quarta-feira, outubro 05, 2005

Um anúncio que mete nojo

Reproduzo a seguir o post que redigi e ilustrei para o Buraco da Fechadura do outro charco no dia 12 de Setembro.
Foi poucos dias após a publicação deste texto (que zurze a deselegância de um mal-cheiroso anúncio de TV que faz uma flatulente propaganda ao batráquio patrono do servidor onde se alojava o Buraco da Fechadura, foi a partir desta altura, que me aconteceu um pouco de tudo: impossibilidades de publicar posts ou demoras de muitas horas até à sua republicação, desaparecimento incompreensível de todos os links do HTML, desaparecimento do contador de visitas, falsas promessas de apoio por cada vez que recorri (por telefone ou e-mail) aos serviços de assistência da verde criatura.
Tudo isto poderá não ser mais do que um chorrilho de coincidências; mas parece uma atitude muito mais kafkiana do que as que usava antigamente a PIDE e a Comissão de Censura.
Não deixem de ler o texto. E recomendar esta história aos vossos amigos.
.
Quando os faxes eram uma novidade tecnológica,
os portugueses (que sempre gostaram de achincalhar as inovações…) diziam
“vou enviar um fax” de cada vez que iam ao w.c.
mandar para o colector o quimo dos seus intestinos,
já transformado em quilo;
(não seriam mais do que 200 gramas,
mas os lusitanos sempre tivemos a mania das grandezas).
Os tempos evoluíram (lentamente, é certo, no que toca
à nossa lusitana tèrrinha)
e agora os faxes já não merecem que se lhes dedique
nem sequer uma cagadela.
Agora, o metaforismo passa a ser outro:
depois de termos sido literalmente metralhados
pelos traques do sapo
no anúncio da televisão que,
mesmo a dormir,
têm pressão suficiente para mandar os cobertores pelos ares,
passamos a dizer assim quando queremos enviar um e-mail:
“Vou mandar um peido”.

z.o.

1 comentário:

Anónimo disse...

Proverbio español: Eres más finchado que un portugues