sábado, julho 31, 2010

Acabaram as Conversas da Treta

Há dias, enquanto demoradameeeente falávamos ao telefone eu e o Leonardo de Sá acerca d' Os Ridículos (nos quais colaborei desenhando e escrevendo) e do Actualidades (no qual colaborei escrevendo), e eu insistia que o Humberto da Silva Nobre do Actualidades era o proprietário e director d'Os Ridículos (última e penúltima séries), o Leonardo mandou-me umas coisas que tinha encontrado recentemente. Designadamente esta primeira do Actualidades:
O texto "Continuaremos" é escrito por Humberto da Silva Nobre

Dei conta ao Leonardo de que cheguei a ver, no gabinete do Silva Nobre, uma excelente caricatura (aguarela) de António Feio (o fundador do Actualidades, prematuramente falecido num acidente rodoviário em França). Tinha assinatura de Santana, de Pargana, de Jorge Rosa ou coisa assim. Não me lembro bem.

O nosso telefonema foi há dois ou três dias.

Agora, vejam como, mesmo sem se repetir, a História se... repete: Este manchete teria tido, hoje, plena justificação: António Feio - Uma sdaudade. Aliás, os jornais de hoje e ontem disseram o mesmo por outras palavras.

Desconheço se existia algum grau de parentesco entre estes dois homónimos. Mas, continuando a falar de caricaturas, recordo que o saudoso António Feioo das Conversas da Treta tinha, em 4ª entrada na Galeria de Imagens do seu site http://www.antoniofeio.com/galeria/index.php?gid=24 , uma sua caricatura de minha autoria. A utilização estava autorizada por mail, pois foi essa a nossa única via de contacto, não obstante o António ter vindo ensaiar regularmente um grupo de Teatro a Leiria (onde resido). Nunca se me proporcionou aceitar o seu oferecimento de bilhetes para um seu espectáculo em Lisboa, que - dizia ele - seria pretexto para nos conhecermos pessoalmente.

Deixa, António! Fica para a próxima! Encontrar-nos-emos poraí!

A caricatura era esta:


Extracto de um post do jornalista brasileiro Luís Nassif
em http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-morte-de-antonio-feio#more:

Hoje estou um pouco mais triste. (...) "Se pudesse matava o bicho a rir" foi com bom humor que enfrentou a luta contra a doença. Assisti aos Globos de Ouro, uma espécie de Óscar português, no qual ele foi homenageado.
Na hora dos agradecimentos não deixou por menos: Quero agradecer ao povo português e ao meu pâncreas por este prémio. Graças ao meu pâncreas agora sou convidado para tudo e mais alguma coisa. Cheguei mesmo a ser capa de revista com o titulo: O pâncreas da treta. (...)