quinta-feira, novembro 30, 2006

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O episódio de El Nuevo Heraldo
A "metralhadora" de Varela era de plástico
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."Sou um homem feliz. Apesar do que choro quando vejo um filme como o Titanic. Porque não gosto de naufrágios"
Palavras de José Varela, retiradas de uma sua autobiografia publicada em El Nuevo Heraldo
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Na passada segunda-feira à noite, José Varela, o caricaturista cubano que "tomou pela força de uma metralhadora" a direcção do diário onde trabalha, num episódio rocambolesco que relatamos mais abaixo, teve de pagar uma caução de 75.000 dólares para ficar em liberdade.

O caricaturista, de 50 anos de idade e praticante de Karaté (segundo Puerto Rico Hoy) é acusado de três crimes com arma de fogo, embora não tenha usado mais do que uma metralhadora de plástico e uma faca, segundo Prensa.com de Panamá.



Este é um dos cartoons de Varela em El Nuevo Heraldo (Miami), um dos principais diários em língua espanhola que se publicam nos Estados Unidos.

Trata-se de um jornal publicado pelo The Miami Herald, da editora Mc Clatchy, e foi as egunda vez em pouco mais de um ano que o Nuevo Heraldo "virou" notícia de carácter violento: segundo a agência AFP, em Julho de 2005 um ex funcionário da cidade entrou no átrio do diário e, depois de falar por telefone com um repórter, disparou um tiro sobre a sua própria cabeça, tendo morrido pouco depois no hospital.

Voltaremos a este assunto

terça-feira, novembro 28, 2006

...o lápis é uma arma!
Se você não leu a notícia aí mais abaixo, onde se relata a rocambolesca aventura de um homónimo (e companheiro de... risco) do Onofre Varela, vá ler agora. Para que possa divertir-se com esta charge criada por Banegas em exclusivo para Buraco da Fechadura.
...e tome nota de que numa mistura da língua de Miami com a de Banegas (que é das Honduras e portanto fala castelhano) "O No Fre(e)" significa "Ou não livre" Obrigado, Banegas, por este divertido exclusivo!

segunda-feira, novembro 27, 2006

1º GondoRRiso
Humor sobre a mulher
na capital das filigranas
Uma visão bem humorada sobre a mulher, está patente em 52 cartoons expostos desde o passado sábado na galeria do Auditório Municipal de Gondomar.
A sessão de inauguração esteve invulgarmente concorrida, tendo Buraco da Fechadura testemunhado intensa fruição por parte dos visitantes.
Os trabalhos expostos resultaram de uma selecção dos 62 desenhos participantes, apresentados por 30 artistas, embora só 27 tenham apresentado obras com qualidade suficiente para exposição.
Estiveram representados seis países.
Paulo Fernandes (à esquerda) recebe trofeu e diploma das mãos da Professora Alzira, uma das directoras da ARGO. à direita, o presidente da Associação

O momento em que Zé Oliveira (à esquerda) recebe, em nome de Nani e Angelines, o troféu e diploma das respectivas Menções Honrosas, entregues por
Onofre Varela. Ainda na foto: Professora Alzira, Albertino Valadares e Fernando Paulo, vereador da Cultura (à direita)

Tiras de Diário do Alentejo, agora em livro
Verdadeiro Humor de
verdadeiros alentejanos
A próxima Quinta, 30 de Novembro, é a altura mais adequada para a população de Beja (e arredores, incluindo Lisboa e Algarve) comprar prendas de Natal muito originais e divertidas e (mão menos importante) a preço de ocasião. A partir das 18 horas, acrescente-se, na Bedeteca de Beja.
É nessa altura (e nesse local) que os autores estarão disponíveis para acrescentar à prenda a mais-valia do autógrafo, sem cobrarem mais por isso! (Cobram menos, creio, porque nos lançamentos os livros costumam ter desconto).


De que é que estamos a falar ?

“RIbanho” nasceu no início de 2003 a partir do convite feito por António José Brito (então director do Diário do Alentejo) a Luís Afonso e a Carlos Rico para desenvolverem uma tira para a última página do jornal. Surgiu assim o pseudónimo “Luca”, com as duas primeiras letras dos primeiros nomes de ambos.
Depois de terem criado as personagens em conjunto, dividiram tarefas: Luís escreveu semanalmente os textos, Carlos fez os desenhos e a tradução para alentejano (ainda que se exprima facilmente no alentejano falado, Luís Afonso tem alguma dificuldade em escrevê-lo). Passados quase quatro anos e quase duzentas tiras, chegou a altura de fazer um livro. Este, com uma selecção do melhor de Ribanho, ordenada por ordem cronológica.

