
sábado, dezembro 27, 2008
Morreu Zé Paulo
Zé Paulo, que nascera em 1937, faleceu no passado dia 23, cerca das 19h00, vítima de cancro.
Chamava-se José Paulo Abrantes Simões e costumava assinar ZEPAULO.
Foi autor de BD, ilustrador, caricaturista, pintor.
Mais pormenores em http://humorgrafe.blogspot.com
sexta-feira, dezembro 26, 2008
Grito do Ipiranga em Alcalá
Ziraldo Alves Pinto, que assina Ziraldo, foi o caricaturista galardoado este ano com o Prémio Quevedos que bienalmente é atribuído pela Fundación General de la Universidad de Alcalá (Madrid). Portanto, dentro de aproximadamente um ano e em cerimónia de elevada dignidade, Ziraldo receberá a palma dos académicos e as palmas dos colegas na sala do Paraninfo do Palácio Cisneros.
Trata-se do primeiro autor de língua portuguesa a ser galardodo com o mais importante prémio mundial para a Caricatura.
Portugal esteve também representado com uma candidatura, a de João Abel Manta, cujo processo foi entregue pessoalmente em Novembro por Zé Oliveira, na qualidade de presidente da Direcção da FecoPortugal - Associação de Cartoonistas, entidade promotora.

Ziraldo Alves Pinto nasceu a 24 de Outubro de 1932 no estado de Minas Gerais, na pequena cidade de Caratinga, a cerca de 500 Km do Rio de Janeiro. De uma família de sete irmãos, e sendo filho de Zizinha e Geraldo, acabou por ser baptizado com uma mistura dos niomes dos progenitores: Ziraldo. (Foi também desse modo que o cartoonista pernambucano Lailson foi baptizado).
Aos 16 anos foi para Belo Horizonte, capital do estado, onde estudou na Faculdasde de Direito. Em 1958, ano em que completaria o curso, casou-se com Vilma, depois de sete anos de namoro. E foram pais de Daniela, Fabrizia e António, que lhes deram quatro netos.

Desenhador compulsivo desde cedo, todas as superfícies lhe serviam para garatujar: no pavimento dos passeios, nas paredes, nas aulas... E os seus pais nunca o constrangiram. Outra das suas paixões era a leitura. Lia tudo o que lhe aparecia e conhecia todas as revistas de BD. E pressentiu, ainda criança, que haveria de ser aquele o seu futuro.

Ziraldo visto por Brito
Começou por publicar mensalmente ilustrações na revista Era uma vez… Em 1954 passou a ter uma página de humor em A Folha de Minas, o mesmo jornal que publicou o seu primeiro desenho em 1938, com apenas seis aos.
Em 1957 começou a publicar na revista A Cigarra e posteriormente em
O Cruzeiro (1958). Em 1963 inicia colaboração com o Jornal do Brasil,
onde publica diariamente uma tira de humor. O seu cartoon de crítica social e política no JB é, desde há 20 anos, uma referencia indispensável. Publicou também nas revistas Visão e Fairplay.
Durante os anos 60 as suas personagens Jeremías, o Bom, a
Supermãe e, posteriormente, o Mineirinho, tornaram-se popularíssimos.

