os "conflitos" pretensamente religiosos que grassam por este mundo além... E... o que grassa nem sempre tem graça.
Z.O.
Caricaturas "mexem" também na Guiné
Guiné A comunidade islâmica da Guiné-Bissau pretende sair hoje (sexta) à rua, para pedir a demissão do secretário de Estado da Comunicação Social, João de Barros, proprietário do jornal Diário de Bissau, que reproduziu oito das polémicas caricaturas de Maomé.
Segundo escreve hoje Fernando Jorge Pereira no site do Expresso, a manifestação está a ser preparada pelo Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos da Guiné-Bissau (CSAIGB), uma das duas organizações que agrupa dezenas de associações islâmicas, e cujo secretário executivo, Mustafa Rachid Djaló, qualificou a publicação dos polémicos cartoons de forma de "assimilação do Islão ao terrorismo".
Para o dirigente islâmico a iniciativa do jornal guineense destina-se a atrair as atenções dos países ocidentais. "Querem obter financiamentos à nossa custa», declarou Rachid Djaló. E advertiu que os muçulmanos guineenses «estão exaltados".
O secretário executivo do CSAIGB revelou que após a reza geral, que todas as sextas-feiras agrupa milhares de fiéis islâmicos, estes vão dirigir-se à sede do "Diário de Bissau", para protestar pacificamente contra a publicação das caricaturas.
"Não se trata de um confronto de religiões", defendeu Mustafa Djaló, segundo o qual «as pessoas de boa fé estão connosco», em referência ao apelo do Papa Bento XVI, que pediu o respeito pelas religiões, quando há dias recebeu o embaixador marroquino no Vaticano.
Lembrou também as palavras do secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, de que «a liberdade de imprensa deve ser exercida no respeito das religiões".
Mustafa Djaló insurgiu-se igualmente contra a política islâmica do Governo de Bissau, que qualificou de "hipócrita" e que prometeu «desmascarar» numa campanha de sensabilização. Esta manhã o CSAIGB dá uma conferência de imprensa na mesquita de Amedalai, uma das maiores da capital.
Até aqui, a única reacção dos muçulmanos guineenses à controvérsia suscitada pelas caricaturas do profeta Maomé partiu do Conselho Nacional Islâmico (CNI). A organização divulgou um comunicado, na segunda-feira, onde condena "a provocação à Oma (comunidade) islâmica" levada a cabo pela imprensa dinamarquesa.
O comunicado, anterior à saída do número do Diário de Bissau com um artigo do EXPRESSO, de 4 de Fevereiro último relativo às caricaturas, limita-se a manifestar "solidariedade total com todos os países islâmicos do Mundo que rejeitam este tipo de liberdade de imprensa e de democracia". Mas é possível que o CNI organize manifestações de protesto. Poderão realizar-se depois do Carnaval, que começa este fim-de-semana em Bissau.
Por seu lado, a direcção do Diário de Bissau ainda não deu qualquer explicação sobre a publicação das caricaturas, mas sabe-se que a decisão não foi pacífica na redacção.
Guiné A comunidade islâmica da Guiné-Bissau pretende sair hoje (sexta) à rua, para pedir a demissão do secretário de Estado da Comunicação Social, João de Barros, proprietário do jornal Diário de Bissau, que reproduziu oito das polémicas caricaturas de Maomé.
Segundo escreve hoje Fernando Jorge Pereira no site do Expresso, a manifestação está a ser preparada pelo Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos da Guiné-Bissau (CSAIGB), uma das duas organizações que agrupa dezenas de associações islâmicas, e cujo secretário executivo, Mustafa Rachid Djaló, qualificou a publicação dos polémicos cartoons de forma de "assimilação do Islão ao terrorismo".
Para o dirigente islâmico a iniciativa do jornal guineense destina-se a atrair as atenções dos países ocidentais. "Querem obter financiamentos à nossa custa», declarou Rachid Djaló. E advertiu que os muçulmanos guineenses «estão exaltados".
O secretário executivo do CSAIGB revelou que após a reza geral, que todas as sextas-feiras agrupa milhares de fiéis islâmicos, estes vão dirigir-se à sede do "Diário de Bissau", para protestar pacificamente contra a publicação das caricaturas.
"Não se trata de um confronto de religiões", defendeu Mustafa Djaló, segundo o qual «as pessoas de boa fé estão connosco», em referência ao apelo do Papa Bento XVI, que pediu o respeito pelas religiões, quando há dias recebeu o embaixador marroquino no Vaticano.
Lembrou também as palavras do secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, de que «a liberdade de imprensa deve ser exercida no respeito das religiões".
Mustafa Djaló insurgiu-se igualmente contra a política islâmica do Governo de Bissau, que qualificou de "hipócrita" e que prometeu «desmascarar» numa campanha de sensabilização. Esta manhã o CSAIGB dá uma conferência de imprensa na mesquita de Amedalai, uma das maiores da capital.
Até aqui, a única reacção dos muçulmanos guineenses à controvérsia suscitada pelas caricaturas do profeta Maomé partiu do Conselho Nacional Islâmico (CNI). A organização divulgou um comunicado, na segunda-feira, onde condena "a provocação à Oma (comunidade) islâmica" levada a cabo pela imprensa dinamarquesa.
O comunicado, anterior à saída do número do Diário de Bissau com um artigo do EXPRESSO, de 4 de Fevereiro último relativo às caricaturas, limita-se a manifestar "solidariedade total com todos os países islâmicos do Mundo que rejeitam este tipo de liberdade de imprensa e de democracia". Mas é possível que o CNI organize manifestações de protesto. Poderão realizar-se depois do Carnaval, que começa este fim-de-semana em Bissau.
Por seu lado, a direcção do Diário de Bissau ainda não deu qualquer explicação sobre a publicação das caricaturas, mas sabe-se que a decisão não foi pacífica na redacção.
Carlos Amor
"está lá fora" cá dentro! Vocês nem calculam a satisfação com que a Redacção em peso aqui do Buraco (98 kg com botas calçadas, fui agora pesar) recebeu mais um cartoon de Carlos Amor! Um inédito, propositadamente para os leitores buraqueiros!
Obrigado, Carlos Amor!
(A gente aqui no Buraco não paga honorários, mas diz "obrigado"!)
Zé Oliveira
"está lá fora" cá dentro! Vocês nem calculam a satisfação com que a Redacção em peso aqui do Buraco (98 kg com botas calçadas, fui agora pesar) recebeu mais um cartoon de Carlos Amor! Um inédito, propositadamente para os leitores buraqueiros!
Obrigado, Carlos Amor!
(A gente aqui no Buraco não paga honorários, mas diz "obrigado"!)
Zé Oliveira
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
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Caricaturas dividem islamitas
Jordânia O jornalista jordano Jihad Momani, que foi despedido por ter publicado as caricaturas, escreveu: “O que gera mais preconceito contra o Islã, essas caricaturas, a imagem de um sequestrador cortando a garganta de sua vítima em frente das câmeras ou um homem-bomba que explode a si mesmo durante um casamento?”
A transcrição é veiculada por The New York Times.
No Iemen, Assadi, editor, escreveu um editorial condenando as caricaturas mas também lamentando a forma como muitos muçulmanos reagiram: “Os muçulmanos tiveram uma oportunidade de educar o mundo sobre os méritos do seu profeta e a paz da sua religião”, e acrescentou: “Os muçulmanos sabem perder mais do que usar uma oportunidade.”
Para ilustrar sua opinião, ambos os editores publicaram seleções dos desenhos – e por isso foram presos e ameaçados com penas extensas.
Momani e Assadi estão entre os 11 jornalistas em cinco países que enfrentam processos por terem publicado algumas das caricaturas.
As emoções exacerbadas, a violência presente nos protestos e a prisão de jornalistas, alarmaram as pessoas, principalmente escritores, que querem expressar idéias contrárias ao sentimento da maioria. Elas ameaçaram aqueles que afirmam que os grupos islâmicos manipularam o público para mostrar seu poder, e que governos usaram as caricaturas para estabelecer suas próprias credenciais religiosas.
Ainda que as caricaturas tenham realmente enfurecido os muçulmanos, a dinâmica regional por trás do conflito tem evoluído nas últimas décadas, nas quais os líderes tentaram atrasar o crescimento do apelo político islâmico tentando estabelecer a si mesmos como guardiões da fé.
Portugal Paula Cardoso esdcreveu na VISÃO de 9 Fev. 2006:
"Está completamente nu, enrolado a uma serpente e prestes a ser torturado por um demónio. Tem o nome de profeta divino – Maomé – mas aparece condenado ao sofrimento do Inferno. No entanto, poderá ser libertado a qualquer momento, em nome de Alá, o Deus que o terá enviado à Terra para espalhar a mensagem do Islão. Depois de mais de cinco séculos e meio de martírio, num fresco da basílica de São Petrónio de Bolonha, Maomé inspira planos de resgate. A imagem do profeta, pintada por Giovanni da Modena, com base na Divina Comédia de Dante, engrossa a lista de alvos da Al Qaeda desde 2002. Mas ameaça assumir carácter de urgência, na resposta à publicação de caricaturas de Maomé, no diário dinamarquês Jillands Posten.Tal como a obra de Modena, de 1415, os cartoons escandinavos, de Setembro de 2005, despertam o ódio do Islão contra o que dizem ser uma «blasfémia» do Ocidente – os muçulmanos alegam que toda e qualquer representação do profeta constitui uma afronta à religião, embora os textos sagrados nada refiram sobre a proibição.No mais polémico dos desenhos, qual Usama bin Laden, o profeta usa um turbante em forma de bomba. Pela dignidade de Maomé, a mesma lógica extremista que anuncia atentados na igreja italiana, renova as promessas de violência nas ruas. Os protestos, que desde a semana passada atingem países da África, Ásia e Europa, começaram na Dinamarca, poucos dias após a divulgação das caricaturas de Maomé. Na terça-feira, 7, à passagem por Bruxelas, Londres, Síria, Líbano, Afeganistão, Iraque, Tailândia, Indonésia, Paquistão, Jordânia, Egipto ou Somália, esta onda de indignação e violência tinha já feito dez mortos e largas dezenas de feridos.A contra-informação islâmicaDa primeira marcha anti-cartoons, que juntou cerca de 5 mil muçulmanos em Copenhaga, para a internacionalização da crise a vários estados, passaram cerca de quatro meses. Sempre com o imã Ahmed Abu Laban no comando das operações, e, até 3 de Fevereiro, longe das preocupações do primeiro-ministro dinamarquês. Em meados de Outubro, Fogh Rasmussen recusou receber dez embaixadores da comunidade islâmica residente na Dinamarca, que representa cerca de 3% de uma população de 5,4 milhões de habitantes. A explicação, baseada no respeito pela liberdade de imprensa, desviou os queixosos da negociação política: «Devem apresentar as ofensas em tribunal.» No cumprimento do conselho, os representantes árabes esbarraram logo na fase de investigação do processo, porque as autoridades judiciais decidiram não formalizar a acusação. A impotência na Dinamarca empurrou os protestos além-fronteiras. «Queremos internacionalizar o assunto para que o Governo perceba que as caricaturas não insultam apenas os muçulmanos da Dinamarca, mas todos os árabes do mundo.» A convicção de Abu Laban, citada pelo IslamOnline.net, foi reforçada num dossiê de 43 páginas especialmente preparado a pensar nos líderes islâmicos. O arquivo, promovido por uma aliança de grupos muçulmanos dinamarqueses, terá circulado nos corredores da última reunião da Liga Árabe, nos Emirados Árabes Unidos. Mas antes passou pelo Egipto, disposto a demonstrar ao Islão o clima racista que afecta a comunidade muçulmana em Copenhaga. Para isso, os líderes escandinavos juntaram às caricaturas publicadas na imprensa, cartoons mais agressivos, alegadamente encomendados a grupos extremistas. Nos desenhos, o profeta surge no corpo de um porco, na pele de um pedófilo, e como vítima de violação canina. Embora os mandatários da Dinamarca rejeitem acusações de manipulação do dossiê, crescem as suspeitas sobre uma campanha de contra-informação islâmica.Cabeças a 7 mil eurosMas é o Ocidente que continua na mira dos ataques. A retirada forçada do pessoal diplomático de várias representações europeias no mundo árabe, entretanto vandalizadas, é acompanhada pelo boicote de produtos ocidentais. Segundo a edição online do alemão Spiegel, o alargamento do cerco económico pode representar um prejuízo anual de 322 milhões de euros para a economia dinamarquesa, e a perda de cerca de quatro mil postos de trabalho. Os números podem ter influenciado a recente mudança de direcção do Jillands Posten. Depois de defender a legitimidade dos cartoons, o chefe de redacção do diário dinamarquês, Carsten Jude, sublinhou, em editorial, que a publicação nunca teve a intenção de ofender os muçulmanos. No entanto, salvaguarda que o jornal não lamenta a publicação das caricaturas. O pedido de desculpas soou a pouco entre os grupos islâmicos, que exigem uma retractação da própria Dinamarca, extensível a todos os países cuja imprensa reproduziu os desenhos. Em França, a ira centra-se no France Soir, o primeiro a defender a liberdade de expressão. «Temos o direito de caricaturar Deus», escreveu o jornal numa primeira página dedicada a uma caricatura com as divindades budista, judia, muçulmana e cristã. A «ousadia», em forma de consolo: «Não te queixes Maomé, aqui todos somos caricaturados», rendeu ao periódico uma ameaça de bomba, na segunda-feira, 6. E provocou o despedimento do presidente da editora, a mando do principal accionista da empresa.Porém, o mote parece ter inspirado a Liga Árabe Europeia, movimento que reúne cerca de 5 mil fiéis na Bélgica. Na sua página da Internet, a associação anuncia o compromisso de «romper tabus na Europa». Para começar, o grupo muçulmano contribuiu com uma caricatura de Anne Frank e Hitler, retratados numa cama como amantes. O sentido de oportunidade anuncia novas batalhas, nomeadamente jurídicas – na França, na Alemanha e na Áustria a negação do Holacausto é punível criminalmente. No duelo liberdade de expressão versus liberdade religiosa, os fundamentalismos repetem-se em discursos musculados: «Se para a Dinamarca a liberdade de imprensa é sagrada, para nós a defesa do profeta Maomé também é sagrada», sublinha Abu Laban, citado pela agência noticiosa Associated Press. «Não é um caso de liberdade de expressão», conclui o líder. Certo é que a repressão continua firme no mundo árabe. Baseado na presunção de que os 12 cartoons foram desenhados por uma única pessoa, o partido religioso paquistanês – o Jammat-e-Islami – oferece uma recompensa de 50 mil coroas dinamarquesas (quase 7000 euros) a quem entregar a «cabeça» do desenhador. (...)"