A edição é da Prime Books.

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RIbanho, o riso alentejano

Geraldes Lino

À laia de preâmbulo, começarei por dizer que detesto anedotas sobre alentejanos, mesmo que, por vezes, tenha rido com algumas. Detestei, em especial, as que tiveram o seu apogeu maldoso no pós-25 de Abril.
Para cortar à nascença ilações falsamente óbvias, que fique claro: sou lisboeta, e não tenho nenhum familiar alentejano.
Impõe-se, pois, que esclareça já o porquê desta minha animosidade em relação às ditas anedotas. É que sempre detectei nelas laivos de achincalhamento, e não raro alguma intencionalidade política, associando à população daquela província intensa carga negativa de esquerdismo, além de preguiça, lentidão e estupidez.
Mas o que é que tem a ver essa minha interpretação onde se cruza o Alentejo com anedotas e política, se o que está em causa é, tão-somente, apresentar um livro de "cartoons", da autoria de "Luca" –, publicados inicialmente nas páginas de um jornal?
Tem tudo a ver: o jornal é o Diário do Alentejo, e "cartoons", esse anglicismo tão vulgarizado, é algo classificável, simplificadamente, como anedotas ilustradas. Sobretudo, repare-se na coincidência: têm alentejanos como personagens, tal como os dois autores – e, claro, nem um nem outro são homens de direita.
Assim sendo, seria de esperar uma espécie de vingança, tipo, agora vamos nós gozar com quem tanto nos tem gozado? Posso afirmar que uma atitude desse género não faria sentido para eles, conhecendo-os como eu os conheço.
Luís Afonso nasceu em Aljustrel (1965).Ex-professor de Geografia, ex-técnico de Desenvolvimento Local, vive em Serpa, onde exerce a tempo inteiro a inacreditável profissão de cartunista (escrever "cartoonista" é tão absurdo como seria se escrevesse "footebolista"), fazendo para o jornal Público, diariamente, o já famoso (tanto que até motivou uma peça teatral) "Bartoon", e ao sábado "A Semana Política", sendo domingo o dia propício para a "Sociedade Recreativa" na revista semanal Pública. Mas todos os dias são bons para Luís Afonso fazer rir com o barbeiro que espalha as suas tiradas irónicas sobre desporto em geral, e futebol em particular, na tira de três vinhetas intitulada "Barba e Cabelo", no diário desportivo A Bola, onde também, mas nesse caso ao sábado, esgalha "Humor Ardente". A brincar com impostos, fugas aos ditos, preços do petróleo, cotações do euro, e assuntos quejandos, faz de 2ª a 6ª uma tira intitulada "SA" no Jornal de Negócios. Como às três da madrugada de 6ª feira normalmente ainda lhe apetece fazer mais qualquer coisinha, o cartunista alentejano lembra-se do compromisso que tem com a revista Sábado e para ela desenha um "gag" em que brilha um tal "Lopes, o repórter pós-moderno". Depois de tudo isto – que só de ler, cansa – ainda conseguiu imaginação para criar "Sol aos Quadradinhos", e tempo para os desenhar, no novel semanário Sol.
Carlos Rico nasceu em Moura (1968), onde vive e trabalha como gráfico do respectivo sector da Câmara Municipal, em representação da qual é o principal responsável pela realização anual do Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura. Paralelamente, é também cartunista, e nessa qualidade já colaborou no Além Tejo Económico, de Évora, no quinzenário A Planície, de Moura, estando actualmente a desenhar a rubrica "Cartoon" no semanário Jornal do Sporting.
Como se isto fosse pouco para estes dois preguiçosos alentejanos, em Fevereiro de 2003 resolveram formar uma dupla, usando o pseudónimo de "Luca" ("Lu" de Luís, e "Ca" de Carlos), e com ela criaram a rubrica "RIbanho" no Diário do Alentejo. Desde então, semanalmente, têm posto em cena, com muita graça, personagens a analisar os acontecimentos que afectam o Alentejo, a comentar as decisões do governo do país ou simplesmente dos governantes locais, apenas fazendo os seus autores uma pequena concessão: a de gozarem com o sotaque dos "compadris" – afinal de contas, também o deles –, o que, em última análise, significa que se riem, com bonomia, de si próprios.


