domingo, abril 30, 2006

Na política do Brasil também há
laranjas! E bichadas!

A comprovação está neste cartoon de Lailson que acaba de chegar ao Buraco da Fechadura.
Sabes, Lailson? Nós por cá conhecemos muito bem o parasita da laranja! De tempos a tempos, também temos por cá esse malvado a comer-nos a fruta toda. Por agora, pelo menos à dimensão nacional, ele está no defeso. O que nos apoquenta nos dias que correm, é a cochonilha da rosa. A cochonilha é um parasita que se alapa nos ramos e nas folhas da roseira, sugando da planta toda a seiva que há para sugar. O remédio é a calda bordalesa (nome atribuído certamente em memória de Bordallo!...) mas os parasitas resistem sempre!
Continuemos, Lailson, aí pelo Brasil e por cá, honrando a memória de Bordallo, aplicando a... bordalesa (ou "simplesmente" umas boas cacetadas) nos parasitas!

A História do humor brasileiro, segundo Lailson
"Historia del humor gráfico en el Brasil" é o título de um livro de 334 páginas de autoria de Lailson de Holanda Cavalcanti, esse mesmo que tem estado regularmente a crónica do Brasil no Buraco da Fechadura. Trata-se de uma edição da Editorial Milenio, de Lleida (Espanha), com a colaboração da Fundación Universidad de Alcalá.

Trata-se de uma obra incontornável na biblioteca de quem pretenda ter uma visão geral do riquíssimo humor gráfico brasileiro, organizada com assinalável critério e qualidade, onde abundam imagens que foram recolhidas com especiais cuidados para que possamos fruí-las adequadamente.

Para conhecer mais acerca deste multifacetado artista, basta escrever "Lailson" na janela de pesquisa deste blog (em cima à esquerda, em fondo castanho claro).



sexta-feira, abril 28, 2006

De Lailson para Buraco da Fechadura
Crónica desenhada do Brasil
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God save Bira!
Cartoonista brasileiro
à conquista de Londres

Na próxima terça-feira, Bira viaja com a família desde o Brasil para Londres.
Lembra-se de Bira? Apareceu a espreitar pela primeira vez aqui pelo Buraco da Fechadura no passado dia 12 de Abril.
Para além de visitar familiares que tem no reino de sua octogenária magestade, Bira vai "fazer contatos com opessoal do Museu do Cartum recém-inaugurado", conforme ele próprio afirmou ao Buraco da Fechadura. E acrescenta: "Vou conhecer também o ilustradorOscar Grillo, argentino que mora em Londres há um bocado de tempo (com quem tenho trocado tantos desenhos, alguns repassados pras listas que participo). Ele é amigo do Dave McKean, que espero conhecer também. E quem sabe AlanMoore?"

Um pedido de Bira:
"Se alguém tiver algum contato no meio de ilustração, cartum ou quadrinhos e quiser passar, eu agradeço."

Bira "nomeado para os óscares"
"Bira Zine", publicação de Bira, acaba de ser indicada para o PrêmioHQ MIXpessoal. "Pela primeira vez estou concorrendo na cédula do HQ Mix! Realmente é uma grande honra!" - confessa o ilustrador.

quinta-feira, abril 27, 2006

Cartoons de Zé Oliveira na Costa Rica
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ComoBuraco da Fechadura já noticiou, a associação La Pluma Sonriente, da Costa Rica, está em festa. Comemora o seu 25º aniversário.

Entretanto, também a Humorgrafe, de Osvaldo de Sousa, completa este ano igualmente 25 anos. Esta coincidência é assinalada com, entre outras iniciativas, uma exposição temática portuguesa (O Meio Ambiente) que a Humorgrafe manda à Costa Rica. A minha participação é com este desenho e mais quatro.