Caricaturas dividem islamitas
Jordânia O jornalista jordano Jihad Momani, que foi despedido por ter publicado as caricaturas, escreveu: “O que gera mais preconceito contra o Islã, essas caricaturas, a imagem de um sequestrador cortando a garganta de sua vítima em frente das câmeras ou um homem-bomba que explode a si mesmo durante um casamento?”
A transcrição é veiculada por The New York Times.
No Iemen, Assadi, editor, escreveu um editorial condenando as caricaturas mas também lamentando a forma como muitos muçulmanos reagiram: “Os muçulmanos tiveram uma oportunidade de educar o mundo sobre os méritos do seu profeta e a paz da sua religião”, e acrescentou: “Os muçulmanos sabem perder mais do que usar uma oportunidade.”
Para ilustrar sua opinião, ambos os editores publicaram seleções dos desenhos – e por isso foram presos e ameaçados com penas extensas.
Momani e Assadi estão entre os 11 jornalistas em cinco países que enfrentam processos por terem publicado algumas das caricaturas.
As emoções exacerbadas, a violência presente nos protestos e a prisão de jornalistas, alarmaram as pessoas, principalmente escritores, que querem expressar idéias contrárias ao sentimento da maioria. Elas ameaçaram aqueles que afirmam que os grupos islâmicos manipularam o público para mostrar seu poder, e que governos usaram as caricaturas para estabelecer suas próprias credenciais religiosas.
Ainda que as caricaturas tenham realmente enfurecido os muçulmanos, a dinâmica regional por trás do conflito tem evoluído nas últimas décadas, nas quais os líderes tentaram atrasar o crescimento do apelo político islâmico tentando estabelecer a si mesmos como guardiões da fé.
Portugal Paula Cardoso esdcreveu na VISÃO de 9 Fev. 2006:
"Está completamente nu, enrolado a uma serpente e prestes a ser torturado por um demónio. Tem o nome de profeta divino – Maomé – mas aparece condenado ao sofrimento do Inferno. No entanto, poderá ser libertado a qualquer momento, em nome de Alá, o Deus que o terá enviado à Terra para espalhar a mensagem do Islão. Depois de mais de cinco séculos e meio de martírio, num fresco da basílica de São Petrónio de Bolonha, Maomé inspira planos de resgate. A imagem do profeta, pintada por Giovanni da Modena, com base na Divina Comédia de Dante, engrossa a lista de alvos da Al Qaeda desde 2002. Mas ameaça assumir carácter de urgência, na resposta à publicação de caricaturas de Maomé, no diário dinamarquês Jillands Posten.Tal como a obra de Modena, de 1415, os cartoons escandinavos, de Setembro de 2005, despertam o ódio do Islão contra o que dizem ser uma «blasfémia» do Ocidente – os muçulmanos alegam que toda e qualquer representação do profeta constitui uma afronta à religião, embora os textos sagrados nada refiram sobre a proibição.No mais polémico dos desenhos, qual Usama bin Laden, o profeta usa um turbante em forma de bomba. Pela dignidade de Maomé, a mesma lógica extremista que anuncia atentados na igreja italiana, renova as promessas de violência nas ruas. Os protestos, que desde a semana passada atingem países da África, Ásia e Europa, começaram na Dinamarca, poucos dias após a divulgação das caricaturas de Maomé. Na terça-feira, 7, à passagem por Bruxelas, Londres, Síria, Líbano, Afeganistão, Iraque, Tailândia, Indonésia, Paquistão, Jordânia, Egipto ou Somália, esta onda de indignação e violência tinha já feito dez mortos e largas dezenas de feridos.A contra-informação islâmicaDa primeira marcha anti-cartoons, que juntou cerca de 5 mil muçulmanos em Copenhaga, para a internacionalização da crise a vários estados, passaram cerca de quatro meses. Sempre com o imã Ahmed Abu Laban no comando das operações, e, até 3 de Fevereiro, longe das preocupações do primeiro-ministro dinamarquês. Em meados de Outubro, Fogh Rasmussen recusou receber dez embaixadores da comunidade islâmica residente na Dinamarca, que representa cerca de 3% de uma população de 5,4 milhões de habitantes. A explicação, baseada no respeito pela liberdade de imprensa, desviou os queixosos da negociação política: «Devem apresentar as ofensas em tribunal.» No cumprimento do conselho, os representantes árabes esbarraram logo na fase de investigação do processo, porque as autoridades judiciais decidiram não formalizar a acusação. A impotência na Dinamarca empurrou os protestos além-fronteiras. «Queremos internacionalizar o assunto para que o Governo perceba que as caricaturas não insultam apenas os muçulmanos da Dinamarca, mas todos os árabes do mundo.» A convicção de Abu Laban, citada pelo IslamOnline.net, foi reforçada num dossiê de 43 páginas especialmente preparado a pensar nos líderes islâmicos. O arquivo, promovido por uma aliança de grupos muçulmanos dinamarqueses, terá circulado nos corredores da última reunião da Liga Árabe, nos Emirados Árabes Unidos. Mas antes passou pelo Egipto, disposto a demonstrar ao Islão o clima racista que afecta a comunidade muçulmana em Copenhaga. Para isso, os líderes escandinavos juntaram às caricaturas publicadas na imprensa, cartoons mais agressivos, alegadamente encomendados a grupos extremistas. Nos desenhos, o profeta surge no corpo de um porco, na pele de um pedófilo, e como vítima de violação canina. Embora os mandatários da Dinamarca rejeitem acusações de manipulação do dossiê, crescem as suspeitas sobre uma campanha de contra-informação islâmica.Cabeças a 7 mil eurosMas é o Ocidente que continua na mira dos ataques. A retirada forçada do pessoal diplomático de várias representações europeias no mundo árabe, entretanto vandalizadas, é acompanhada pelo boicote de produtos ocidentais. Segundo a edição online do alemão Spiegel, o alargamento do cerco económico pode representar um prejuízo anual de 322 milhões de euros para a economia dinamarquesa, e a perda de cerca de quatro mil postos de trabalho. Os números podem ter influenciado a recente mudança de direcção do Jillands Posten. Depois de defender a legitimidade dos cartoons, o chefe de redacção do diário dinamarquês, Carsten Jude, sublinhou, em editorial, que a publicação nunca teve a intenção de ofender os muçulmanos. No entanto, salvaguarda que o jornal não lamenta a publicação das caricaturas. O pedido de desculpas soou a pouco entre os grupos islâmicos, que exigem uma retractação da própria Dinamarca, extensível a todos os países cuja imprensa reproduziu os desenhos. Em França, a ira centra-se no France Soir, o primeiro a defender a liberdade de expressão. «Temos o direito de caricaturar Deus», escreveu o jornal numa primeira página dedicada a uma caricatura com as divindades budista, judia, muçulmana e cristã. A «ousadia», em forma de consolo: «Não te queixes Maomé, aqui todos somos caricaturados», rendeu ao periódico uma ameaça de bomba, na segunda-feira, 6. E provocou o despedimento do presidente da editora, a mando do principal accionista da empresa.Porém, o mote parece ter inspirado a Liga Árabe Europeia, movimento que reúne cerca de 5 mil fiéis na Bélgica. Na sua página da Internet, a associação anuncia o compromisso de «romper tabus na Europa». Para começar, o grupo muçulmano contribuiu com uma caricatura de Anne Frank e Hitler, retratados numa cama como amantes. O sentido de oportunidade anuncia novas batalhas, nomeadamente jurídicas – na França, na Alemanha e na Áustria a negação do Holacausto é punível criminalmente. No duelo liberdade de expressão versus liberdade religiosa, os fundamentalismos repetem-se em discursos musculados: «Se para a Dinamarca a liberdade de imprensa é sagrada, para nós a defesa do profeta Maomé também é sagrada», sublinha Abu Laban, citado pela agência noticiosa Associated Press. «Não é um caso de liberdade de expressão», conclui o líder. Certo é que a repressão continua firme no mundo árabe. Baseado na presunção de que os 12 cartoons foram desenhados por uma única pessoa, o partido religioso paquistanês – o Jammat-e-Islami – oferece uma recompensa de 50 mil coroas dinamarquesas (quase 7000 euros) a quem entregar a «cabeça» do desenhador. (...)"
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Kofi Annan debate caso das caricaturas
Kofi Annan, secretário-geral da ONU, medeia crise dos cartoons num encontro da Aliança das Civilizações que reunirá líderes da Aliança das Civilizações, em Doha, no Qatar, no próximo fim-de-semana. Kofi Annan quer discutir a crise internacional provocada pelas caricaturas do profeta islâmico. Na reunião vão estar representantes de países ocidentais e muçulmanos.