Acontece, naturalmente, haver por vezes, nesses curtos "gags" (imaginados e escritos pelo Luís, desenhados e coloridos pelo Carlos), intervenientes algo ingénuos, ou, em contrapartida, terem acutilante sentido crítico, sendo que, com frequência, os diálogos se mostram certeiros, oportunos e actuais em relação aos acontecimentos. Leia-se, por exemplo, este:

"– Parece c'as tropas portuguesas fizeram uma simulação de guerra ali p'ròs lados de Grândola, "compadri"!
– Uma guerra a "brincari"?!
– Claro, "compadri"!… Se fosse a sério chamavam-se os americanos!"

Acrescente-se a este acerado humor as imagens caricaturais – mas um caricatural amável, quase ternurento – dos dois alentejanos protagonistas, acompanhados na última vinheta por um burro que troca olhar cúmplice com o leitor/visionador, e ter-se-á a noção do exemplar funcionamento deste género de comentário figurativo.
Por trás dessas imagens que "falam" usando "balões" de banda desenhada, está a excelente capacidade de análise divertida e sempre oportuna da invulgar dupla de autores, talentosos alentejanos que se mantêm firmes na sua terra, defendendo-a com a terrível arma do humor, sem necessidade de balas achincalhantes.




Carlos Rico

Nasce em Moura, em 1968.
Desempenha, na Câmara Municipal de Moura, as funções de “designer”, no respectivo Sector Gráfico.
Coordena o “Moura BD – Salão Internacional de Banda Desenhada”, certame que, desde 1991, a Câmara de Moura tem vindo a promover.
Desde 1990 publica “cartoon” na imprensa. Primeiro, no Diário do Alentejo (onde começou com “Beto, o traquinas”, uma série em forma de tira, cujos protagonistas eram um grupo de miúdos); pouco depois, n’ A Planície (onde, na última página, publicou, durante cerca de quatro anos, a série “Fecho... é claro”).
Mantém a colaboração com o “DA” (até hoje). Pelo meio, colabora esporadicamente em inúmeras publicações (Revista da Água, Jornal de Almada, O Ás, A Voz de Paço d’Arcos, Notícias do Entroncamento, etc) e, com alguma regularidade, no Além Tejo Económico, enquanto o projecto dura (alguns meses).
Em 1999 começa a publicar “cartoon” no jornal do Sporting. É uma experiência completamente nova, dado que as ideias lhe são fornecidas pelo jornal. Apenas o traço (a preto) é seu. Este esquema dura até 2001. Pára durante dois anos. Em 2003, ao mesmo tempo que o jornal sofre uma mudança gráfica, reinicia a colaboração, publicando, semanalmente, um “cartoon” a cores, que ilustra textos humorísticos de temática desportiva. Em 2005, a página de humor é suprimida e passa a publicar, a cores, na última página, uma série de tiras cujo principal personagem – um leão, claro – foca temas relacionados com o clube de Alvalade e com o futebol em geral.
Em Fevereiro de 2003 cria com Luís Afonso a série “Ribanho” assinada sob o pseudónimo de LUCA.
Publica o álbum “A Moura Salúquia”, em banda desenhada, sob edição da Câmara Municipal de Moura (1995). Seguem-se “HumoRico” (1996, edição da Associação Jogo de Imagens) e “Um sorriso no... ar!” (1998, Edições Polvo).
Ilustra livros infanto-juvenis, com textos de Maria Eugénia Fernandes, sob edição das Câmaras de Moura (A canção do Pastor, Um céu de lata e Nas nuvens também há flores) e de Barrancos (Manolito, o bixarrácu e a Fêra de Agohtú; Manolito, o bixarrácu e o presépio encantado; Manolito, o bixarrácu e o cahtélu de Noudá).
É Convidado Especial na Tertúlia BD de Lisboa, em 2000.
Recebe o Troféu Sobredão, em 2002, no salão BD da Sobreda.
Em 2006 recebe o Prémio Mais Ilustração atribuído pela revista Mais Alentejo.
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LUÍS AFONSO