Zé Oliveira
Eleições brasileiras, segundo Lailson
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Duas de Ferreira dos Santos

quarta-feira, abril 26, 2006

Lailson de novo no Buraco

Lailson acaba de enviar mais colaboração para Buraco da Fechadura.
Olha aí, cara: cê dá-nos um porco e a gente te devolve um chouriço de oito letras: O-B-R-I-G-A-D-O!

terça-feira, abril 25, 2006

Hoje é dia 25 de Abril
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Esta é a minha ilustração de 25 de Abril de 2006
Zé Oliveira
Recordar Guarda Ribeiro
Hoje, 25 de Abril, às três da tarde
No Museu do Vidro,
Marinha Grande
Apresentação pública
Foi o Advogado dos Trabalhadores.
Deixou-nos quando muito ainda haveria de fazer.
Foi um exemplo de cidadania.
Tive a honra de o acompanhar num projecto político de candidatura à Câmara Municipal de Leiria.
Tive a sorte de contar com os seus préstimos profissionais.
Honrou-me o convite de sua viúva Júlia Guarda Ribeiro para inclusão de uma caricatura de minha autoria na capa deste livro onde se recolhem as suas intervenções na imprensa (e outros desenhos no interior).
Foi com alguma emoção que concebi o grafismo da capa deste livro.
Zé Oliveira

segunda-feira, abril 24, 2006


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João Abel Manta
Cartoonista por imperativo de cidadania






João Abel Manta é hoje objecto de seis páginas na revista Notícias Magazine (que acompanha as edições dominicais da Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Notícias da Madeira.

Um bem elaborado texto de Catarina Pires esboça o retrato do arquitecto-cariacturista que chegou a conhecer as grilhetas da prisão fascista e se distinguiu como cartoonista do período ante-durante 25 de Abril.

Desenhou imenso durante o PREC (Processo Revolucionário em Curso), especialmente para o Diário de Lisboa e Diário de Notícias, foi senhor do mais distintivo traço das últimas décadas do século XX, passou mensagem de extrema acutilância e utilidade intelectual, mas nunca recebeu um cêntimo ("um tostão", dir-se-ia então) pelos seus desenhos. O desenho que segue, ilustra bem a força crítica de Manta.

Atente-se na legenda: "Fascistas mal enterrados começam a botar flor". Naquela altura, só começavam!!!





Faça clik sobre as imagens, para ampliar.

A imagem do topo foi intervencionada (recolocação do fundo) por Buraco da Fechadura.

As imagens são de Notícias Magazine de hoje, 23 de Abril de 2006.

sábado, abril 22, 2006

Ontem, no Região de Leiria
O Cartoon que não o é
...ou mais uma prova de que Caricatura não é necessariamente gargalhada ou necessariamente sorriso. Pode ser uma "simples" observação de criança

Verá como vê melhor, se clicar sobre a imagem. Experimente, para ver


A notícia da semana cá por Leiria já não é nova mas é, mais uma vez, merecedora de manchette.
Já tratei em cartoon um montão de vezes o caso dos atentados ao ambiente por parte de suinicultores da região, os jornais já levaram o assunto à primeira página outras tantas vezes ou mais, as equipas dos telejornais já conhecem sobejamente o caminho para a Ribeira dos Milagres, mas os porcos (com sua licença) continuam a cagar de alto, desculpem a expressão.
Desta vez, limitei-me a transcrever para a cabeça da página três do Região de Leiria um diálogo com a minha neta, quando ela ainda não completara o seu terceiro aniversário.
...Vejam lá o que é que a nossa geração meteu na cabeça das crianças de agora!
Não vai ser nada fácil lavar-lhes a cabeça, ai não vai não!...
...E os de agora é que são geração rasca?!...

Zé Oliveira

Entrevista com Juan José Carbó Gatignol
Carbó, Notário de Humor
e associativista convicto
Cortesia para Buraco da Fechadura:
José María Varona "Ché"
Entrevistador e entrevistado são membros da FECO - Espanha e da AACE


Juan J. Carbó nasceu em Sueca (Valência) em 1927 e desde a sua mais tenra infância demonstrou grande interesse pelas belas artes, tendo acabado por acumular a profissão de desenhador com o seu trabalho de funcionário da Segurança Social de Valência que exerceu durante 48 anos (entre os 17 e os 65 de idade).

