Viva, Solnado!
A notícia chegou hoje ao fim da manhã: Raul Solnado morreu, pouco faltava para as onze.
Pouco vou acrescentar aqui, por agora. A não ser isto: Há 43 anos, tinha eu 20, procurei Raul Solnado na Figueira da Foz para o entrevistar. Seria a minha primeira entrevista "a sério", e coincidia também com o período em que eu me apresentava publicamente como humorista, tendo por minha conta a última página da revista "Capa e Batina", de Coimbra, que preenchia com desenhos e textos humorísticos (e outras coisas, nas restantes páginas da revista).
Quando o entrevistei, ofereci-lhe um exemplar da edição anterior e pedi-lhe que passasse os olhos pela minha página de humor. O que ele fez de modo interessado, tendo deixado sobre o conteúdo da página, e ocupando mais de metade dela, o autógrafo acima (que me deu, agora, uma trabalheira para isolar do conteúdo gráfico).
O Gila de Portugal
O talento interpretativo de Solnado tornou-se especialmente notado com as traduções dos monólogos do autor, actor e cartoonista espanhol Miguel Gila (Madrid, 12/03/1919 - Barcelona, 14/07/2001), como é o caso da História da Ida à Guerra, o telefonema para o Inimigo, e tantas outras peripécias non-sense ("a sopa já chegava fria..." "não mata mas desmoraliza...").
sábado, agosto 08, 2009
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