Não sendo a primeira dificuldade preocupante da sua existência (as primeiras crises são contemporâneas do próprio Raphael Bordallo Pinheiro), afigura-se uma das mais graves. Em comunicado aos 170 funcionários, enitido na passada Sexta-feira, a administração sugere-lhes que peçam por sua própria iniciativa a suspensão dos respectivos contratos.
Conjunto decorativo no parque da Fábrica
Raphael Bordallo Pinheiro no seu atelier da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, criando a "Jarra Cunha Vasco"
Quanto vale a nossa mamória?
Se é certo que a insuperável importância de Zé Povinho (a obra máxima da Caricatura Portuguesa) se deve à sua existência gráfica, nos sucessivos jornais de Bordallo, a vedade é que a sua popularização junto de camadas da sociedade pouco habituadas à leitura de jornais (afinal aquelas que o Zé melhor incorpora) se fica a dever às figurinhas de cerâmica onde o ícone português passou a conhecer as três dimensões da vida. Aliás acompanhado de vasta galeria de estatuetas, a que se soma uma enormidade de faianças de cunho hiper-realista que nos revelou outro Bordallo.
Fábrica Bordallo Pinheiro e Hospital Termal são dois expoentes iconográficos caldenses, afinal ambos a passar por tempos de apagamento.
Imagem a cores: "Zé Povinho 1975" - José-Augusto França (Livraria Bertrand)
Imagens a Preto e branco: "Faianças de Rafael BordaloPinheiro (Palácio Galveias, 1985)
Sem comentários:
Enviar um comentário