Súmula de notícia do site da SIC
Kofi Annan debate caso das caricaturas
Kofi Annan, secretário-geral da ONU, medeia crise dos cartoons num encontro da Aliança das Civilizações que reunirá líderes da Aliança das Civilizações, em Doha, no Qatar, no próximo fim-de-semana. Kofi Annan quer discutir a crise internacional provocada pelas caricaturas do profeta islâmico. Na reunião vão estar representantes de países ocidentais e muçulmanos.
Súmula de notícia do site da SIC
terça-feira, fevereiro 21, 2006
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As últimas acerca das caricaturas
Paquistão A polícia paquistanesa lançou bombas de gás lacrimogéneo e disparou balas de borracha para dispersar um grande protesto em Islamabad contra as caricaturas do profeta, e a Dinamarca anunciou que estava retirando temporariamente o seu embaixador do Paquistão por razões de segurança. No país, cinco pessoas morreram na semana passada. Mas a Muttahida Majlis-i-Amal (MMA), uma aliança de seis grupos islâmicos, desafiou a proibição, e cerca de mil de seus seguidores reuniram-se no mercado central, gritando slogans contra o governo. Quando a polícia chegou, foi atacada pelos manifestantes com paus e pedras.
Na tentativa de impedir os protestos, a polícia paquistanesa tinha invadido as casas de dezenas de líderes radicais islâmicos, colocando vários deles sob prisão domiciliária, e detido centenas de seus seguidores. Mian Maqsud, porta-voz da aliança islâmica, disse que centenas de seus líderes foram presos, apesar de o ministro do Interior, Aftab Khan Sherpao, assegurar que apenas 20 deles tinham sido detidos. Funcionários do serviço de inteligência disseram que militantes de grupos proscritos têm incitado à violência.
(Informação recolhida no site Último Segundo - Brasil)
Nigéria A calma voltou à cidade de Maiduguri, no norte da Nigéria, depois de manifestações contra as caricaturas, que vitimaram 16 pessoas e deixaram várias lojas e igrejas incendiadas. Soldados e Polícias armados contiveram a propagação da violência.
Um padre católico da diocese de Maiduguri fora queimado até à morte no seu apartamento, e a residência do bispo da Diocese fora destruída.
O governo federal condenou a violência, considerando-a "lamentável".
"Apesar de o governo federal não negar a qualquer grupo o direito de defender a sua fé e eligião, acredita também que certas acções como incendiar igrejas não é a melhor forma de proteger a sua crença e fé".
A violência sectária matou milhares de pessoas na Nigéria, onde a população de aproximadamente 130 milhões de habitantes está quase dividida em proporção igual entre muçulmanos e cristãos, apesar de o país ter também um número considerável de animistas.
(Informação recolhida no site PanaPress - Angola)
Irão O procurador-geral iraniano anunciou ontem, segunda-feira, que poderá empreender acções judiciais caso sejam publicadas novamente caricaturas do profeta do Islão."Segundo as leis internacionais, os muçulmanos devem ser compensados pelos prejuízos causados pelos insultos contra o profeta", acrescentou, sem precisar em qual texto legal se baseia.
(Informação recolhida no site Angola Press)
As últimas acerca das caricaturas
Paquistão A polícia paquistanesa lançou bombas de gás lacrimogéneo e disparou balas de borracha para dispersar um grande protesto em Islamabad contra as caricaturas do profeta, e a Dinamarca anunciou que estava retirando temporariamente o seu embaixador do Paquistão por razões de segurança. No país, cinco pessoas morreram na semana passada. Mas a Muttahida Majlis-i-Amal (MMA), uma aliança de seis grupos islâmicos, desafiou a proibição, e cerca de mil de seus seguidores reuniram-se no mercado central, gritando slogans contra o governo. Quando a polícia chegou, foi atacada pelos manifestantes com paus e pedras.
Na tentativa de impedir os protestos, a polícia paquistanesa tinha invadido as casas de dezenas de líderes radicais islâmicos, colocando vários deles sob prisão domiciliária, e detido centenas de seus seguidores. Mian Maqsud, porta-voz da aliança islâmica, disse que centenas de seus líderes foram presos, apesar de o ministro do Interior, Aftab Khan Sherpao, assegurar que apenas 20 deles tinham sido detidos. Funcionários do serviço de inteligência disseram que militantes de grupos proscritos têm incitado à violência.
(Informação recolhida no site Último Segundo - Brasil)
Nigéria A calma voltou à cidade de Maiduguri, no norte da Nigéria, depois de manifestações contra as caricaturas, que vitimaram 16 pessoas e deixaram várias lojas e igrejas incendiadas. Soldados e Polícias armados contiveram a propagação da violência.
Um padre católico da diocese de Maiduguri fora queimado até à morte no seu apartamento, e a residência do bispo da Diocese fora destruída.
O governo federal condenou a violência, considerando-a "lamentável".
"Apesar de o governo federal não negar a qualquer grupo o direito de defender a sua fé e eligião, acredita também que certas acções como incendiar igrejas não é a melhor forma de proteger a sua crença e fé".
A violência sectária matou milhares de pessoas na Nigéria, onde a população de aproximadamente 130 milhões de habitantes está quase dividida em proporção igual entre muçulmanos e cristãos, apesar de o país ter também um número considerável de animistas.
(Informação recolhida no site PanaPress - Angola)
Irão O procurador-geral iraniano anunciou ontem, segunda-feira, que poderá empreender acções judiciais caso sejam publicadas novamente caricaturas do profeta do Islão."Segundo as leis internacionais, os muçulmanos devem ser compensados pelos prejuízos causados pelos insultos contra o profeta", acrescentou, sem precisar em qual texto legal se baseia.
(Informação recolhida no site Angola Press)
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Caricaturas
Indonésia Centenas de manifestantes atacaram ontem (domingo) com pedras e tomates a embaixada dos Estados Unidos em Jacarta, na Indonésia, e acusaram Washington de estar por trás da publicação das polémicas caricaturas.
Os manifestantes, membros do grupo radical Frente de Defensores do Islã, vestidos de branco, afirmaram também, enquanto ateavam fogo em bandeiras americanas, que os países ocidentais tentam destruir a religião islâmica relacionando-a com o terrorismo, conforme divulga o "Estadão", site brasileiro.
Na Indonésia, o maior país muçulmano com cerca de 90% de seus mais de cem milhões de habitantes professando esta fé, ocorreram várias manifestações após a publicação das caricaturas.
O islã proíbe qualquer representação gráfica do seu profeta para evitar a idolatria.
Turquia O EuroNews (EN) quantificou dezenas de milhares de pessoas que, em Istambul, entoaram cânticos que tinham como alvo a Dinamarca, onde os desenhos satíricos foram publicados em primeira mão, Israel e os Estados Unidos.
Nigéria Dezasseis pessoas morreram duante protestos em Maiduguri, a capital do estado de Borno, no nordeste do país. O executivo decretou recolher obrigatório na região, de onde não chegam imagens às redacções há mais de 24 horas, segundo a EN.
Paquistão Em nome da "tranquilidade e paz pública", as autoridades tentaram impedir a sétima manifestação na última semana. Vários líderes islâmicos e dezenas de militantes foram detidos nas últimas 24 horas por terem-se manifestado.
Arábia Acerca das caricaturas, o rei Abdallah da Arábia Saudita condenou hoje a ideia de um choque de civilizações, apelando à «coexistência pacífica». Segundo o Diário Digital, falava aos intelectuais árabes e muçulmanos que participam no Festival Cultural de Jadriyah.
Indonésia Centenas de manifestantes atacaram ontem (domingo) com pedras e tomates a embaixada dos Estados Unidos em Jacarta, na Indonésia, e acusaram Washington de estar por trás da publicação das polémicas caricaturas.
Os manifestantes, membros do grupo radical Frente de Defensores do Islã, vestidos de branco, afirmaram também, enquanto ateavam fogo em bandeiras americanas, que os países ocidentais tentam destruir a religião islâmica relacionando-a com o terrorismo, conforme divulga o "Estadão", site brasileiro.
Na Indonésia, o maior país muçulmano com cerca de 90% de seus mais de cem milhões de habitantes professando esta fé, ocorreram várias manifestações após a publicação das caricaturas.
O islã proíbe qualquer representação gráfica do seu profeta para evitar a idolatria.
Turquia O EuroNews (EN) quantificou dezenas de milhares de pessoas que, em Istambul, entoaram cânticos que tinham como alvo a Dinamarca, onde os desenhos satíricos foram publicados em primeira mão, Israel e os Estados Unidos.
Nigéria Dezasseis pessoas morreram duante protestos em Maiduguri, a capital do estado de Borno, no nordeste do país. O executivo decretou recolher obrigatório na região, de onde não chegam imagens às redacções há mais de 24 horas, segundo a EN.
Paquistão Em nome da "tranquilidade e paz pública", as autoridades tentaram impedir a sétima manifestação na última semana. Vários líderes islâmicos e dezenas de militantes foram detidos nas últimas 24 horas por terem-se manifestado.
Arábia Acerca das caricaturas, o rei Abdallah da Arábia Saudita condenou hoje a ideia de um choque de civilizações, apelando à «coexistência pacífica». Segundo o Diário Digital, falava aos intelectuais árabes e muçulmanos que participam no Festival Cultural de Jadriyah.
domingo, fevereiro 19, 2006
Fundamentalismos e Fundamentalismos...
Depois da leitura do comentário abaixo, pareceu-nos oportuno repescar do Buraco da Fechadura de 25 de Janeiro de 2005 a matéria que segue.
Nessa altura, o Buraco era em http://zeoliveira.blogs.sapo.pt
Realmente, "quem tiver coragem, que atire a primeira pedra"...
O cartoonista austríaco Gerhard Haderer acaba de ser condenado a seis meses de prisão por um tribunal grego como consequência de uma queixa apresentada pela Igreja Ortodoxa da Grécia.Aquela confissão religiosa sentiu-se ofendida pelo conteúdo de um livro de banda desenhada de que é autor Gerhard Haderer, com o título "The life of Jesus" (A vida de Jesus). No album, cuja tradução está à venda em Portugal, designadamente nos hipermercados Continente, Cristo é retratado como um hippie que fuma marijuana e faz surf nu no mar da Galileia e tem como melhor amigo celestial o guitarrista Jimi Hendrix.O autor, que não compareceu no tribunal, classificou a sentença como "absolutamente escandalosa", e o seu editor, Fritz Panzer, afirmou: "A Grécia é um país que faz parte da União Europeia, deveria ser um Estado livre, não deveria ser um Estado religioso, onde a liberdade de expressão de um artista é espezinhada".Os advogados recorreram da decisão, mas o livro, no qual a última ceia é representada como uma enorme festa em que todos terminam, bêbados, continua com as vendas proibidas por ordem do tribunal.
Depois da leitura do comentário abaixo, pareceu-nos oportuno repescar do Buraco da Fechadura de 25 de Janeiro de 2005 a matéria que segue.
Nessa altura, o Buraco era em http://zeoliveira.blogs.sapo.pt
Realmente, "quem tiver coragem, que atire a primeira pedra"...
O cartoonista austríaco Gerhard Haderer acaba de ser condenado a seis meses de prisão por um tribunal grego como consequência de uma queixa apresentada pela Igreja Ortodoxa da Grécia.Aquela confissão religiosa sentiu-se ofendida pelo conteúdo de um livro de banda desenhada de que é autor Gerhard Haderer, com o título "The life of Jesus" (A vida de Jesus). No album, cuja tradução está à venda em Portugal, designadamente nos hipermercados Continente, Cristo é retratado como um hippie que fuma marijuana e faz surf nu no mar da Galileia e tem como melhor amigo celestial o guitarrista Jimi Hendrix.O autor, que não compareceu no tribunal, classificou a sentença como "absolutamente escandalosa", e o seu editor, Fritz Panzer, afirmou: "A Grécia é um país que faz parte da União Europeia, deveria ser um Estado livre, não deveria ser um Estado religioso, onde a liberdade de expressão de um artista é espezinhada".Os advogados recorreram da decisão, mas o livro, no qual a última ceia é representada como uma enorme festa em que todos terminam, bêbados, continua com as vendas proibidas por ordem do tribunal.