Recentemente a Universidad de Alicante concedeu-lhe, juntamente com o desenhador galego
Xaquín Marín, o prémio Notário de Humor, um dos mais apreciados no mundo do humor gráfico.
Todas as quintas-feiras, os membros e simpatizantes da
AACE (Associación de Autores de Cómic) reunimo-nos em Valência, oportunidade que aproveito (tal como tenho feito com outros companheiros) para lhe fazer uma entrevista.

- Amigo Carbó, nasceste en Sueca em 1927… Em que data?

- Nasci no dia de S. José, 19 de Março.

- Desde quando te interessas pelo desenho?

- Desde muito pequeno; sempre tive a impressão de que gostava de desenhar, e para me dar confianza tive a meu lado o meu professor de desenho Don Alfredo Claros, um pintor competente no seu trabalho e que através dele alcançou notoriedade.

- Quando inicias a tua carreira como profissional?

- Em 1939 mudei com a família para Valência. Aí continuei os meus estudos de desenho na Escola de Belas Artes de San Carlos, mas como tinha de trabalhar, só assistia às aulas, que eram livres, à tarde e à noite, até 1949, ano em que inicio minha colaboração com a revista Cubilete da Editorial Gong de Valência, onde crio a personagem Homobono e onde permaneci até ao seu encerramento que acontece sem que se perceba porquê, já que a dita revista, que tinha uma equipa estupenda, se vendia muito bem. O tempo que aí passei foi muito positivo porque estive rodeado de excelentes profissionais: Frejo, José Luis Macías, Alberto Peris e alguns outros com quem voltei a encontrar-me no meu período da Editorial Valenciana.

- Em que ano começas a colaborar com a Editorial Valenciana?

- Em 1950 estava na tropa e, estimulado por Alamar, um desenhador amigo, apresentei-me na referida Editorial com uma série de trabalhos que foram analisados por Soriano Izquierdo (naquela altura, a alma máter de tudo aquilo) e que aceitou de imediato, pelo que me comecei a trabalhar com eles imediatamente. Minhas personagenes foram Robustiano Fortachón e El Penado 113. Mais tarde quando apareceu Pumby também colaborei nessa publicação para a qual criei a personagem Ivanchito. Pouco depois, fiz capas para essas duass revistas. Desenhei para eles ininterruptamente até ao fecho da Editorial.

- Fala-me de umas páginas de divulgação que realizaste igualmente para a Valenciana, no teu estilo simples e conciso, narrativa fluida e teu traço muito seguro. Em que consistia esse trabalho?

- Eram páginas de cujo texto e desenho eu me encarregava e que se publicavam no Jaimito, em que divulgava regras de circulação viária, biografias de personagens célebres, notícias, curiosidades em geral e informações de tipo desportivo. Era algo de que gostava, pelo que me especializei no género.

- Além da Editorial Valenciana, desenhaste para mais alguma editorial espanhola?

- Sim, para a Editorial Bruguera de Barcelona, exactamente para a revista Pulgarcito. A personagem que ali me tornou conhecido foi Plácido Guerra.
Nos anos 80 colaborei no suplemento Pipa de EL Diario de Valência. E na revista para adultos Reseso da Editorial Maga; e também, durante alguns anos, fiz desenhos para a revista
fallera El Coet.

- Por que fechou a Editorial Valenciana, questão que levantou grande polémica? Até que ponto isso te afectou?

- Só me afectou até certo ponto. O encerramento afectou a todos, mas o meu caso era diferente dos outros, já que eu era funcionário da Segurança Social e tinha no desenho uma actividade complementar que me dava a ganhar algo mais; situação diferente da de outros companheiros para quem o desenho era toda a sua vida.

- Que fizeste a seguir?