Natural de Aljustrel (1965), casado, três filhos.
Residente em Serpa. Licenciado em Geografia pela Universidade de Lisboa (1988).
Leccionou no ensino secundário e trabalhou para autarquias em projectos de desenvolvimento local/regional até 1995.
A partir desse ano dedicou-se exclusivamente aos cartoons, actividade que havia iniciado dez anos antes, quando estudava em Lisboa.
Começou n’O Diário/fim-de-semana, passando por vários jornais e revistas.
Mantém colaborações permanentes em A Bola (desde 1990), Público (1993), Jornal de Negócios (2003), Sábado (2004) e Sol (2006).
Desde 2003 escreve os textos da tira RIbanho, com desenhos de Carlos Rico, no Diário do Alentejo.
É autor dos livros Bartoon (1996), Selecção (1996), Bartoon 2 (1998), Bartoon 3 (2000), editados pela Contexto; e de Bartoon 10 anos (2003), Futebol Por Linhas Tortas (2004) e Sociedade Recreativa (2005), editados pelas Publicações D. Quixote.

sábado, novembro 25, 2006

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Humorista cubano em desespero
Armado de UZI, caricaturista Varela tenta tomar direcção de jornal em Miami


O caricaturista cubano de "El Nuevo Herald" José Varela entregou-se a à polícia de Miami, depois de permanecer armado no interior do gabinete do editor do diário, Humberto Castelló. Un portavoz da polícia de Miami confirmou que a situação terminara com a entrega de Varela às autoridades depois de ter permanecido entrincheirado e armado com uma pistola-metralhadora no gabinete de Castelló durante quase quatro horas. Os jornalistas Tomás García Fusté e Juan Manuel Cao, amigos de Varela, falaram com ele convenceram-no a entregar-se. García Fusté explicou ao canal de televisão 51, da cadeia Telemundo, que Varela o chamou por telefone e lhe declarou que que era ele o novo director do"Nuevo Herlad" e que pretendia acabar com os problemas do jornal.


Varela entregou-se à polícia sem violência, depois de ter explicado a um jornalista de "El Nuevo Herald" que estava "preparado para morrer e que se considera um homem morto". Varela, segundo explicou à agência Efe Rui Ferreira, jornalista do diário, exigia que se cumprissem tres pontos para entregar as armas: a renúncia do director de "El Nuevo Herald", Humberto Castelló, e do subchefe de redacção, Benigno Dou. En terceiro lugar, Varela, armado com uma pistola-metralhadora UZI, pedia que se "divulgue a verdade do exílio cubano em 'The Miami Herald'", reclamando também a renúncia do seu director, Tom Fiedler, que fez comentários depreciativos acerca dos exiliados cubanos em Miami que qualificou de "pequeños chihuhuas". Varela solicitava que o periódico "comece a tomar uma posição de respeito perante o exílio cubano", referiu Ferreira."Estou sereno e tratando de concentrar-me tanto quanto possa", disse Varela em conversa telefónica com Ferreira."Varela, que está só, pidiu para falar com o padre Alberto Cutié (sacerdote católico da comunidade hispana dos EUA)", acrescentou Ferreira. Varela entrou na redacção cerca das 10.40 (15.40 GMT) vestido com uniforme militar camuflado e óculos escuros e, depois de sustentar uma discução com um dos editores de fotografia, dirigiu-se ao gabinete do director, que estava vazio, onde se entrincheirou. Varela, que écinturão negro de kárate, tem dois filhos e desde há três meses está separado de sua esposa.



O edifício do jornal chegou a estar evacuado, com funcionários e polícias no exterior. Entretanto, o caricaturista declarava que não faria reféns.
A dado passo, afirmou por telefone a um colega: "Estás a falar com o novo director do jornal, e estou aqui para desmascarar os verdadeiros conflitos do periódico. Aqui enganam-se os exilados, há problemas com os salários".
Varela acrescentou, para justificar a sua atitude, que "se sentia inseguro na área de Júpiter (uma localidade a norte de Miami), para onde se havia mudado, após o divórcio".

Foto 1: Redacção do Miami Herald
Foto 2: Funcionários e polícias no exterior do jornal, durante o incidente
Notícia enviada por Dario Banegas (Honduras)

Comentário
Um caricaturista é um trabalhador com tanta obrigação de se comportar com bom senso como qualquer outro cidadão. Mas parece que existem alguns que levam demasiado à letra as situações que imaginam e desenham, como se fosse possível passarem a sua própria vida para dentro da cercadura dos seus desenhos e viverem ali, em carne e osso, as suas aventuras de rambos, tal qual as inventam nos seus cartoons metafóricos.