Comentário
Este texto entrou em coéntário de uma matéria colocada há dias. porém, dado o seu interesse, projecta-se para aqui.
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Caro Zé Oliveira,
Parece-me que comparar católicos com muçulmanos é um exercício que não é simples. É o mesmo que compararmos maçãs reinetas com laranjas. De qualquer modo lembro que Em 2005 Gerhard Haderer foi condenado a 6 meses de prisão, mais vinte anos de inibição (proibição) de pisar solo grego (Europa Comunitária humanista, tolerante e civilizada) por ter feito uns quantos cartoons de Jesus Cristo...
O famoso cartoon do papa com um preservativo no nariz (António) também não foi isento de polémica e nenhum ministro no ocidente exibiu uma t-shirt com esse cartoon, pra defender a liberdade de expressão. Para além dos cartoons também a literatura e o cinema são muitas vezes alvo de perseguições pelos defensores da moral cristã de que o nosso Saramago é um belo exemplo. Creio, para além das diferenças civilazacionais e económicas, no ocidente a igreja não consegue (e se calhar nem está interessada) mobilizar as multidões (isso fica a cargo dos clubes de futebol) como no Islão em que o poder político e religioso muitas vezes se confundem. Por outro lado não sei até que ponto o próprio ocidente não tira partido em assistir ao espetáculo da ira muçulmana (media, poder político,...) para realçar uma falsa superioridade, que a existir é puramente económica tal como a superioridade dos espanhóis, franceses, dinamarqueses em relação aos portugueses é económica e não civilizacional. Na minha opinião. Não é por ver a população de uma terra qualquer na ditosa pátria a bater num político honesto (para defender um autarca corrupto) ou a vandalizar as urnas e os locais de onde se vota pelos mais variados motivos que me vou considerar civilazionalmente inferior. Se quer a minha opinião, isso não existe.
Bibliotecário Anarquista
Este texto entrou em coéntário de uma matéria colocada há dias. porém, dado o seu interesse, projecta-se para aqui.
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Caro Zé Oliveira,
Parece-me que comparar católicos com muçulmanos é um exercício que não é simples. É o mesmo que compararmos maçãs reinetas com laranjas. De qualquer modo lembro que Em 2005 Gerhard Haderer foi condenado a 6 meses de prisão, mais vinte anos de inibição (proibição) de pisar solo grego (Europa Comunitária humanista, tolerante e civilizada) por ter feito uns quantos cartoons de Jesus Cristo...
O famoso cartoon do papa com um preservativo no nariz (António) também não foi isento de polémica e nenhum ministro no ocidente exibiu uma t-shirt com esse cartoon, pra defender a liberdade de expressão. Para além dos cartoons também a literatura e o cinema são muitas vezes alvo de perseguições pelos defensores da moral cristã de que o nosso Saramago é um belo exemplo. Creio, para além das diferenças civilazacionais e económicas, no ocidente a igreja não consegue (e se calhar nem está interessada) mobilizar as multidões (isso fica a cargo dos clubes de futebol) como no Islão em que o poder político e religioso muitas vezes se confundem. Por outro lado não sei até que ponto o próprio ocidente não tira partido em assistir ao espetáculo da ira muçulmana (media, poder político,...) para realçar uma falsa superioridade, que a existir é puramente económica tal como a superioridade dos espanhóis, franceses, dinamarqueses em relação aos portugueses é económica e não civilizacional. Na minha opinião. Não é por ver a população de uma terra qualquer na ditosa pátria a bater num político honesto (para defender um autarca corrupto) ou a vandalizar as urnas e os locais de onde se vota pelos mais variados motivos que me vou considerar civilazionalmente inferior. Se quer a minha opinião, isso não existe.
Bibliotecário Anarquista
Caricaturas demitem ministro
Itália O ministro italiano Roberto Calderoli que usou uma t-shirt com as polémicas caricaturas pediu a demissão na sequência da manifestação ocorrida na Líbia. O regime líbio tinha pedido «medidas urgentes» contra Roberto Calderoli, considerado como «odioso e racista».
Segundo relata o site da TSF (reportado à AFP), o ministro disse: «Entreguei o meu mandato ao presidente Berlusconi devido ao sentido de responsabilidade e não porque me foi pedido pela maioria e pela oposição». A demissão de Calderoli tinha sido reclamada pelo próprio Berlusconi e por todos os dirigentes dos outros partidos do governo italiano depois das violentas manifestações em Benghazi, na Líbia, que provocaram pelo menos 11 mortos e 35 feridos. A fundação Khadafi, dirigida por Seif al-Islam Khadafi, um dos filhos do líder líbio Muammar Khadafi, tinha responsabilizado Calderoli pelas manifestações, tendo também pedido «medidas urgentes contra este ministro odioso e racista». Entretanto, este filho de Khadafi considerou que a manifestação foi um «erro e intervenção contra os manifestantes foi um erro ainda maior». «Poderia ter sido ainda mais grave se os manifestantes tivessem tido acesso ao consulado. Poderiam ter atentado contra a vida do cônsul», acrescentou. O ministro líbio da Segurança Pública foi, entretanto, suspenso do seu cargo e levado à presença de um juiz de instrução na sequência do «uso excesso da força» durante as manifestações de Benghazi.
A primeira manifestação contra interesses italianos num país muçulmano desde que começou a crise das caricaturas teve como consequência um incêndio no primeiro andar do consulado italiano.
Itália O ministro italiano Roberto Calderoli que usou uma t-shirt com as polémicas caricaturas pediu a demissão na sequência da manifestação ocorrida na Líbia. O regime líbio tinha pedido «medidas urgentes» contra Roberto Calderoli, considerado como «odioso e racista».
Segundo relata o site da TSF (reportado à AFP), o ministro disse: «Entreguei o meu mandato ao presidente Berlusconi devido ao sentido de responsabilidade e não porque me foi pedido pela maioria e pela oposição». A demissão de Calderoli tinha sido reclamada pelo próprio Berlusconi e por todos os dirigentes dos outros partidos do governo italiano depois das violentas manifestações em Benghazi, na Líbia, que provocaram pelo menos 11 mortos e 35 feridos. A fundação Khadafi, dirigida por Seif al-Islam Khadafi, um dos filhos do líder líbio Muammar Khadafi, tinha responsabilizado Calderoli pelas manifestações, tendo também pedido «medidas urgentes contra este ministro odioso e racista». Entretanto, este filho de Khadafi considerou que a manifestação foi um «erro e intervenção contra os manifestantes foi um erro ainda maior». «Poderia ter sido ainda mais grave se os manifestantes tivessem tido acesso ao consulado. Poderiam ter atentado contra a vida do cônsul», acrescentou. O ministro líbio da Segurança Pública foi, entretanto, suspenso do seu cargo e levado à presença de um juiz de instrução na sequência do «uso excesso da força» durante as manifestações de Benghazi.
A primeira manifestação contra interesses italianos num país muçulmano desde que começou a crise das caricaturas teve como consequência um incêndio no primeiro andar do consulado italiano.
sábado, fevereiro 18, 2006
Caricaturas: mais mortos
Houve vários mortos num protesto contra consulado italiano na Líbia, por causa das caricaturas.
Segundo o site da TSF, aconteceu ontem, sexta-feira, na cidade líbia de Benghazi, num protesto em frente do consulado italiano, que é a única representação diplomática ocidental nesta cidade.
Na sede consular encontravam-se seis empregados italianos que não sofreram qualquer dano, dado que os manifestantes não conseguiram chegar até ao edifício. A polícia terá efectuado disparos para dispersar os manifestantes. A manifestação realizou-se para protestar contra o ministro para as Reformas Constitucionais italiano, Roberto Calderoli, que multiplicou nas últimas semanas os ataques ao Islão e que se gaba de usar "t-shirt" com as polémicas caricaturas do profeta. Calderoli disse que com a sua decisão de vestir a dita "t-shirt" trava «uma batalha pela liberdade e pela democracia». Entretanto, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, pediu já a demissão do ministro Roberto Calderoli.
Houve vários mortos num protesto contra consulado italiano na Líbia, por causa das caricaturas.
Segundo o site da TSF, aconteceu ontem, sexta-feira, na cidade líbia de Benghazi, num protesto em frente do consulado italiano, que é a única representação diplomática ocidental nesta cidade.
Na sede consular encontravam-se seis empregados italianos que não sofreram qualquer dano, dado que os manifestantes não conseguiram chegar até ao edifício. A polícia terá efectuado disparos para dispersar os manifestantes. A manifestação realizou-se para protestar contra o ministro para as Reformas Constitucionais italiano, Roberto Calderoli, que multiplicou nas últimas semanas os ataques ao Islão e que se gaba de usar "t-shirt" com as polémicas caricaturas do profeta. Calderoli disse que com a sua decisão de vestir a dita "t-shirt" trava «uma batalha pela liberdade e pela democracia». Entretanto, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, pediu já a demissão do ministro Roberto Calderoli.
Zé Oliveira "em pessoa" Para o cartoon de ontem no Região de Leiria, Zé Oliveira usou a sua própria caricatura, uma veleidade que, uma vez por outra, lhe há-de ser desculpada!...
A personagem que contracena com ele não é propriamente uma pessoa desconhecida da Redacção do Região de Leiria, mas é aqui usada porque... era preciso colocar ali alguém a contracenar. Só por isso. É o... (não digo o nome) como poderia ser o Tintim.
A personagem que contracena com ele não é propriamente uma pessoa desconhecida da Redacção do Região de Leiria, mas é aqui usada porque... era preciso colocar ali alguém a contracenar. Só por isso. É o... (não digo o nome) como poderia ser o Tintim.
Caricaturas suspendem estudantes
Brasil O chefe de redação e o director de editoriais de um jornal estudantil em Illinois (Brasil) foram suspensos e submetidos a uma investigação por terem publicado charges que ridicularizam o profeta Maomé.
"Isto se transformou em uma loucura", disse ao jornal "The New York Times" Acton Gorton, chefe de redação do "Daily Illini", o jornal que publicou as caricaturas em 9 de Fevereiro.
"Fizemos isto para gerar um diálogo saudável sobre um assunto importante que está nas notícias e de modo que a gente aprenda mais sobre o Islã", acrescentou Gorton. "Agora, de facto, estou demitido". A publicação das charges motivou o protesto de militantes muçulmanos no prédio da Universidade de Illinois. A imprensa e a televisão dos Estados Unidos, em geral, abstiveram-se até agora de reproduzir as caricaturas da polémica.
Alguns jornais estudantis, incluídos os da Universidade da Carolina do Norte, e as universidades estadual e privada do Arizona, publicaram suas próprias charges sobre as caricaturas de Maomé e a controvérsia que causaram. Na segunda-feira passada o jornal estudantil Northern Star, de Illinois, também publicou 12 das caricaturas que ofenderam os muçulmanos, junto com um artigo sobre seu significado e um comentário de um dirigente estudantil muçulmano.
Transcrição adaptada de www.ultimosegundo.ig.com.br
Brasil O chefe de redação e o director de editoriais de um jornal estudantil em Illinois (Brasil) foram suspensos e submetidos a uma investigação por terem publicado charges que ridicularizam o profeta Maomé.
"Isto se transformou em uma loucura", disse ao jornal "The New York Times" Acton Gorton, chefe de redação do "Daily Illini", o jornal que publicou as caricaturas em 9 de Fevereiro.
"Fizemos isto para gerar um diálogo saudável sobre um assunto importante que está nas notícias e de modo que a gente aprenda mais sobre o Islã", acrescentou Gorton. "Agora, de facto, estou demitido". A publicação das charges motivou o protesto de militantes muçulmanos no prédio da Universidade de Illinois. A imprensa e a televisão dos Estados Unidos, em geral, abstiveram-se até agora de reproduzir as caricaturas da polémica.