- Como os outros, mantive viva a chama colaborando de forma esporádica em determinadas publicações. Muitas das vezes sem a preocupação do lucro. Passado algum tempo surgiu a AACE com a qual me vinculei de imediato, o que me permitiu participar na exposição Tebeospain que tanto êxito teve e que propiciou que pudesse reunir-me de novo com antigos companheiros e também com os jovens talentos (de tudo isso existe na citada associação), o que me deu muito gosto.

- Recentemente a Universidad de Alicante concedeu-te o prémio Notário de Humor. Que significado tem essa distinção para ti?

- Algo que me dá uma grande satisfação. Quando fui receber o prémio a Alicante, senti-me muito aconchegado por colegas, e também pelas autoridades académicas que me entregaram o prémio e me colocaram a correspondente beca. Ao falar com o vice-reitor Sr. Pradells, ele comunicou-me que conhecia perfeitamente os meus desenhos que recordava com muito carinho. Realmente depois de coisas assim, sentimo-nos reconhecidos vendo como um montão de anos de profissional, não caíram no anonimato.

- Incorporaste-te na Associação Internacional de Desenhadores FECO e também na AACE. Nesta altura, o que é que isso pode trazer-te?

- De material, pouco, mas dá-me satisfação encontrar-me de quando em quando com os antigos companheiros que felizmente ainda vivem; e também com os profissionais jovens que me ajudam a compreender como vive e se desenvolve o mundo do desenho actual.

Dito isto, despedimo-nos dizendo ¡hasta la vista! O que equivale a dizerr ¡até à próxima quinta-feira! Em que felizmente voltaremos de novo a ver-nos no lugar habitual de reunido.
Felizmente Juan José Carbó Gatignol "Carbó", apesar da idade, possui uma excelente saúde e ânimo para participar nas reuniões onde se discute qualquer tema que possa surgir.

Abril de 2006

quarta-feira, abril 19, 2006

"Os Corvos", o cartoon
do Região de Leiria

Mais uma vez, o meu cartoon semanal do Região de Leiria da passada sexta-feira abordou a vergonhosa poluição da Ribeira dos Milagres. Dias antes, tinha sido denunciada mais uma descarga de efluentes suinículas.
Entretanto, os telejornais de há poucas horas davam conta de mais uma descarga posterior. Entrevistado, um popular mostrava-se revoltado e descrente de uma solução que restitua às vizinhanças da ribeira a qualidade ambiental a que têm direito.

Na próxima sexta-feira reabordo o tema. De uma forma peculiar. Já está desenhado e seguiu há minutos para a Redacção.

Veja o desenho com mais qualidade, clicando sobre ele.

terça-feira, abril 18, 2006

Raim colabora de novo
... apetece-me pegar no nome do Raim e trocar entre si as posições da segunda e da terceira letra. Ficaria Riam!
...conselho bem apropriado para aqui!
Z.O.
45.000 espreitadelas no Buraco
O Buraco da Fechadura atingiu as 45.000 visitas. É um número assinalável, se tivermos em conta que a administração do blog não desenvolve quase nehuma atitude de divulgação da sua existência.

Obrigado a todos pelas visitas. E, principalmente, obrigado a todos os colaboradores.

segunda-feira, abril 17, 2006



Mais humor de FSantos

Ferreira dos Santos atravessa um momento de grande criatividade. E... Buraco da Fechadura recusa-se a acreditar num "boato" que chegou cá à redacção, cujo era o Ferreira estar a pensar desistir da ideia de publicar o livro de humor que aqui já foi anunciado.

António Ferreira dos Santos já publicou o livro "O dedo na F'rida", há uns pares de anos, para além das edições que concretizou materializadas em postais e outras colecções. Foi particularmente feliz (e tão oportuna então quanto hoje!...) um 'port-fólio' que nos dava uma visão tão crítica quanto bem humorada do moderno mundo urbanístico que temos andado a (des)construír. Segundo nos parece, é esse o lado mais relevante do humor de Ferreira dos Santos, um resultado feliz do casamento do humorista que ele é com o arquitecto que ele também é.