A vida não é uma metáfora.

Quase ao mesmo tempo que este caricaturista vestia um camiflado e empunhava uma UZI para "tomar de assalto" a direcção do "seu" jornal, um rapaz na Alemanha suicidava-se depois de ter espalhado o terror nos corredores de uma escola com a sua metralhadora e, também ele, vestindo camuflado militar.

Durante três anos, fui obrigado a vestir um camuflado militar (um ano em Portugal e dois em Angola). E não me ficaram saudades dele. Nem desejo conquistar coisa alguma à força de G3, que foi a espingarda-metralhadora que melhor me ensinaram a manejar.

As armas são como os cigarros: só existe um proveito em ter fumado, que é saber quanto tem de maléfico o tabaco. E não desejo esse proveito a ninguém.

Zé Oliveira

Gondomar
O sorriso dos nabos

É já hoje, sábado, que inaugura o 1º Prémio Internacional de Gondomar, que dá pelo nome de GondoRRiso e assume como mascote um valente nabo dado à palhaçada.
O divertido acontecimento decorre a partir das 21h30 no Auditório Municipal da cidade gondomarense e tem organização da ARGO - Associação artística de Gondomar. Com uma mãozinha de Onofre Varela, um caricaturista que reside lá no concelho e tem o descaramento de colocar um nariz de palhaço (e um sorriso) numa cabeça de nabo gondomarense.
(É preciso dizer aos leitores que, embora em Gondomar os nabos de hoje já não sejam o que eram, em tempos não muito recuados tinham fama e produziam-se às toneladas nos campos gondomarenses).
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Os Prémios GondoRRiso

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1º Prémio: Paulo Fernandes (Portugal)

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Menção Honrosa: Nani (colombiana a residir em Espanha)

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Menção Honrosa: Angelines (Espanha)

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Menção Honrosa: Nuno San Rosendo (Portugal)

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Bastante participado

Embora seja a primeira edição, o GondoRRiso contou com assinalável número de participantes (cerca de meia centena), em representação de Portugal, Espanha, Cuba, Colômbia, Argentina, Alemanha e Equador.

Extra-concurso

Três autores participaram extra-concurso: Onofre Varela, porque esteve envolvido na organização; Zé Oliveira, porque prestou algum apoio à organização; e Carlos Rico, porque as suas obras chegaram depois da reunião do Júri.

Ainda a exposição de Ferreira dos Santos A exposição do Ferreira dos Santos que pode ser apreciada nos Paços da Cultura de S. João da Madeira desde o passado dia 17, contou com um patrocínio sui generis: a Fábrica de Lápis Viarco (a única do país, a laborar justamente em S. João da Madeira).
...e foi assim que, pela mão do carteiro, nos chegou o catálogo que trazia, a acompanhá-lo dentro do envelope... um lápis Viarco! O dito cujo Lápis do Sorriso, ele mesmo, em pessoa!

(Em casa de Ferreira, lápis de madeira)
(...de S. João da madeira, para ser mais completo)

quarta-feira, novembro 15, 2006

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É já na Sexta
Ferreira dos Santos expõe em S. João da Madeira
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...só agora é que o Ferreira dos Santos diz à gente: é já no próximo dia 17 (e hoje são 15, carago!) que inaugura a sua exposição intitulada "O SORRISO DO LÁPIS".
Vai ser em S. João da Madeira. "São cartoons sobre urbanismo", declara o António Ferreira dos Santos ao Buraco da Fechadura, mas entretando esqueceu-se de informar mais detalhes acerca do local onde decorre o festivo acontecimento. Esperamos que seja debaixo de telha, porque a metereologia não está para modas e notícias de há minutos declaram que lá para aqueles lados o alerta é laranja. Não obstante os cartoons do Ferreira que ilustram esta notícia serem mais em tom rosa... pálido.

