Os votos de Francisco Piedecausa teriam de ser substancialmente diferentes dos de todos os demais humoristas!
...e assim extrapolo para todos, os votos de Bom Ano que Paco (à esquerda na foto; quiçá também à direita...) me enviou desde a sua terra, Valência!
Recordo de Piedecausa...
...recordo ouvi-lo cantar Grandola Vila Morena de princípio ao fim com convicção, sem enganos nem hesitações.
...e também recordo...
...recordo uma paella deliciosa que ele e sua paciente mulher Teresa cozinharam na cozinha de quintal da casa de campo de Pablo Ortiz, Simpatiquíssimo guitarrista do duo Esencias (com o violinista José Castillo) a uns 20 ou 30 quilómetros de San José da Costa Rica, América Central. Foi uma ideia concretizada pelo meu amigo caricaturista Oki, de San José.
O anfitrião emprestou a casa mas não esteve presente, devido a compromissos artísticos, por isso perdeu um prato absolutamente fantástico que... só pecou pelo acompanhamento. O grupo era de umas sete ou oito pessoas (de Portugal ia também o historiador da Caricatura Osvaldo de Sousa) e creio que nenhum era abstémio. Mas... (há quase sempre um mas, quando uma refeição histórica está a correr bem) nós aterrámos na Costa Rica em pleno período de Lei Seca, porque as eleições para a presidência da República (2001) coincidiam com a nossa permanência em San José (participantes no Festival de las Artes) e no país não se vende álcool em lado nenhum durante dois ou três dias antes e depois da eleição.
...uma garrafa de rum
Um elemento do grupo, bom conhecedor dos cantos e recantos do "território", porque residente em San José, tentou desencantar em qualquer lado umas cervejas ou duas ou três garrafas de vinho, se não nos supermercados pelo menos num qualquer tasco "manhoso", mas... nem uma gota conseguiu. Valeu-nos uma garrafa de rum da sua garrafeira doméstica, misturada com 7up e os fantásticos sumos de fruta costa-ricenses, numa espécie de cup.
Lembras-te, Piedecausa? A tua paella merecia bem melhor acompanhamento!!!
...um pescoço partido, apesar da abstinência
...E afinal... tanta abstinência... e as capas dos jornais do dia seguinte às eleições eram todas semelhantes: foto do candidato vencido fotografado à saída do hospital, com um grande colarinho de gesso! Não sei se opositores se correligionários foram a casa da mãe dele, onde o candidato, mulher e filhos se refugiaram e... partiram-lhe o pescoço!
Lembras-te, Paco?
Bom ano Para ti! E para a Teresa! E para a tua filha! (Quando é que mandas um desenho para o Buraco da Fechadura?)
Zé Oliveira
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