quarta-feira, junho 30, 2010

Estamos empatados com a Espanha

O Srócates salvou a honra do convento.


Ele, que tem um grande sentido de estado, decidiu que aquilo da derrota de ontem não podia ficar assim. Vai daí, ai usteds quieren la Vivo brasileña?! Joder!! No hay Vivo para nadie! Hay que vingar la derrota de ayer!


É claro que o nosso primeiro acaba de ditar a sua sentença de morte; então ele não sabe que os bancos estão mais tesos do que os banqueiros?!... E que o Belmiro anda danado desde aquela altura em que não conseguiu comprar a PT?!... Então ele não sabe que quem manda não é ele?!... Então... ele vai assim, sem mais nem menos, faltar ao respeito aos senhores que verdadeiramente mandam nisto tudo?!...


Quer dizer: já só faltam seis meses certinhos para a Maratona de S. Silvestre! E estes senhores, que estavam a contar empochar uma cartuchada de pesetas como se fossem favas contadas, são homens para também alinharem na maratona de S. Silvestre! Para correrem com o nosso primeiro!



Ora abóbora!


Ali em baixo, a 300 metros, começa a aldeia.
E vem ali, pela ladeira acima, um desgraçado de um puto a pedalar a bicicleta que os avós lhe deram pelo Natal, ao mesmo tempo que sopra uma vuvuzela da Galp, como se a gasolineira lhe patrocinasse o leite e o ovo estrelado com que ele motoriza a pedaleira.
O rapaz ainda não reparou que o Campeonato do mundo acabou ontem, mas isso é lá com ele. O que me faz realmente pena, é que a vuvuzela dele seja aquela merda de plástico cor de laranjinha. Quando eu era garoto daquela idade, tinha perante ele duas diferenças: não possuía bicicleta e fazia vuvuzelas (a gente chamava-lhes cornetas...) com o canudo das folhas das aboboreiras.
Mas isso era no tempo em que os garotos de aldeia eram garotos de aldeia!

Dedico-te este texto, Carlos Amor!