sábado, abril 01, 2006



Mais sobre o desaparecido MENA


Foi-se o amigo e colega José Luis Martín Mena mais conhecido no mundo do humor gráfico como “Mena”. Os meios de comunicação falaram muito disso, contudo desejo divulgar o meu testemunho.

Mena nasceu em Madrid enm1935 e estudou no colégio León XIII e sendo ainda muito jovem, desenhou em FLECHAS Y PELAYOS, MARAVILLAS, BOY, BALALIN Y BAZAR.



Em 1953 com 18 anos, é convocado por Álvaro de Laiglesia para colaborar na nova Codorniz (a partir dessa altura a revista mais audaz para o leitor mais inteligente) que Álvaro havia herdado de Mihura. Fariam compañía a MENA: Acebedo, Pablo, Chumy Chúmez, Herreros, Castellano, Tilu, Munoa, Tono, Kalikatres, Perdiguero, Mingote, Azcona, Spin, Vadorrey, Serafín e outros.

Mena era una máquina de desenhar, pelo que não se conformou só com La Codorniz, começou também a trabalhar também para as revistas PEPOTE, SEMANA, BLANCO Y NEGRO, LA ACTUALIDAD ESPAÑOLA, GACETA ILUSTRADA, TELE-RADIO, EL JUEVES, PERSONAS e algum tempo depois, também na HOLA e INTERVIU. Igualmente colaborou com praticamente todos os periódicos da época: MADRID, YA, EL ALCAZAR, INFORMACIONES, ARRIBA y PUEBLO. Não satisfeito, começou a publicar no PARIS-MATCH, JOURS DE FRANCE e THE NEW YORK TIMES. Segundo um seu testemunho, os seus desenhos apareceram e nada menos do que 300 publicaciones de 33 países. Trabalhou de igual maneira para una agência norteamericana; fue autor de inumerables “gags” que apareceram na televisão.

Em 1970 integra a ficha do ABC e cria, uma tira diaria com o “CâNDIDO” (talvez o desenho quen o tornou mais conhecido) que não parou de desenhar até à sua morte.

A Editorial Planeta, em 1973, publicou o seu livro “Enchufados y Oprimidos”. E participou na obra colectiva “Democracia y Viñetas”.

Os premios conseguidos foram muitos, deos quais destacamos: Paleta Agromán 1962, Copa na Bienal d Humor de Tolentino Italia 1963, Dátil de Plata de Bordighera Italia 1964, Premio Cruzada de Protección Ocular 1965, Premio Mingote 1971, Premio Olimpiada del Humor, Premio Contra la Violencia en el Deporte, Premio Nacional de Periodismo, Premio Vinos de la Mancha, Trofeo de la Asociación Nacional de Informadores Gráficos de Prensa 2003.

Era um apaixonado da figura de Don Quijote e por isso fundou, en El Toboso, o MUSEO DEL HUMOR GRÁFICO DULCINEA. Era seu director, e desde esse posto nos chamou a todos para que lhe enviássemos um desenho; recibeu muitos, mas falta o meu. Devo-to, José Luís!
Conheci e convivi com Mena, em Alcalá de Henares por alturas dac realização das Muestras de Humor Gráfico e dos congressos de humor que se realizaram na dita cidade, a que ambos éramos asíduos. Recordo-o discutindo em tom jocoso com Pablo (falecido também há anos) de quem era muito amigo. Também nos relacionámos a propósito das últimas edições das Olimpíadas del Humor que se celebraram em Valencia nos anos 90. Mena conseguiu um dos prémios.

Tinha problemas de saúde, pelo que chegou a estar cerca de 6 meses internado; saiu, dava a impressão de que ia recuperando, mas em certa altura piorou e deu entrada na Clínica Ruber onde falleceu a 27 de Marzo. No dia 28 foi a enterrar no Cementerio de la Almudena de Madrid. Segunda dia 3 de Abril pelas 20:30 horas tendrá lugar uma cerimónia fúnebre na Iglesia del Pilar da capital de España. Amigo e colega José Luís descansa en paz.

J. M. Varona “Ché”

Foto: Da esquerda para a direita: Eusebio Rahoma, Ché e Mena

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