Um dia destes, facultar-vos-emos alguns desses cartoons, que já fazem parte da história do humor em Portugal.

sábado, abril 15, 2006

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Sexo, Mentiras e Fotocópias
O Álvaro Santos já terminou a sua banda desenhada "Sexo, Mentiras e Fotocópias" e agora vai enfrentar o trabalho mais difícil: conseguir que uma editora a publique.
A história tem ritmo, funciona na base do "non sense" (ou talvez não... Talvez aquilo sejamos nós mesmos, portuguesitos, tal e qual... Porque traduzindo apressadamente, "non sense" significa "falta de senso"...), funciona na base do "non sense" e é protagonizada por anti-heróis do nosso dia-a-dia, que vivem a surpreendente e paradoxal aventura do banal . É económica no texto e bem desenhada. portanto só pode ser publicada. Não há condições para que não seja.
Mesmo não sendo necessário, o Álvaro diz que "gostaria de vos mostrar algumas páginas e de saber asvossas opiniões que, se quiserem, poderão deixar nazona dos comentários" do blog dele, acrescentando que "serão úteis para propor isto às editoras".
Segue o endereço. Vão até lá e apreciem todas as pranchas, ampliando cada uma, para maior facilidade de fruição.

sexta-feira, abril 14, 2006

O Alberto é de olhão
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O Alberto Ferreira, sendo de Aveiro, é de olhão.
Poisou o olho nesta notícia do JN e, vai daí, retratou a situação como realmente ela aconteceu: a cegonha trazia "mercadoria" inconveniente a caminho da residência paroquial.

quinta-feira, abril 13, 2006

Calvário, segundo FSantos ...desenhado a pensar na triste sorte de um cantor (e voyeur do Buraco da Fechadura) que "não sabe, nem sonha", quem lhe roubou do carro uma viola e todos os documentos.

quarta-feira, abril 12, 2006

Bira, "menino do Rio"

BIRA espreitou o Buraco da Fechadura e, usando o endereço que divulgámos, tentou obter informações adicionais acerca da Volta a Portugal em BD.
Sem sucesso. Mas o mesmo já nos aconteveu a nós; vamos acreditar que dentro de um dia ou dois a comunicação esteja restabelecida.
Nem tudo se perdeu! Porque gorou-se a comunicação de Bira, mas o Buraco da Fechadura ganhou um colaborador! E excelente, como pode verificar-se pelas ilustrações anexas.
Dentro de poucos dias daremos informações biográficas de BIRA com mais detalhe, mas para já registemos isto:
Ubiratan Libanio de Araujo (BIRA), nasceu em 3 de Março de 1963, em S. Paulo, mas cresceu no Rio de Janeiro.
No Estúdio de Ely Barbosa, trabalhou como assistente de Eduardo Vetillo, tornando-se depois o desenhador da revista Os Trapalhões.
Tem publicado diariamente na imprensa e foi intercalador de desenho animado na Produtora Briquet.
Tem três colectâneas de cartoon publicadas e ilustrou uma mão-cheia de livros.
Possui uma vasta galeria de prémios, de que falaremos dentro de dias.
Colabora regularmente desde há 24 anos com o Movimento Sindical, produzindo cartoons, tiras e histórias de BD.

Macaquice do fumador Carlos Amor

Este FumaKong está num dilema entre duas soluçãos para acalmar os nervos...

segunda-feira, abril 10, 2006

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Cartoon, cartune ou cartum?

Por minha parte, que tento acautelar o mais que me é possível a portugalidade da nossa língua, fiquei satisfeito quando apareceu, há dois ou três anos, um novo dicionário da Língua Portuguesa (em dois ou três volumes). Na falta de funcionamento de um mecanismo oficial de regulamentação da nossa língua, mecanismo que infelizmente não existe, saudam-se redobradamente as iniciativas privadas. Já que a língua portuguesa "caíu na rua" (creio mesmo que caíu na valeta...) pois que seja na rua que se "regulamente"!