Alguns jornais estudantis, incluídos os da Universidade da Carolina do Norte, e as universidades estadual e privada do Arizona, publicaram suas próprias charges sobre as caricaturas de Maomé e a controvérsia que causaram. Na segunda-feira passada o jornal estudantil Northern Star, de Illinois, também publicou 12 das caricaturas que ofenderam os muçulmanos, junto com um artigo sobre seu significado e um comentário de um dirigente estudantil muçulmano.
Transcrição adaptada de www.ultimosegundo.ig.com.br
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Caricaturas: mais episódios
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Portugal O debate na Assembleia da República de Portugal, sobre a interpelação ao Governo feita pelo CDS-PP acerca do problema das caricaturas publicadas na Dinamarca, está marcado para 2 de Março, ficando apenas dependente da confirmação da disponibilidade do ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral. O deputado democrata-cristão, Nuno Melo, voltou a criticar o chefe da diplomacia portuguesa, por ter omitido a condenação à violência e solidariedade à Dinamarca, num comunicado que divulgou na passada terça-feira. Em concordância com Nuno Melo, do PP, também os outros partidos da oposição e alguns deputados do PS, nomeadamente Henrique Freitas, criticaram Freitas do Amaral.
Recordamos que Freitas do Amaral, agora ministro dos Negócios Estrangeiros do Partido Socialista, já foi líder do CDS.
União Europeia «A liberdade de expressão não é negociável», sublinhou Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, no início do debate parlamentar em Estrasburgo, esta quarta-feira, quando os eurodeputados discutiram uma resolução condenando a violência a propósito da publicação de caricaturas do profeta. Os deputados europeus defendem que a liberdade de expressão é um «valor fundamental» da União Europeia (UE) mas que esta deve ser exercida com «responsabilidade pessoal» e respeitando os «direitos e sensibilidades» de todos. Na posição política que se prepara para tomar, a Assembleia de Estrasburgo, expressa também o seu respeito por aqueles que se sentiram ofendidos pelas caricaturas mas sublinha que qualquer ressarcimento deve ser pedido através dos tribunais.
Gunter Grass, Nobel de Literatura, considera que as caricaturas da recente polémica são semelhantes aos desenhos anti-semitas publicados na Alemanha nazi.
«Aconselho que todos observem esses desenhos: eles recordam os publicados num célebre jornal alemão da época nazi, Der Sturmer. Este jornal publicava caricaturas anti-semitas do mesmo estilo», afirma o escritor alemão em entrevista à revista Visão.
Segundo Gunter Grass, o jornal dinamarquês que publicou as caricaturas fê-lo como «uma provocação deliberada». E acha que as publicaram "porque são radicais de extrema-direita e xenófobos», afirmou Grass, de 78 anos, à revista.
Paquistão Dezenas de milhares de pessoas marcharam hoje em Karachi (Paquistão) entoando a palavra de ordem "Deus é grande" ostilizando a publicação de caricaturas. Os manifestantes incendiaram bonecos retratando o primeiro-ministro da Dinamarca e queimaram bandeiras dinamarquesas, praguejando: "Que a maldição de Deus recaia sobre aqueles que insultaram o profeta".
Cerca de 5.000 agentes policiais controlaram a manifestação, que reuniu 40.000 pessoas.
O protesto foi pacífico, mas um dia antes, em protestos idênticos, morreram três pessoas no país.
Iemen Milhares de pessoas manifestaram-se ontem em Sanaa, capital do Iemen, protestando contra a publicação das caricaturas.
Os manifestantes, dirigidos por líderes religiosos islâmicos, bloquearam o trânsito nas principais ruas da capital, queimaram bandeiras dinamarquesas e pediram o boicote aos produtos europeus, em especial dinamarqueses.
Paquistão Duas pessoas morreram e 45 ficaram feridas nesta quarta-feira, no Paquistão, em mais uma violenta manifestação contra a publicação dos cartoons. Entre os mortos está um menino de oito anos, que foi atingido por um tiro no rosto, em Ganj, zona densamente povoada de Peshawar.
Um restaurante da cadeia norte-americana Kentucky Fried Chicken (KFC) e cinemas de Peshawar foram incendiados.
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Portugal O debate na Assembleia da República de Portugal, sobre a interpelação ao Governo feita pelo CDS-PP acerca do problema das caricaturas publicadas na Dinamarca, está marcado para 2 de Março, ficando apenas dependente da confirmação da disponibilidade do ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral. O deputado democrata-cristão, Nuno Melo, voltou a criticar o chefe da diplomacia portuguesa, por ter omitido a condenação à violência e solidariedade à Dinamarca, num comunicado que divulgou na passada terça-feira. Em concordância com Nuno Melo, do PP, também os outros partidos da oposição e alguns deputados do PS, nomeadamente Henrique Freitas, criticaram Freitas do Amaral.
Recordamos que Freitas do Amaral, agora ministro dos Negócios Estrangeiros do Partido Socialista, já foi líder do CDS.
União Europeia «A liberdade de expressão não é negociável», sublinhou Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, no início do debate parlamentar em Estrasburgo, esta quarta-feira, quando os eurodeputados discutiram uma resolução condenando a violência a propósito da publicação de caricaturas do profeta. Os deputados europeus defendem que a liberdade de expressão é um «valor fundamental» da União Europeia (UE) mas que esta deve ser exercida com «responsabilidade pessoal» e respeitando os «direitos e sensibilidades» de todos. Na posição política que se prepara para tomar, a Assembleia de Estrasburgo, expressa também o seu respeito por aqueles que se sentiram ofendidos pelas caricaturas mas sublinha que qualquer ressarcimento deve ser pedido através dos tribunais.
Gunter Grass, Nobel de Literatura, considera que as caricaturas da recente polémica são semelhantes aos desenhos anti-semitas publicados na Alemanha nazi.
«Aconselho que todos observem esses desenhos: eles recordam os publicados num célebre jornal alemão da época nazi, Der Sturmer. Este jornal publicava caricaturas anti-semitas do mesmo estilo», afirma o escritor alemão em entrevista à revista Visão.
Segundo Gunter Grass, o jornal dinamarquês que publicou as caricaturas fê-lo como «uma provocação deliberada». E acha que as publicaram "porque são radicais de extrema-direita e xenófobos», afirmou Grass, de 78 anos, à revista.
Paquistão Dezenas de milhares de pessoas marcharam hoje em Karachi (Paquistão) entoando a palavra de ordem "Deus é grande" ostilizando a publicação de caricaturas. Os manifestantes incendiaram bonecos retratando o primeiro-ministro da Dinamarca e queimaram bandeiras dinamarquesas, praguejando: "Que a maldição de Deus recaia sobre aqueles que insultaram o profeta".
Cerca de 5.000 agentes policiais controlaram a manifestação, que reuniu 40.000 pessoas.
O protesto foi pacífico, mas um dia antes, em protestos idênticos, morreram três pessoas no país.
Iemen Milhares de pessoas manifestaram-se ontem em Sanaa, capital do Iemen, protestando contra a publicação das caricaturas.
Os manifestantes, dirigidos por líderes religiosos islâmicos, bloquearam o trânsito nas principais ruas da capital, queimaram bandeiras dinamarquesas e pediram o boicote aos produtos europeus, em especial dinamarqueses.
Paquistão Duas pessoas morreram e 45 ficaram feridas nesta quarta-feira, no Paquistão, em mais uma violenta manifestação contra a publicação dos cartoons. Entre os mortos está um menino de oito anos, que foi atingido por um tiro no rosto, em Ganj, zona densamente povoada de Peshawar.
Um restaurante da cadeia norte-americana Kentucky Fried Chicken (KFC) e cinemas de Peshawar foram incendiados.
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Richard Câmara na Vega analisado em blog
O jovem português Richard Câmara está a publicar, a partir de Madrid, uma história de BD em pranchas na revista Vega, publicação portuguesa dedicada aos desportos marítimos e tudo o que ao mar diga respeito. Para ler uma excelente opinião crítica, visitar http://lerbd.blogspot.com
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
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A Palavra dos Outros
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Jornal de Notícias
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"[Freitas do Amaral] sugere a bizarria de organizar um campeonato de futebol com os árabes. Uma péssima ideia, senhor ministro, a não ser que em nome da 'paz' nós devessemos fazer por perder. é que no futebol, como na liberdade, nós damos-lhes uma 'cabazada'."
David Pontes
Público
.
"O que se passou nas últimas semanas a propósito dos cartoons de Maomé mostra que há imensa gente disponível para ceder, que há grandiloquentes proclamações que se desmoronam perante o primeiro abalo e que esse perigo, que vem de dentro, é muito maior do que estarmos no sítio errado à hora errada de um atentado."
José Manuel Fernandes
.
Diário Económico
.
"Desde as primeiras manifestações [contra os cartoons], o que esteve sempre em jogo foi a força ou a fraqueza da Europa. Começar a discutir a legitimidade e os limites de princípios fundamentais da nossa ordem política, como a liberdade de expressão, é desde logo um sinal d efraqueza."
João Marques de Almeida
Público
.
"Em Cuba existe um processo revolucionário escolhido pelos próprios cubanos. Quem sou eu para dizer que a minha democracia é melhor do que a deles?"
Jerónimo de Sousa
.
.
.
http://ablasfemia.blogspot.com
.
"A maior parte das religiões considera blasfémia tudo aquilo que possa colocar em causa as suas crenças, o que só por si revela alguma insegurança. Se as crenças fossem sólidas e fundamentadas resistiriam facilmente às tentativas de sátira e de ridicularização. O problema é que os crentes não estão tão seguros quanto isso das suas crenças e temem o confronto com a sátira."
João Miranda
.
.
http://abrupto.blogspot.com
.
"O 11 de Setembro parece tão esquecido que já nem conta para as "agressões " de que nos fala o MNE"
José Pacheco Pereira
.
.
http://espectro.blogspot.com
.
"Presume-se que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros , tentando falar em nome do país, fale pelo menos em nome do Governo. Mas convinha que o primeiro-ministro explicasse se também ele se vai empenhar na organização de um jogo de futebol entre árabes e europeus para distender o conflito de civilizações. Ou se também ele considera que a maioria das "provocações" tem partido do Ocidente e dios seus infiéis agitadores."
Constança Cunha e Sá
In Diário de Notícias
14-02-06
A Palavra dos Outros
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Jornal de Notícias
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"[Freitas do Amaral] sugere a bizarria de organizar um campeonato de futebol com os árabes. Uma péssima ideia, senhor ministro, a não ser que em nome da 'paz' nós devessemos fazer por perder. é que no futebol, como na liberdade, nós damos-lhes uma 'cabazada'."
David Pontes
Público
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"O que se passou nas últimas semanas a propósito dos cartoons de Maomé mostra que há imensa gente disponível para ceder, que há grandiloquentes proclamações que se desmoronam perante o primeiro abalo e que esse perigo, que vem de dentro, é muito maior do que estarmos no sítio errado à hora errada de um atentado."
José Manuel Fernandes
.
Diário Económico
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"Desde as primeiras manifestações [contra os cartoons], o que esteve sempre em jogo foi a força ou a fraqueza da Europa. Começar a discutir a legitimidade e os limites de princípios fundamentais da nossa ordem política, como a liberdade de expressão, é desde logo um sinal d efraqueza."
João Marques de Almeida
Público
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"Em Cuba existe um processo revolucionário escolhido pelos próprios cubanos. Quem sou eu para dizer que a minha democracia é melhor do que a deles?"
Jerónimo de Sousa
.