Quem é Ferreira dos Santos
Elegendo-me como seu inimigo de estimação, o António Ferreira dos Santos já me convidou para escrever o prefácio do seu próximo livro. Mas colocou-me uma condição: que eu escreva um texto a dizer muito mal dele. Pois está descansado, António, que hei-de esmerar-me na tarefa. Mas até lá, falarei só bem de ti, como sempre tenho feito. E continuo:
............... ficou Portugal mais alegre quando, a 30 de Agosto de 1948, nascia em Cu coiso (Cucujães, acho eu) um robusto rapaz de 3 quilos e oitocentas que, passados uns anos, haveria de licenciar-se em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Daí para a frente, andou a cuidar da qualidade da nossa vida acautelando o ambiente urbanístico em que vivemos e acautelando a alegria com que devemos viver nesse urbanismo, desenhando cartoons de forte sentido crítico. Tem publicado em A Voz Portucalense, O Regional de S. João da Madeira, A Razão, Público, Jornal das Beiras, Fiel Inimigo, O Jogo, etc.

Premiado em Salões nacionais e estrangeiros, é nesta altura um dos mais assíduos colaboradores do Buraco da Fechadura.

Quem passar por S. João da Madeira e não visitar a exposição do Ferreira, é Cágado.

Z. O.

terça-feira, novembro 14, 2006

Em casa de Ferreira, espeto de pau ...ou dizendo de outra maneira: "no melhor buraco cai a nódoa"
Pazadas, abraço!!! (Abraços, pá, ou como raio é que se diz!!!)

domingo, novembro 12, 2006

Pronto, o Buraco da Fechadura entrou de novo num período de mais ou menos normalidade.
Muito brevemente daremos aqui alguma informação acerca do Encontro Iberoamericano de Alcalá de Henares. Tarde, é certo, mas... quem dá o que pode...

Abraços
Zé Oliveira
De Banegas Honduras
No Museu Bordalo Pinheiro
Carrilho expõe caricaturas

André Carrilho inaugurou no passado dia 7 uma exposição de caricatura no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, subordinada ao título "Linha, Ponto e Vírgula".
Pode ser visitada na Sala de Exposições Temporárias.
Criador da Mónica no Festival de BD
Maurício de Souza na Amadora

Maurício de Souza (à esquerda na foto, acompanhado de Zé Oliveira), veio mais uma vez desde o Brasil para participar no 17º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora.
Esta foto, obtida durante o Festival, é da autoria de Osvaldo de Sousa.
O Festival terminou no passado dia 5.

Faremos oportunamente referência ao livro de Osvaldo de Sousa apresentado no âmbito do festival.
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Uma vida a trabalhar no arame... sem rede
Zé dos Alicates Homenageado na Amadora

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A secção de Caricatura do XVII Festival de Banda Desenhada da Amadora, que este ano fez o seu enfoque sobre o trabalho dos artistas periféricos, homenageou Zé dos Alicates (José Augusto Carvalho segundo o BI), um artista de Santa Clara muito conhecido em Coimbra pelas suas caricaturas que desenha em arame e cuja popularidade se tem espalhado um pouco por todo o país e fora dele.

Zé dos Alicates deslocou-se à Amadora no fim-de-semana de 28 e 29 de Outubro, para receber o galardão das mãos do Dr. Osvaldo de Sousa, presidente da Humorgrafe e Director do Salão Nacional de Humor de Imprensa, que decidiu também distinguir Stane Jagodic, um humorista esloveno que trabalha com colagens de recortes, que se viu impossibilitado de deslocar-se a Portugal por motivo de doença.

Segundo a organização, a Caricatura nasceu para ser divulgada nas páginas dos jornais. Mas existem casos de desvio dessa finalidade, como é o exemplo de Zé dos Alicates, que sempre se expressou na arte do retrato satírico usando meios periféricos: arame e alicate.

O Perfil do Zé
Zé dos Alicates entrou ainda muito jovem para uma instituição de enquadramento social do norte de Portugal, onde aprendeu o ofício de encadernador, que chegou a exercer, mas por pouco tempo. Depressa se interessou pelas artes da manipulação artística do arame, produzindo pequenas estatuetas de fio metálico revestido com plástico colorido (que hoje encontramos por exemplo no interior dos cabos telefónicos). Nas montras de bijuteria de Coimbra (por exemplo da rua Adelino Veiga) era frequente exporem-se para venda, nos anos 60, os seus polícias, fogueteiros, sapateiros, estudantes, pescadores… enfim, uma galeria infindável de figuras populares que dificilmente terão resistido à fragilidade do material.

Emigrado para Paris, trocaria aí os fios coloridos pelo arame zincado, com que moldava (molda) o perfil de quem se exponham à sua frente.

