sábado, abril 24, 2010

Com imprimatur de Carlos Amor

Carlos Amor continua (felizmente!!!) a desenferrujar o pincel, coisa que aí fica provada com mais este exclusivo com que ele distingue o Buraco da Fechadura.

(Ele há cada uma!!! Por vezes surgem frases que podem ganhar um sentido bem diferente do que se pretendia. E então, regressando aqui à prosa umas horas depois da primeira postagem, afirmamos alto e bom som que o Carlos Amor nunca foi padre nem lhe são conhecidas maneiras cavilosas de desenferrujar o pincel. Aliás, ele desenha mediante recurso às novas tecnologias, sem papel nem instrumentos tradicionais.
Por ser verdade, aí fica dito.)



sexta-feira, abril 23, 2010

A penitência, segundo Carlos Amor


Ponto um - é estranhíssimo que um autor deste quilate esteja remetido à inactividade. Mais um entre tantos na mesma situação! É rico, um país que pode dar-se ao luxo de desperdiçar os talentos dos seus artistas. Carlos Amor está auto-desperdiçado há uns bons pares de anos.
Ponto dois - Óh sacristão, passe por ali de vez em quando! Pelo menos quando ouvir o confessionário ranger! Que diabo! você tem netos, não tem?

sexta-feira, abril 02, 2010

Viva José Antunes

No final da década der sessenta, andei pelos diversos edifícios do quartel da Graça em Tavira apreciando os seus desenhos originais que havia nas paredes, emoldurados, ilustrando com bom humor o código de conduta do militar. Mobilizado para Angola, cheguei a reproduzir (devidamente creditado, naturalmente) pelo menos um cartoon dele no jornal de batalhão que me competia fazer. Mas conheci-o pessoalmente apenas em Novembro passado, na livraria do Vilela (Escadinhas do Duque, Lisboa) a que se seguiu almoço e partida para o Festival de BD da Amadora.
Fiquei com a memória da sua afabilidade de trato (mas intencionalidade mordaz), durante o pouco tempo que conversámos.
Parecia que transpirava saúde.
Zé Oliveira


José Gomes Antunes (Lisboa 25/5/1937 – 27/3/2010) fez o curso da António Arroio e iniciou a sua actividade gráfica em 1955 na Flama. Apesar da sua actividade profissional ser fundamentalmente a de designer gráfico de revistas e publicidade, o cartoonismo teve algum peso na sua criação publicando no Sempre Fixe, Cara Alegre, Almanaque Plateia, Parada da Paródia, Jornal do Exército, Pisca Pisca, Antena, Camarada, “A Chucha”, Cágado.. A Bd é outra das suas paixões e campos criativos tendo historias publicadas no Mundo de Aventuras, Jornal do Exército, Camarada, “Mini-Época (suplemento de que foi co-director), Tintion (edição belga).Na década de 1960, as suas historias dedicadas a personagens da História de Portugal, que tinham sido publicadas inicialmente na Camarada, foram recolhidas em dois álbuns intitulados genéricamente Grandes Portugueses. A Câmara de Moura dedicou-lhe também o Cardernos BD nº5, assim como ele colaborou no álbum colectivo Moura Saluquia. Em 2004 foi homenageado no MouraBD com o Balanito de Honra.
(humorgrafe.blogspot.com)
Morreu o autor de banda desenhada José Antunes

Por Carlos Pessoa (Público)
José Antunes, autor português de BD, morreu no sábado de manhã, em Lisboa, na sequência de uma insuficiência respiratória. O funeral foi ontem no cemitério de Benfica.José Antunes, de seu nome completo José Gomes Antunes, nasceu em Lisboa, a 25 de Maio de 1937. Fez estudos secundários na Escola António Arroio e estreou-se com cartoons na revista Flama, em 1955. As suas primeiras bandas desenhadas apareceram nas revistas Mundo de Aventuras e Camarada (2.ª série). Em 1968 desenhou uma história (Maître Biber) para a revista Tintin (edição belga). As suas ilustrações tornaram-se presença assídua nas capas das revistas Colecção Salgari, Pisca-Pisca e outras. Foi durante vários anos director artístico do Círculo de Leitores. A sua mais recente incursão na BD foi na obra colectiva Salúquia. A Lenda de Moura em Banda Desenhada, editada no ano passado pela Câmara Municipal de Moura.
Imagem de "Salúquia A Lenda de Moura em Banda Desenhada"