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http://ablasfemia.blogspot.com
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"A maior parte das religiões considera blasfémia tudo aquilo que possa colocar em causa as suas crenças, o que só por si revela alguma insegurança. Se as crenças fossem sólidas e fundamentadas resistiriam facilmente às tentativas de sátira e de ridicularização. O problema é que os crentes não estão tão seguros quanto isso das suas crenças e temem o confronto com a sátira."
João Miranda
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http://abrupto.blogspot.com
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"O 11 de Setembro parece tão esquecido que já nem conta para as "agressões " de que nos fala o MNE"
José Pacheco Pereira
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http://espectro.blogspot.com
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"Presume-se que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros , tentando falar em nome do país, fale pelo menos em nome do Governo. Mas convinha que o primeiro-ministro explicasse se também ele se vai empenhar na organização de um jogo de futebol entre árabes e europeus para distender o conflito de civilizações. Ou se também ele considera que a maioria das "provocações" tem partido do Ocidente e dios seus infiéis agitadores."
Constança Cunha e Sá
In Diário de Notícias
14-02-06
Holocausto a concurso
Irão Um concurso internacional de Caricatura intitulado "Qual é o limite da liberdade de expressão do Ocidente"está a ser lançado pela Casa da Caricatura do Irão sob o tema o Holocausto e os Judeus. A primeira caricatura foi publicada no domingo no site da organização. É desenhada por Michael Leuning, da Austrália. O desenho mostra um judeu, com a estrela de David, a entra num campo de concentração em cujo portão se pode ler "o trabalho conduz à liberdade".
O site (www.irancartoon.com) admite que os EUA possam acabar por encerrar a página.
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terça-feira, fevereiro 14, 2006
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Comissão política do CDS analisa de
emergência caso das Caricaturas
Possibilidade: Moção de censura
A Comissão Política do CDS/PP vai reunir de emergência na próxima quinta-feira, convocada por Ribeiro e Castro, líder do partido e também deputado europeu.
A reunião tem como objectivo analisar a posição que o Governo tem tomado no cado das caricaturas de Maomé. Uma possibilidade que está a ser equacionada, é a apresentação de uma uma moção de censura ao governo de Sócrates.
Quebra de solidariedade europeia
José Ribeiro e Castro sublinhou a necessidade de confrontar o Governo com «um instrumento da mais alta dignidade que poderá ser uma interpelação» ao executivo para esclarecer uma questão da «maior seriedade», conforme refere hoje o Diário Digital reportado à Lusa.
«Têm-se passado factos da maior seriedade que são quebra da solidariedade europeia e ocidental e eu estou bastante surpreendido com as notícias em como o primeiro-ministro apoia essa linha», sublinha Ribeiro e Castro.
«Quando vemos parceiros nossos na União Europeia e NATO serem atacados temos de ser solidários», sublinha Ribeiro e Castro, insistindo na necessidade de o Governo tomar uma «posição clara» sobre a questão.
Questão também no Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu, em Estrasburgo, irá discutir amanhã (quarta-feira), em sessão plenária, o direito à liberdade de expressão e ao respeito pela fé religiosa.
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Comissão política do CDS analisa de
emergência caso das Caricaturas
Possibilidade: Moção de censura
A Comissão Política do CDS/PP vai reunir de emergência na próxima quinta-feira, convocada por Ribeiro e Castro, líder do partido e também deputado europeu.
A reunião tem como objectivo analisar a posição que o Governo tem tomado no cado das caricaturas de Maomé. Uma possibilidade que está a ser equacionada, é a apresentação de uma uma moção de censura ao governo de Sócrates.
Quebra de solidariedade europeia
José Ribeiro e Castro sublinhou a necessidade de confrontar o Governo com «um instrumento da mais alta dignidade que poderá ser uma interpelação» ao executivo para esclarecer uma questão da «maior seriedade», conforme refere hoje o Diário Digital reportado à Lusa.
«Têm-se passado factos da maior seriedade que são quebra da solidariedade europeia e ocidental e eu estou bastante surpreendido com as notícias em como o primeiro-ministro apoia essa linha», sublinha Ribeiro e Castro.
«Quando vemos parceiros nossos na União Europeia e NATO serem atacados temos de ser solidários», sublinha Ribeiro e Castro, insistindo na necessidade de o Governo tomar uma «posição clara» sobre a questão.
Questão também no Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu, em Estrasburgo, irá discutir amanhã (quarta-feira), em sessão plenária, o direito à liberdade de expressão e ao respeito pela fé religiosa.
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Novela das Caricatura continua
«Quem têm sido os maiores agressores nos últimos tempos? Somos nós! Portanto, cabe-nos a nós a iniciativa e cabe-lhes a eles também dar passos nesse sentido e não utilizarem a violência porque os protestos são legítimos mas há muitas maneiras pacíficas de fazer protesto». São palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, no passado domingo, em declarações proferidas à margem da cerimónia de atribuição do grau de doutor honoris causa ao príncipe Aga Khan pela universidade de Évora e publicadas na edição de ontem do Público.
Lembramos que Freitas do Amaral fez divulgar, na semana passada, uma nota em que dizia que «Portugal lamenta e discorda da publicação de desenhos e/ou caricaturas que ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos» sem se referir à violência contra interesses dinamarqueses.
No dia a seguir, tentou corrigir essa declaração, ao dizer ser sempre contra todo o tipo de violência.
O primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a distribuição de imagens, histórias e rumores falsos em torno das caricaturas de Maomé mancharam a imagem do país escandinavo no mundo muçulmano.
Rasmussen, que falava após um encontro com líderes muçulmanos moderados, insistiu que a Dinamarca é um país aberto, tolerante e respeitador de todos os credos."Assistimos à distribuição de imagens falsas, de histórias falsas e de rumores falsos sobre a Dinamarca", disse o primeiro- ministro dinamarquês à imprensa em Copenhaga. Rasmussen não explicitou, mas em Janeiro já tinha criticado um grupo de dirigentes islâmicos residentes na Dinamarca que viajou para o Egipto, Síria e Líbano para reunir apoios para a contestação do jornal dinamarquês que primeiro publicou as caricaturas. Após o encontro de ontem, com a recém-criada associação "Muçulmanos Democráticos", Rasmussen elogiou os dirigentes moderados por ajudarem "a corrigir a desinformação que foi distribuída em todo o mundo muçulmano". Um dos fundadores da associação, Fathi El-Abed, indicou anteriormente à imprensa que o objectivo do encontro de hoje é "mostrar ao mundo que há muitos muçulmanos na Dinamarca que estão tristes por verem o país diabolizado no estrangeiro e que procuram o diálogo e não a confrontação".
O chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, presidente em exercício da União Europeia (UE), condenou ontem a publicação de uma primeira caricatura sobre o Holocausto por um site da Internet iraniano, no âmbito de um concurso internacional. O "mau uso dos símbolos" e a violação de tabus como o Holocausto devem ser "condenados", sublinhou Schuessel, no final de um encontro em Viena com representantes dos cultos cristão, judaico e muçulmano. A reacção à publicação de caricaturas de Maomé por jornais europeus deve ser "equilibrada", acrescentou o chanceler, recordando que a UE quer "manifestar compreensão pelos sentimentos (dos muçulmanos), mas também mostrar a sua determinação em conservar o seu modo de vida". A Casa da Caricatura do Irão divulgou no seu site da Internet um primeiro desenho no dia do lançamento oficial, juntamente com o diário iraniano Hamshahri, de um concurso internacional de caricaturas sobre o Holocausto intitulado "Onde está o limite da liberdade de expressão no Ocidente?". No sábado, a presidência austríaca da UE condenou firmemente afirmações do Presidente ultraconservador iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que classificou o Holocausto como um "mito".
Anotações obtidas por pesquisa Google
«Quem têm sido os maiores agressores nos últimos tempos? Somos nós! Portanto, cabe-nos a nós a iniciativa e cabe-lhes a eles também dar passos nesse sentido e não utilizarem a violência porque os protestos são legítimos mas há muitas maneiras pacíficas de fazer protesto». São palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, no passado domingo, em declarações proferidas à margem da cerimónia de atribuição do grau de doutor honoris causa ao príncipe Aga Khan pela universidade de Évora e publicadas na edição de ontem do Público.
Lembramos que Freitas do Amaral fez divulgar, na semana passada, uma nota em que dizia que «Portugal lamenta e discorda da publicação de desenhos e/ou caricaturas que ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos» sem se referir à violência contra interesses dinamarqueses.
No dia a seguir, tentou corrigir essa declaração, ao dizer ser sempre contra todo o tipo de violência.
O primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a distribuição de imagens, histórias e rumores falsos em torno das caricaturas de Maomé mancharam a imagem do país escandinavo no mundo muçulmano.
Rasmussen, que falava após um encontro com líderes muçulmanos moderados, insistiu que a Dinamarca é um país aberto, tolerante e respeitador de todos os credos."Assistimos à distribuição de imagens falsas, de histórias falsas e de rumores falsos sobre a Dinamarca", disse o primeiro- ministro dinamarquês à imprensa em Copenhaga. Rasmussen não explicitou, mas em Janeiro já tinha criticado um grupo de dirigentes islâmicos residentes na Dinamarca que viajou para o Egipto, Síria e Líbano para reunir apoios para a contestação do jornal dinamarquês que primeiro publicou as caricaturas. Após o encontro de ontem, com a recém-criada associação "Muçulmanos Democráticos", Rasmussen elogiou os dirigentes moderados por ajudarem "a corrigir a desinformação que foi distribuída em todo o mundo muçulmano". Um dos fundadores da associação, Fathi El-Abed, indicou anteriormente à imprensa que o objectivo do encontro de hoje é "mostrar ao mundo que há muitos muçulmanos na Dinamarca que estão tristes por verem o país diabolizado no estrangeiro e que procuram o diálogo e não a confrontação".
O chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, presidente em exercício da União Europeia (UE), condenou ontem a publicação de uma primeira caricatura sobre o Holocausto por um site da Internet iraniano, no âmbito de um concurso internacional. O "mau uso dos símbolos" e a violação de tabus como o Holocausto devem ser "condenados", sublinhou Schuessel, no final de um encontro em Viena com representantes dos cultos cristão, judaico e muçulmano. A reacção à publicação de caricaturas de Maomé por jornais europeus deve ser "equilibrada", acrescentou o chanceler, recordando que a UE quer "manifestar compreensão pelos sentimentos (dos muçulmanos), mas também mostrar a sua determinação em conservar o seu modo de vida". A Casa da Caricatura do Irão divulgou no seu site da Internet um primeiro desenho no dia do lançamento oficial, juntamente com o diário iraniano Hamshahri, de um concurso internacional de caricaturas sobre o Holocausto intitulado "Onde está o limite da liberdade de expressão no Ocidente?". No sábado, a presidência austríaca da UE condenou firmemente afirmações do Presidente ultraconservador iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que classificou o Holocausto como um "mito".
Anotações obtidas por pesquisa Google
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Um telefonema do outro lado do tempo
Neste blog temático, pergunto: "O que é Humor?"
Humor é, por exemplo, um telefonema de um amigo de juventude com quem já não se mantém contacto há mais de 35 anos!
Foi o que me aconteceu há minutos. Telefonou-me o João Gilzans! E deu-me notícias do Renato!
Ó Renato, lembras-te da nossa permanência no Luso (Luena), Leste de Angola, há 35 anos? Daí para cá, só te encontrei creio que uma vez em Coimbra! Ao Gilzans, nem isso!
Olha, Renato, faz uma visita a http://www.lumege.blogspot.com e matarás um pouco de saudades! E visita os blogs que estão nos links do "Lumege", onde encontrarás muito mais Luso (Luena)! Terra de naturalidade do meu filho mais velho!
Isto é humor: atravessar um sorriso na cara, alimentado por 45 minutos de telemóvel e as memórias decorrentes do telefonema.