Foi o então estudante de Coimbra e caricaturista Orlando Noronha (hoje advogado em Viseu) quem mais se empenhou na projecção do trabalho do Zé dos Alicates, há cerca de uma vintena de anos, trazendo-o para o convívio dos restantes caricaturistas portugueses, com quem passou a exibir-se e a confraternizar tanto em Portugal como em Galiza.

Eduardo Esteves, igualmente estudante de Coimbra, agora licenciado em Farmácia e Caricaturista, também teve uma quota-parte importante na divulgação do trabalho de Zé dos Alicates, tendo-o inclusivamente feito aparecer em várias vinhetas do seu álbum de banda desenhada A Falange do Silêncio, onde intervém no papel de pescador no Mondego. Aliás a pesca é, realmente, uma paixão para Zé dos Alicates.

Numa sucinta apreciação da sua obra, o historiador da Caricatura portuguesa Osvaldo de Sousa pronuncia-se assim acerca da originalidade dos trabalhos deste artista: “A caricatura é um retrato feito a lápis, a carvão, não feito de arame. Só que nas explorações plásticas periféricas tudo é permitido, e desse modo não há artista mais periférico da caricatura que Zé dos Alicates. Sendo um caricaturista repentista, não é fácil fazer uma exposição de obras suas. A caricatura em arame é feita perante a vítima, que logo a leva”.
Zé Oliveira

Ilustração: Osvaldo de Sousa por Zé dos Alicates

Meio cento de desenhos participantes
Salão de Humor em Gondomar

A ARGO - Associação Artística de Gondomar lança pela primeira vez o Prémio Cartoon GondoRRiso - Salão Internacional de Caricatura e desenho de Humor de Gondomar.

A organização conta com a decisiva colaboração do caricaturista Onofre Varela, que reside em Rio Tinto (concelho de Gondomar, integrando a área metropolitana do Porto).

O prazo para recepção de originais já encerrou, podendo Buraco da Fechadura adiantar que concorre uma trintena de humoristas de sete países.

Este Salão, que este ano se subordina ao tema "Mulher", vai ter catálogo e, embora disponha de um orçamento muito reduzido, atribuirá um prémio único de 500 euros. E serão consideradas Menções Honrosas até ao número de três.
Segundo nota distribuida ontem à imprensa pela Fundación General de la Universidad de Alcalá, está aberto o prazo de candidatura para o Prémio Iberoamericano de Humor Gráfico Quevedos 2006.
Candidaturas para o Prémio Quevedos

O Pémio, dotado com 30.000 euros, recaiu em edições anteriores em António Mingote, Quino, Chumy Chúmez e El Roto.

Os Ministérios de Assuntos Exteriores, de Cooperação e de Cultura acabam de anunciar uma nova convocatória do Prémio Iberoamericano de Humor Gráfico Quevedos, galardão promovidopela Fundación de la Universidad de Alcalá e o mais importante nesta disciplina artística.

Este Prémio, que é dotado com trinta mil euros, tem como objectivo distinguir a trajectória profissional daqueles humoristas gráficos espanhóis e iberoamericanos cuja obra haja tido uma especial significação social e artística, contribuindo dessa maneira para a difusão e reconhecimento deste campo da cultura.

A presentação dos candidatos, em número máximo de tres, poderá ser levada a cabo pelas Embaixadas dos países de Iberoamérica emEspanha, por associações e instituições relacionadas com o mundo do humor gráfico, por associações de imprensa e por cada um dos membros do Júri. O plazo de apresentação de candidaturas estará aberto até 4 de Dezembro de 2006.

O Júri é formado pela Secretária de Estado de Cooperação Internacional, na sua qualidade de Presidente da Agencia Española de Cooperación Internacional, a ministra da Cultura, o reitor da Universidade de Alcalá, e um representante dos ministérios dos Assuntos Exteriores e de Cooperação e da Cultura, e um representante da Secretaria de Estado de Comunicação do Ministério da Presidência. A Fundación General de la Universidad de Alcalá actuará como secretária.


Informações e contacto:
FUNDACIÓN GENERAL DE LA UNIVERSIDAD DE ALCALÁ
Programa de Humor Gráfico
Teléfono: 91 879 74 40/41
pquevedos@fgua.es
De Ferreira dos Santos Portugal