domingo, fevereiro 19, 2006

Caricaturas demitem ministro

Itália O ministro italiano Roberto Calderoli que usou uma t-shirt com as polémicas caricaturas pediu a demissão na sequência da manifestação ocorrida na Líbia. O regime líbio tinha pedido «medidas urgentes» contra Roberto Calderoli, considerado como «odioso e racista».
Segundo relata o site da TSF (reportado à AFP), o ministro disse: «Entreguei o meu mandato ao presidente Berlusconi devido ao sentido de responsabilidade e não porque me foi pedido pela maioria e pela oposição». A demissão de Calderoli tinha sido reclamada pelo próprio Berlusconi e por todos os dirigentes dos outros partidos do governo italiano depois das violentas manifestações em Benghazi, na Líbia, que provocaram pelo menos 11 mortos e 35 feridos. A fundação Khadafi, dirigida por Seif al-Islam Khadafi, um dos filhos do líder líbio Muammar Khadafi, tinha responsabilizado Calderoli pelas manifestações, tendo também pedido «medidas urgentes contra este ministro odioso e racista». Entretanto, este filho de Khadafi considerou que a manifestação foi um «erro e intervenção contra os manifestantes foi um erro ainda maior». «Poderia ter sido ainda mais grave se os manifestantes tivessem tido acesso ao consulado. Poderiam ter atentado contra a vida do cônsul», acrescentou. O ministro líbio da Segurança Pública foi, entretanto, suspenso do seu cargo e levado à presença de um juiz de instrução na sequência do «uso excesso da força» durante as manifestações de Benghazi.
A primeira manifestação contra interesses italianos num país muçulmano desde que começou a crise das caricaturas teve como consequência um incêndio no primeiro andar do consulado italiano.

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