Não sou muito virado para o passado, mas se o passado nos devolve amigos "perdidos", então... viva o passado! Para um futuro com mais fraternidade!
Zé Oliveira
Neste blog temático, pergunto: "O que é Humor?"
Humor é, por exemplo, um telefonema de um amigo de juventude com quem já não se mantém contacto há mais de 35 anos!
Foi o que me aconteceu há minutos. Telefonou-me o João Gilzans! E deu-me notícias do Renato!
Ó Renato, lembras-te da nossa permanência no Luso (Luena), Leste de Angola, há 35 anos? Daí para cá, só te encontrei creio que uma vez em Coimbra! Ao Gilzans, nem isso!
Olha, Renato, faz uma visita a http://www.lumege.blogspot.com e matarás um pouco de saudades! E visita os blogs que estão nos links do "Lumege", onde encontrarás muito mais Luso (Luena)! Terra de naturalidade do meu filho mais velho!
Isto é humor: atravessar um sorriso na cara, alimentado por 45 minutos de telemóvel e as memórias decorrentes do telefonema.
Não sou muito virado para o passado, mas se o passado nos devolve amigos "perdidos", então... viva o passado! Para um futuro com mais fraternidade!
Zé Oliveira
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Quem quiser conhecer a pré-história do Buraco da Fechadura, pode fazê-lo em http://zeoliveira.blogs.sapo.pt
Lembro que o Buraco abandonou o pântano sapídeo depois de se ter visto em palpos de aranha com o funcionamento do blog (desapareceram os links... desapareceu o contador de visitas... as matérias passaram a demorar 24 horas a editar... Tudo isto imediatamente após a publicação de um "post" que desancava num anúncio mal-cheiroso que passava nas televisões a fazer propaganda sapesca.
Se decidirem ir até lá, não esqueçam que só há conteúdo em ARQUIVO (em cima, à esquerda, sob a janela PESQUISAR).
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Quem quiser conhecer a pré-história do Buraco da Fechadura, pode fazê-lo em http://zeoliveira.blogs.sapo.pt
Lembro que o Buraco abandonou o pântano sapídeo depois de se ter visto em palpos de aranha com o funcionamento do blog (desapareceram os links... desapareceu o contador de visitas... as matérias passaram a demorar 24 horas a editar... Tudo isto imediatamente após a publicação de um "post" que desancava num anúncio mal-cheiroso que passava nas televisões a fazer propaganda sapesca.
Se decidirem ir até lá, não esqueçam que só há conteúdo em ARQUIVO (em cima, à esquerda, sob a janela PESQUISAR).
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domingo, fevereiro 12, 2006
Controvérsia das caricaturas continua
O ainda Presidente Jorge Sampaio condenou estes ataques à liberdade de expressão quando falava na Universidade de Évora durante a cerimónia de doutoramento honoris causa do líder dos muçulmanos ismaelitas, Agha Kan, que considerou a polémica como o resultado de um choque de ignorância que pode ter resultados negativos.
Índia critica pela primeira vez as polémicas caricaturas publicadas no jornal conservador dinamarquês "Jyllands-Posten" em 30 de Setembro. Na sexta-feira, milhares de muçulmanos protestaram contra a Dinamarca na mesquita Jama Masjid de Nova Délhi, a maior da Índia.
Ao contrário do que ocorreu em outros países, como o Afeganistão e o Líbano, os muçulmanos da Índia, que representam uma minoria de 140 milhões de pessoas, manifestaram-se sem incidentes graves. Houve protestos em Délhi, Lucknow (norte da Índia) e Bhopal (centro do país).
Três jornais do Iémen ("Yemen Observer", em inglês, "Al-Hurriya" e "Al-Rai al-Aam") foram encerrados por terem publicado as caricaturas. Três jornalistas dessas publicações foram detidos e um quarto tem um mandado de captura.
As detenções já foram contestadas pela associação de jornalistas iemenitas, que pediram também a anulação do encerramento das publicações, argumentando que "estas medidas não foram ordenadas por um tribunal".
Elementos recolhidos com busca Google
O ainda Presidente Jorge Sampaio condenou estes ataques à liberdade de expressão quando falava na Universidade de Évora durante a cerimónia de doutoramento honoris causa do líder dos muçulmanos ismaelitas, Agha Kan, que considerou a polémica como o resultado de um choque de ignorância que pode ter resultados negativos.
Índia critica pela primeira vez as polémicas caricaturas publicadas no jornal conservador dinamarquês "Jyllands-Posten" em 30 de Setembro. Na sexta-feira, milhares de muçulmanos protestaram contra a Dinamarca na mesquita Jama Masjid de Nova Délhi, a maior da Índia.
Ao contrário do que ocorreu em outros países, como o Afeganistão e o Líbano, os muçulmanos da Índia, que representam uma minoria de 140 milhões de pessoas, manifestaram-se sem incidentes graves. Houve protestos em Délhi, Lucknow (norte da Índia) e Bhopal (centro do país).
Três jornais do Iémen ("Yemen Observer", em inglês, "Al-Hurriya" e "Al-Rai al-Aam") foram encerrados por terem publicado as caricaturas. Três jornalistas dessas publicações foram detidos e um quarto tem um mandado de captura.
As detenções já foram contestadas pela associação de jornalistas iemenitas, que pediram também a anulação do encerramento das publicações, argumentando que "estas medidas não foram ordenadas por um tribunal".
Elementos recolhidos com busca Google
Mais sobre as caricaturas da discórdia
Os protestos contra as caricaturas do profeta publicadas em jornais europeus continuaram neste sábado, com manifestações pacíficas. Nas ruas de Berna (Suíça), reuniram-se cerca de mil muçulmanos.
Na cidade espanhola de Melilla, de 65 mil habitantes, com 40% de muçulmanos, reuniram-se cerca de 200 manifestantes. Em Bilbao, manifestaram-se cerca de 50.
Também houve manifestações na Noruega e Holanda.
Por causa das caricaturas, a Dinamarca apelou este sábado aos seus cidadãos para que deixem a Indonésia o mais rápido possível. O país encerrou ontem mais duas embaixadas por não conseguir garantir a segurança do pessoal diplomático.
Em Damasco (Síria), o embaixador e restante pessoal diplomático abandonaram a embaixada depois de as autoridades terem reduzido a segurança do edifício «a um nível inaceitável».
Em França, onde existe a maior comunidade muçulmana na Europa (aproximadamente cinco milhões de membros), cerca de dez mil pessoas manifestaram-se em Paris e outras 2200 em Estrasburgo, em reposta ao apelo feito por várias associações muçulmanas.
Em Trafalgar Square, Londres, cerca de dez mil pessoas reuniram-se em resposta ao pedido do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha. A manifestação, que teve o apoio do presidente da câmara de Londres, apelou à unidade contra a «islamofobia» sem violência.
Na Alemanha, onde vivem cerca de três milhões de muçulmanos, na maioria de nacionalidade turca, cerca de 3500 pessoas também saíram à rua para protestar contra a publicação dos desenhos.
Dados obtidos mediante pesquisa Google
Os protestos contra as caricaturas do profeta publicadas em jornais europeus continuaram neste sábado, com manifestações pacíficas. Nas ruas de Berna (Suíça), reuniram-se cerca de mil muçulmanos.
Na cidade espanhola de Melilla, de 65 mil habitantes, com 40% de muçulmanos, reuniram-se cerca de 200 manifestantes. Em Bilbao, manifestaram-se cerca de 50.
Também houve manifestações na Noruega e Holanda.
Por causa das caricaturas, a Dinamarca apelou este sábado aos seus cidadãos para que deixem a Indonésia o mais rápido possível. O país encerrou ontem mais duas embaixadas por não conseguir garantir a segurança do pessoal diplomático.
Em Damasco (Síria), o embaixador e restante pessoal diplomático abandonaram a embaixada depois de as autoridades terem reduzido a segurança do edifício «a um nível inaceitável».
Em França, onde existe a maior comunidade muçulmana na Europa (aproximadamente cinco milhões de membros), cerca de dez mil pessoas manifestaram-se em Paris e outras 2200 em Estrasburgo, em reposta ao apelo feito por várias associações muçulmanas.
Em Trafalgar Square, Londres, cerca de dez mil pessoas reuniram-se em resposta ao pedido do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha. A manifestação, que teve o apoio do presidente da câmara de Londres, apelou à unidade contra a «islamofobia» sem violência.
Na Alemanha, onde vivem cerca de três milhões de muçulmanos, na maioria de nacionalidade turca, cerca de 3500 pessoas também saíram à rua para protestar contra a publicação dos desenhos.
Dados obtidos mediante pesquisa Google
sábado, fevereiro 11, 2006
O cartoon semanal "Os Corvos",
por Zé Oliveira no Região de Leiria
A presidente da autarquia leiriense aparece aqui como se tivesse acabado de sair da oficina de Gepeto, com o seu nariz de pinóquio de pau de laranjeira. Os balões nada dizem, porque... a autarca "está a falarde shoppings em Leiria".
Damasceno andou durante meses a falar... falar... falar... alimentando as espectativas de pelo menos três empreendedores interessados em fazer shoppings em Leiria. Eles gastaram rios de dinheiro em projectos e oceanos de dinheiro a comprar terrenos, para agora a edil vir dizer que fica tudo mais ou menos em águas de bacalhau, pois vai haver um shopping sim senhores, mas ocupando o sector norte do Estádio de Leiria, construído para o Euro 2004 mais ainda por acabar.
Para gerir o estádio foi criada uma empresa municipal que apresenta um prejuízo de três mil contos por dia, mas talvez o prejuízo diminua e o estádio fique concluído, quando parcialmente transformado em shopping...
...a diferença...
...entre o trabalho de um caricaturista da imprensa nacional e da imprensa regional é esta: Neste sábado à tarde, um dia depois de este cartoon ter chegado aos leitores do Região de Leiria, estive no lançamento de um livro onde também esteve Isabel Damasceno. Não falámos, porque não calhou.
Com os colegas da imprensa nacional, estes "ombro a ombro" com os seus caricaturados é muito menos provável.
Z.O.
por Zé Oliveira no Região de Leiria
A presidente da autarquia leiriense aparece aqui como se tivesse acabado de sair da oficina de Gepeto, com o seu nariz de pinóquio de pau de laranjeira. Os balões nada dizem, porque... a autarca "está a falarde shoppings em Leiria".
Damasceno andou durante meses a falar... falar... falar... alimentando as espectativas de pelo menos três empreendedores interessados em fazer shoppings em Leiria. Eles gastaram rios de dinheiro em projectos e oceanos de dinheiro a comprar terrenos, para agora a edil vir dizer que fica tudo mais ou menos em águas de bacalhau, pois vai haver um shopping sim senhores, mas ocupando o sector norte do Estádio de Leiria, construído para o Euro 2004 mais ainda por acabar.
Para gerir o estádio foi criada uma empresa municipal que apresenta um prejuízo de três mil contos por dia, mas talvez o prejuízo diminua e o estádio fique concluído, quando parcialmente transformado em shopping...
...a diferença...
...entre o trabalho de um caricaturista da imprensa nacional e da imprensa regional é esta: Neste sábado à tarde, um dia depois de este cartoon ter chegado aos leitores do Região de Leiria, estive no lançamento de um livro onde também esteve Isabel Damasceno. Não falámos, porque não calhou.
Com os colegas da imprensa nacional, estes "ombro a ombro" com os seus caricaturados é muito menos provável.
Z.O.
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Ainda as Caricaturas da discórdia
Manuel Alegre desvaloriza críticas que deputados do seu partido lhe dirigiram, por ter votado ao lado da oposição no protesto à posição de Freitas do Amaral.
Na Malásia, jornal local é obrigado a encerrar por ter publicado as caricaturas da polémica. E os cidadãos são proibidos possuir as mesmas imagens.
