Gogue ilustra página web americana
Gogue desloca-se frequentemente a Portugal (Vila Real, Lousã, Amadora, Porto, etc)
Uma explicação:Daí para a frente, todas as tentativas saíram goradas. E quando Buraco da Fechadura contactou a Telered21 de Honduras, ficou a saber qual a razão da falta de emissão na net: uma trovoada desferiu um raio sobre o equipamento que coloca o sinal de tv no servidor.
E como Buraco da Fechadura no habla de aquello que no conoce, aguardemos que a situação seja normalizada.
Do Bonil já tínhamso falado não há muito (procurem, aí mais abaixo) e trazemos de novo o nome dele aqui ao Buraco, porque foi exactamente Bonil quem nos informou de que já tinham saído os resultados do concurso "A Linguagem do Mundo", uma organização germano-turca. E, entre 1.053 cartoons, um dos distinguidos com Menção de Honra foi precisamente desenhado por Bonil.
Este que aqui vemos de camisola azul escura é o próprio Harca em pessoa, que foi às compras ao mercado de Picassent, povoação catalã de sua naturalidade. Da conversa dele é que não pescamos nada, pois ele e a sua conterrânea (uma das suas namoradas do tempo de escola, apostamos...) estão a conversar em catalão.
Mas para este diálogo, conseguimos arranjar tradução. A conversa era mais óbvia. (Já se sabe: conversas de namorados têm frequentemente muito de encriptação!...)
Agora, sete anos passados, creio que já poderei confidenciar aqui por que motivo corri a fazer tão apressada entrevista. Vamos por partes:
Tenho em meu arquivo plaquetes (ou plaquettes como queiram) editadas em 1953 durante a Queima das Fitas de Coimbra que contém caricaturas assinadas por um tal Célio. E a sua actividade no género prossegue nos anos seguintes, sempre em fulgurante crescendo de qualidade. Quando estudei em Coimbra, e compulsando a qualidade das caricaturas dos Livros de Curso e plaquetes (plaquettes?), não tie dúvidas em o eleger como um dos dois ou três mais brilhantes que passaram por aquela academia. Mas registos biográficos do autor não havia.
No começo da década de 70, venho residir para Leiria onde acabo por montar um gabinete de Topografia a escassos cem metros do atelier do arquitecto Cantante. Que durante décadas não conheci, porque nunca calhou; não obstante as afinidades profissionais.
Até que, surgindo em Coimbra no final de 1992 o encontro transgeracional de Caricaturistas designado Encontrão, decorrente de noitadas de caricaturas que mantive com o Orlando Noronha, o Eduardo Esteves e o Quim Paixão, surgia um problema: ninguém conseguia localizar um dos mais fulgurantes caricaturistas de meados do século: Célio.
Durante um telefonema, dou conta desta dificuldade ao Augusto Mota, leiriense que também desenhou caricaturas em Coimbra naquela altura. Que me responde, surpreendido: "Então não sabe quem é o Célio?!... É o arquitecto Cantante!" Acabou por não ir a Coimbra. Nessa altura, apenas o contactei via telefone. Desconheço se a silenciosa doença que o vitimaria já o minava ou não.
Acabei por vir a cionhecê-lo pessoalmente uns anos mais tarde durante uma das edições das Festas da Caricatura de Leiria, que decorreu por iniciativa motivadora da jornalista Lurdes Trindade, na antiga churrasqueira Transmontana (que mudara de nome, não me lembro para qual), nas proximidades das Cortes, lado direito de quem vai de Leiria. Nessa altura, durante o jantar, Céio Cantante ainda esboçou a tentativa de fazer uma caricatura, mas depressa se retraíu. Não tinha mão exercitada para tal tarefa.
Certo dia, chegou-me a notícia: a saúde não estava a sorrir a Célio Cantante, embora atravessasse uns dias de recuperação. Que poderiam ser curtos, avisaram-me.
Marquei uma entrevista com ele. E recolhi pouco mais material do que aquele que se publicou, pois percebi que lhe não estava a ser fácil recuar ao tempos de juventude. Levei-lhe uma das suas primeiras cariaturas para Livro de Curso que ampliei e fotocopiei sobre cartolina, para efeitos de foto, que o fez comentar que "era mesmo assim que eu desenhava, neste tamanho e neste género de folhas". E à pergunta acerca da data das suas primeiras caricaturas para plaquetes (plaquettes?), respondeu: "1954". Calcule-se, portanto, a sua surpresa quando lhe mostrei exemplares com caricaturas suas datados de 1953! "São seguramente as primeiras", asseverou.
Nove meses depois da entrevista que me concedeu, viria a falecer. Sinto que cumpri uma obrigação de cidadania ao registar a existência de um artista superior que corria o risco de, por força d sua modéstia, ficar incógnito na história das artes portuguesas. Mas fiz pouco. E disso me penitencio.
Convido-vos a ler a entrevista então publicada:
1 - Clicar em: http://www.regiaodeleiria.pt
2 - Na janela de "Pesquisa", escrever Célio Cantante caricatura
3 - Aparece o texto de apresentação. Clicar em [+]
Zé Oliveira
Para ampliar, clicar sobre a imagem
Um texto editorial começa por chamar a Xaquín Marín "alicerce do humorismo galego", mas corrige: "qual alicerce! Alicercíssimo!". E continua: "As suas personagens são facilmente identificáveis porque lhe saem mesmo de dentro. De profundis, como se diria agora. Desde os velhos filósofos no banco do parque até ao omnipresente pé esmagador (...)" porque muitos dos cartoons de Marín são protagonizados por um pé enorme, que aniquila tudo e todos.
Segundo escreve Osvaldo de Sousa no seu blog http://humorgrafe.blogspot.com , "a Câmara Municipal de Paredes deu a oportunidade de Santiago expôr. Não fez catálogo, o que está mal, mas o pior é que no dia da inauguração, abriram-lhe as portas e não apareceu nem o Presidente, nem um vereador, nem um director de serviço... é uma vergonha como este país terceiro-mundista trata os cidadãos, os artistas".
Personagem de Gogue


Buraco da Fechadura foi hoje espreitado em 16 países. saber:
Portugal - Brasil - Estados Unidos - Alemanha - México - Espanha - França - Ecuador - Roménia - Inglaterra - El Salvador - Srilanka - India - Itália - Honduras - Uruguai.
As manchas vermelhas no mama dão uma ideia da localização de cada visitante.
O Salão Internacional de Humor de Paraguaçu recebeu este ano 1480 trabalhos de 42 países, tendo sido seleccionadas 272 obras distribuidas entre as categorias Caricatura, Charge, Cartoon, Catoon Temático, Tira e Mangá.
A aglomeração de encomendas durante os dias que antecedem as festas académicas tem como consequência um abaixamento da qualidade do trabalho artístico, quer por cansaço quer pela necessidade de desenhar muitas em pouco tempo.
Por isso, Zé Olieira, que é um dos poucos especialistas portugueses neste género de caricatura, apela aos estudantes para que comecem já as suas encomendas. Garantem melhor preço e melhor qualidade.
As entrevistas de selecção estão agendadas para o dia 12 de Setembro e o curso tem lugar de dia 15 a 19 do mesmo mês. 