Foi também nadécada de 60 quando realizou o seu sonho infantil
– converter-se en autor de Banda Desenhada – que lançou a primera revista brasileira do género feita por um só autor, reunindo um grupo de personagens, comandados por Saci Pererê, que formavam parte do universo folclórico brasileiro tais como a pantera, o jabutí, o tatu, o conejo e o búho. Saci de Pererê marcou uma época na BD brasileira.
Em 1964, com a toma do poder pelos militares, interrumpeu-se a publicação da
revista. Os seus ideas de preservação ecológica, solidariedade entre os povos,
necessidade de reforma agrária, entre outras, impediram a sua sobevivência ao golpe fascista do Brasil. No entanto, a força dessas personagens, tão tipicamente brasileiros, resistiu aos duros anos do militarismo.
Em 1973, a Editorial Primor do Río de Janeiro reeditou em 3 álbuns uma
selecção das melhores histórias de Saci Pererê (a pandilla de Pererê). As
histórias passaram a ser incluídas em vários livros didácticos publicados no Brasil, ajudando as crianças brasileiras a conhecer melhor a sua cultura.
Durante o período da ditadura militar (1964-1984) Ziraldo desenvolveu um trabalho intenso de resistência à repressão. Fundou com outros humoristas o periódico inconformista mais importante da imprensa brasileira: O Pasquim.
Em 1968 Ziraldo vê reconhecido internacionalmente o seu talento pela revista Graphis. Tambem publicou na Penthouse e Private Eye, de
Inglaterra; Plexus e Planète, de França, e Mad, dos EEUU.
Em 1969 publicou o seu primeiro livro infantil, FLICTS.
Desde 1972 os seus trabalhos são seleccionados pelas revistas Graphis Anual,
Graphis Parter, Visión, Playboy, e GQ (Gentleme's Quaterly).
A partir de 1979 dedica mais tempo à sua mais antiga paixão: escrever histórias para criança. Publica O planeta Lilás e Anedotinhas do Pasquim.
Em 1980 lança o livro O menino Maluquinho, posteriormente adaptado para teatro e cinema. Na sua página web tem uma versão para ópera infantil realizada pelo maestro Ernani Aguiar. Em 1989 começam a ser publicadas tiras com esta personagem.
Em 1994 O menino Maluquinho é adaptado ao cimena.
Oa seus livros estão traduzidos em espanhol, italiano, inglês, alemão, francês e basco.
Em 1999 croiu duas revistas: Bundas e Palavras.
Em 2002 surgiu O Pasquim21.
Prémios
1969. Prémio Internacional do 32º Salão de Caricatura de Bruxelas.
Prémio Merghantaller, da Prensa Libre de América Latina, patrocinado pela
Asociación Internacional de Prensa, recebido en Caracas (Venezuela).
Convidado a criar o Cartaz anual da UNICEF, pela primeira vez realizado por um artista latino.
1980. Prémio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo.
2004. Prémio Internacional Hans Cristian Andersen.
quarta-feira, dezembro 24, 2008
Tenhamos um bom 2009...
...se formos capazes!...

(O valor do que lanças fora)
Texto e desenho de José Maria Varona "Ché"
Nota: Por escassez de tempo (e para não atrasar ainda mais a publicação) publica-se esta crónica de Ché sem tradução. Pedido d desculpa ao autor e aos leitores.
En los últimos tiempos la humanidad ha mostrado su preocupación por todo aquello que está relacionado con el medio ambiente, y en particular, con el reciclado de las basuras que de forma inmisericorde caen a diario sobre tierra y mar contaminándolas. La basura puede ser una maldición, pero a partir de un momento una bendición, si al final, llega a convertirse en la materia prima de la que se aproveche todo. La Universidad de Alcalá viene siendo sensible a los problemas que afligen a nuestro planeta, de ahí, y tal como viene ocurriendo desde hace 15 años, que convocara a los profesionales del mundo para que participaran con sus dibujos en la XV Muestra Internacional de Humor Gráfico -inaugurada en fecha reciente- que este año ha estado dedicada al tema del aprovechamiento y destino de todo aquello que el género humano desecha cada día, bajo el título, “El valor de lo que tiras”.