Em Caracas, capital da Venezuela, cerca de 200 manifestantes, a maioria muçulmanos, marcharam na sexta-feira até à embaixada dinamarquesa e queimaram uma bandeira da Dinamarca e outra dos Estados Unidos. Foi o primeiro protesto contra as caricaturas do profeta Maomé na América do Sul.
Muçulmanos protestaram no Paquistão, Malásia, Bangladesh e Índia, e, embora menos, na Indonésia e Filipinas. Gritaram palavras de ordem contra os Estados Unidos e queimaram bandeiras da Dinamarca, mas sem violência.
Cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se sexta-feira em Moroni (Ilhas Comores) contra as caricaturas doProfeta Maomé após a grande oração de sexta-feira, desrespeitando as recomendações do imã da Grande Mesquita de Moroni.
Um cento de pessoas, maioritariamente muçulmanos, manifestaram-se com tranquilidade nesta(exta-feira à tarde, em Bruxelas, contra a publicação das caricaturas. A manifestação teve muito menos impacto do que a de domingo, que reuniu milhares de pessoas.
No Quénia, uma pessoa foi neste sábado atropelada mortalmente por um automóvel depois de a Polícia ter dispersado a tiros e com gás lacrimogêneo uma manifestação de muçulmanos que protestavam contra as caricaturas.
Dominique de Villepin, primeiro-ministro francês, afirmou nesta sexta-feira que as caricaturas do profeta publicadas em meios de comunicação de vários países europeus, incluindo a França incluída, não lhe parecem "responsáveis".
O chefe de redação de um tablóide indonésio foi preso há quatro dias acusdado pela polícia de blasfémia, por ter publicado as tão faladas caricaturas. Pode ser condenado a cinco anos de prisão.
Na Suécia, foi encerrado oficialmente, por ordem dos serviços secretos, um "site" de um partido político de extrema direita que tinha divulgado as caricaturas.
A ministra sueca dos Negócios Estrangeiros manifestara-se desagradada com a publicação.
Dados obtidos mediante pesquisa Google
Ainda as Caricaturas da discórdia
Manuel Alegre desvaloriza críticas que deputados do seu partido lhe dirigiram, por ter votado ao lado da oposição no protesto à posição de Freitas do Amaral.
Na Malásia, jornal local é obrigado a encerrar por ter publicado as caricaturas da polémica. E os cidadãos são proibidos possuir as mesmas imagens.
Em Caracas, capital da Venezuela, cerca de 200 manifestantes, a maioria muçulmanos, marcharam na sexta-feira até à embaixada dinamarquesa e queimaram uma bandeira da Dinamarca e outra dos Estados Unidos. Foi o primeiro protesto contra as caricaturas do profeta Maomé na América do Sul.
Muçulmanos protestaram no Paquistão, Malásia, Bangladesh e Índia, e, embora menos, na Indonésia e Filipinas. Gritaram palavras de ordem contra os Estados Unidos e queimaram bandeiras da Dinamarca, mas sem violência.
Cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se sexta-feira em Moroni (Ilhas Comores) contra as caricaturas doProfeta Maomé após a grande oração de sexta-feira, desrespeitando as recomendações do imã da Grande Mesquita de Moroni.
Um cento de pessoas, maioritariamente muçulmanos, manifestaram-se com tranquilidade nesta(exta-feira à tarde, em Bruxelas, contra a publicação das caricaturas. A manifestação teve muito menos impacto do que a de domingo, que reuniu milhares de pessoas.
No Quénia, uma pessoa foi neste sábado atropelada mortalmente por um automóvel depois de a Polícia ter dispersado a tiros e com gás lacrimogêneo uma manifestação de muçulmanos que protestavam contra as caricaturas.
Dominique de Villepin, primeiro-ministro francês, afirmou nesta sexta-feira que as caricaturas do profeta publicadas em meios de comunicação de vários países europeus, incluindo a França incluída, não lhe parecem "responsáveis".
O chefe de redação de um tablóide indonésio foi preso há quatro dias acusdado pela polícia de blasfémia, por ter publicado as tão faladas caricaturas. Pode ser condenado a cinco anos de prisão.
Na Suécia, foi encerrado oficialmente, por ordem dos serviços secretos, um "site" de um partido político de extrema direita que tinha divulgado as caricaturas.
A ministra sueca dos Negócios Estrangeiros manifestara-se desagradada com a publicação.
Dados obtidos mediante pesquisa Google
As últimas sobre as caricaturas da discórdia
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, criticou hoje os órgãos de comunicação que continuam a publicar as caricaturas de Maomé.
"Sunday Tribune" pediu perdão e anunciou a demissão do redator-chefe que aprovou a publicação das caricaturas de Maomé.
Uma pesquisa mostrou que 54% dos franceses consideram que os meios de comunicação não deveriam ter publicado as caricaturas de Maomé.
O primeiro jornal francês que reproduziu na íntegra as caricaturas de Maomé, o France Soir, foi alvo na segunda-feira de uma ameaça de bomba.
Sobe para 11 o número de pessoas que morreram no Afeganistão desde segunda-feira, na sequência de protestos contra as caricaturas de Maomé.
A oposição dop parlamento português criticou Freitas do Amaral, ministro dos Negócios Estrangeiros, por se ter insurgido contra a publicação das caricaturas. Manuel Alegre, deputado da maioria governativa, manifestou-se em sintonia com a oposição.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, criticou hoje os órgãos de comunicação que continuam a publicar as caricaturas de Maomé.
"Sunday Tribune" pediu perdão e anunciou a demissão do redator-chefe que aprovou a publicação das caricaturas de Maomé.
Uma pesquisa mostrou que 54% dos franceses consideram que os meios de comunicação não deveriam ter publicado as caricaturas de Maomé.
O primeiro jornal francês que reproduziu na íntegra as caricaturas de Maomé, o France Soir, foi alvo na segunda-feira de uma ameaça de bomba.
Sobe para 11 o número de pessoas que morreram no Afeganistão desde segunda-feira, na sequência de protestos contra as caricaturas de Maomé.
A oposição dop parlamento português criticou Freitas do Amaral, ministro dos Negócios Estrangeiros, por se ter insurgido contra a publicação das caricaturas. Manuel Alegre, deputado da maioria governativa, manifestou-se em sintonia com a oposição.
Dados obtidos mediante pesquisa Google
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Os proveitos da polémica
Jyllands-Posten, o jornal que publicou em Setembro as caricaturas da controvérsia, é o periódico de maior circulação na Dinamarca, com os seus 154 mil exemplares diários.
Depois da mediatização do assunto, a sua tiagem mantém-se sem alteração significativa, mas a edição do France Soir que publicou as caricaturas teve um acréscimo de vendas de cerca de 40 por cento, segundo declarou o diretor de circulação do jornal à agência Associeited Press.
O Charlie-Hebdo, semanário satírico francês, publicou as caricaturas numa edição cuja capa mostrava Maomé chorando com mão na cabeça e dizendo: "É duro ser adorado por idiotas". O jornal esgotou rapidamente os 160 mil exemplares de uma edição que imprimira 60 mil a mais do que é habitual e, mesmo assim, teve de lançar uma edição extra. Na internet, edição do Charlie-Hebdo estava a ser vendida por US$ 12, mais de cinco vezes seu valor nas bancas.
Jyllands-Posten, o jornal que publicou em Setembro as caricaturas da controvérsia, é o periódico de maior circulação na Dinamarca, com os seus 154 mil exemplares diários.
Depois da mediatização do assunto, a sua tiagem mantém-se sem alteração significativa, mas a edição do France Soir que publicou as caricaturas teve um acréscimo de vendas de cerca de 40 por cento, segundo declarou o diretor de circulação do jornal à agência Associeited Press.
O Charlie-Hebdo, semanário satírico francês, publicou as caricaturas numa edição cuja capa mostrava Maomé chorando com mão na cabeça e dizendo: "É duro ser adorado por idiotas". O jornal esgotou rapidamente os 160 mil exemplares de uma edição que imprimira 60 mil a mais do que é habitual e, mesmo assim, teve de lançar uma edição extra. Na internet, edição do Charlie-Hebdo estava a ser vendida por US$ 12, mais de cinco vezes seu valor nas bancas.
Caricaturas de Maomé "dão" férias
Fleming Rose, redactor responsável pelas páginas do jornal dinamarquês Jyllands-Posten que publicaram as caricaturas da polémica, foi mandado de férias por tempo indeterminado, segundo declarou o seu chefe de redacção ao site do jornal Politiken.
A justificação dada pelo chefe de redacção é a de que «ninguém é capaz de imaginar o peso que ele tem em cima dos ombros» depois de ter rebentado este caso a que ele chamou "envenenado".
Fleming Rose, redactor responsável pelas páginas do jornal dinamarquês Jyllands-Posten que publicaram as caricaturas da polémica, foi mandado de férias por tempo indeterminado, segundo declarou o seu chefe de redacção ao site do jornal Politiken.
A justificação dada pelo chefe de redacção é a de que «ninguém é capaz de imaginar o peso que ele tem em cima dos ombros» depois de ter rebentado este caso a que ele chamou "envenenado".
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Em 1985, onde andava o Freitas?
Quem ler isto, até há-de pensar que eu estou velho!
Em 1985 (há 21 anos!), mantinha eu no então quinzenário Trevim (da Lousã) uma rubrica intitulada HUMORISTAS, quando incluí nela o desenho que aqui se vê, pala ilustração de um texto que nesse número dediquei ao José Vilhena.
Pouco depois, comunicava-me a Redacção que uma senhora, idosa mas zeloza do bom nome e reputação da santa madre Igreja, acabava de suspender a sua assinatura do jornal, em sinal de protesto para com tão injuriosa publicação!
Agora, pergunto: onde estava o Freitas, esse senhor que na altura dirigia o CDS, partido confessadamente cristão? Muito ocupado andaria, para deixar entregue à terceira idade a vigilância para com o respeito e bons costumes!
Hoje, caído nessa mesma terceira idade (e transmutado para os quadros de um partido que se diz Socialista e laico), Freitas é um guardião muito mais eficaz acerca de eventuais beliscaduras que ofusquem o verniz de Maomé, do que foi, há mais de duas décadas, perante as bronzicas badaladas que tonitroaram no adro da Igreja Católica Apostólica Romana que o seu partido venerava!
Ai Freitas Freitas!...
Z. O.
Quem ler isto, até há-de pensar que eu estou velho!
Em 1985 (há 21 anos!), mantinha eu no então quinzenário Trevim (da Lousã) uma rubrica intitulada HUMORISTAS, quando incluí nela o desenho que aqui se vê, pala ilustração de um texto que nesse número dediquei ao José Vilhena.
Pouco depois, comunicava-me a Redacção que uma senhora, idosa mas zeloza do bom nome e reputação da santa madre Igreja, acabava de suspender a sua assinatura do jornal, em sinal de protesto para com tão injuriosa publicação!
Agora, pergunto: onde estava o Freitas, esse senhor que na altura dirigia o CDS, partido confessadamente cristão? Muito ocupado andaria, para deixar entregue à terceira idade a vigilância para com o respeito e bons costumes!
Hoje, caído nessa mesma terceira idade (e transmutado para os quadros de um partido que se diz Socialista e laico), Freitas é um guardião muito mais eficaz acerca de eventuais beliscaduras que ofusquem o verniz de Maomé, do que foi, há mais de duas décadas, perante as bronzicas badaladas que tonitroaram no adro da Igreja Católica Apostólica Romana que o seu partido venerava!
Ai Freitas Freitas!...
Z. O.
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Humor explosivo
Cortesia (que remédio!) de http://raim.blogspot.com que nos chegou mercê da amabilidade de Augusto Mota
Cortesia (que remédio!) de http://raim.blogspot.com que nos chegou mercê da amabilidade de Augusto Mota
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