Para la Muestra se recibieron más de 500 obras confeccionadas por artistas de 45 países –algunos tan alejados de nuestras fronteras como son Australñia, India, Azerbaiyan, China, Indonesia, Irán o Canadá-, de las cuales fueron seleccionadas 159 (la mayor parte procedentes de los países Iberoamericanos), que todavía podrán ser contempladas en la Capilla de Caracciolos de dicha población, hasta el 30 de noviembre actual.
De España fueron elegidos 44 dibujos de distintos autores entre los se encuentran Almarza, Marisa Babiano, Angelines, Postigo, Toni Batllori, Ubaldo, Kap, Del Olmo, Fandiño, Forges, Gallego y Rey, José Julio, David, Madrigal, Ricardo y Nacho, Menta, Mingote, Ozeluí, Idígoras y Pachi, Krahn, Romeu, Zulet Quique, Edu, Enrique, Malagón, Harca y Che entre otros. De fuera de nuestro país citamos a Ares, Miriam, Vane, Nando, Kappel, Caloi, Santiago, Omar, Percy, Palomo, Cakmak, Nani, Turcios, Elena, Oki, De la Nuez, Miriam, Lloyy, Martirena, Carreño, Bonil, Vilma, Biz, Banegas, Isca, Rius, Cintia Bolio, Trizas, Garci, Rruizte, Pedro Sol, Iracheta, Goiriz, Ze Oliveira, Varela, Yépez, Ms. Orzuj, Regulo, Rayma y muchos otros.
La Muestra fue inaugurada el 4 de noviembre actual, contando con la presencia del rector de la Universidad Virgilio Zapatero, Arsenio Lope Huerta Director General de la Fundación, Juan García Cerrada Director del Departamento de Humor Gráfico y la señora Pilar Urricoechea responsable de la Obra Social de Caja Duero (todos de Alcalá); también dirigió unas palabras a los allí presentes José Antonio Garci Nieto de México
Al amparo de la Muestra, tuvo lugar un Congreso –que contó con especialistas como Ana Sánchez de Costa Rica, Agustín Sánchez González de México y Jorge Montealegre de Chile- en el que los profesionales del humor gráfico venidos de diversas partes del mundo, debatieron sobre temas varios y en especial sobre los Objetivos del Milenio marcados por la Naciones Unidas en el año 2000, que contó con la aportación de un libro y un DVD, en español e inglés, titulado Humoristas por los Objetivos del Milenio en el que los dibujantes Mingote, Forges, Toni Batllori, Alfredo, Chico, Garaycochea, Helio Flores, Idígoras y Pachi, Antonio, Máximo, Loredano, Palomo, Pedro Sol y Turcios presentan un chiste y las razones para involucrarse en la consecución de los citados objetivos. La existencia del Congreso fue aprovechado también (con la presencia de sus autores) para la presentación de los libros Historia del Humor Gráfico en Costa Rica, Puerto Rico, Chile y Paraguay. De igual manera se celebraron mesas redondas, talleres en centros docentes y penitenciarios, exposiciones, encuentros de autores y la puesta en escenas de actividades al aire libre, entre las que se encontraban la fiesta de la caricatura asistida por especialistas del género de dentro y fuera de España.
José María Varona “Che”
Noviembre 2008


Conjunto decorativo no parque da Fábrica
Raphael Bordallo Pinheiro no seu atelier da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, criando a "Jarra Cunha Vasco"
Quanto vale a nossa mamória?
Se é certo que a insuperável importância de Zé Povinho (a obra máxima da Caricatura Portuguesa) se deve à sua existência gráfica, nos sucessivos jornais de Bordallo, a vedade é que a sua popularização junto de camadas da sociedade pouco habituadas à leitura de jornais (afinal aquelas que o Zé melhor incorpora) se fica a dever às figurinhas de cerâmica onde o ícone português passou a conhecer as três dimensões da vida. Aliás acompanhado de vasta galeria de estatuetas, a que se soma uma enormidade de faianças de cunho hiper-realista que nos revelou outro Bordallo.
Fábrica Bordallo Pinheiro e Hospital Termal são dois expoentes iconográficos caldenses, afinal ambos a passar por tempos de apagamento.
Imagem a cores: "Zé Povinho 1975" - José-Augusto França (Livraria Bertrand)
Imagens a Preto e branco: "Faianças de Rafael BordaloPinheiro (Palácio Galveias, 1985)