Espreitei o dicionário (é muito caro e um tanto equívoco, para que eu me tivesse decidido a comprá-lo) e reparei que ele aportuguesa a palavra cartoon, criando o neologismo cartune. Entusiasmei-me com a novidade e desatei a escrever "cartune" por tudo quanto é papel (vegetal ou virtual). Mas reparei que, se não estava sozinho, estava pouquíssimo acompanhado. E arrepiei caminho. Regressei ao anglicismo cartoon. Porque, se estamos em minoria, não temos o direito de impôr a grafia de um neologismo.

Vem isto a propósito de um comentário que recebi por e-mail, em que A Nunes (do blog DispersaMente) comenta que o cartoonista Ferreira dos Santos usa o termo cartum, à semelhança do que fazem os brasileiros.

Por minha parte, estou mais disponível para regressar à utilização da palavra cartune do que para usar o brasileirismo. Porque o vocábulo aportuguesadoestá mais próximo do significado original; cartoon é o anglicismo do substantivo cartão. Muito antes de existirem as fotocopiadoras ou outros meios de reprodução ao alcance fácil, nos ateliers (ateliês...) de tapeçaria faziam-se tapetes a reproduzir uma vez, duas, dez, cem vezes um desenho que o artista desenhava sobre cartão. Era um material muito mais resistente do que o papel, e só resistindo às bolandas da oficina ele poderia continuar a ser reproduzido pelas artesãs dos tapetes anos adiante. Hoje, a sua degradação não seria problema, pois rapidamente a fotocopiadora ou a impressora do computador criaria num instante nova cópia a partir do original bem guardado em arquivo.

Ainda hoje se chama cartão ao original que o artista cria (por vezes no "vidro" do conmputador...) com vista à elaboração de uma tapeçaria.

...E o termo transferiu-se para a área do desenho satírico, provavelmente porque os primeiros caricaturistas terão sido gente com mão "feita" nas oficinas de tapeçaria...

O termo cartum desvia-se daquele conceito.

Zé Oliveira
O Ferreira dos Santos...
...desta vez enganou-se! O Bush só consegue ser cómico em dupla com o Estic!
Por outro lado, o Bush é mesmo uma arma química! Segundo afirmam os miais credenciados observadores internacionais, aproximando-se um fósforo aceso da boca do Bush a seguir à refeição, ele inflamaria!
Blasfémia de Marisa Babiano

Marisa Babiano publica todos os dias no Diário de Alcalá, a uma trintena de qiuilómetros de Madrid. Recordemos que a população da cidade de Alcalá de Henares foi a mais fustigada pelos atentados terroristas do 11 de Março, pois oa alcalenses usam diariamente os combóios para ir trabalhar (estudar, etc) em Madrid.

Vem aí a Volta a Portugal em 24 Horas!
...em Banda Desenhada

Não é um concurso, conforme informa a organização, é sim a edição de um livro colectivo, que nasce de um desafio que está a ser lançado "a todos os autores de BD, Ilustradores, Argumentistas e "Contadores de histórias, profissionais ou amadores, de nacionalidade oportuguesa ou estrangeira".
Pedir mais informação através de info@drmarkete.com e consultar www.drmarkete.com

domingo, abril 09, 2006

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Se não acredita, veja:
FSantos dá duas no Buraco!

sexta-feira, abril 07, 2006

FSantos por Wolinsky

Ferreira dos Santos, o António do Buraco da Fechadura, (isto dito assim até parece que sou o Balsemão...) aparece aqui caricaturado por Georges Wolinsky num momento em que dava uma entrevista a uma jornalista boazona da 'Time'.*

Wolinsky fará parte do juri do próximo Portocartoon, cujo regulamento se divulga abaixo.

Z. O.

*(O dia das mentiras já passou? quero lá saber!)

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VIII Portocartoon
PRÉMIO ESPECIAL VINHO DO PORTO
Regulamento

Preâmbulo

Apesar de existir antes, foi há 250 anos que o "Vinho do Porto" conquistou as garantias de marca internacional, transformando-se no grande "embaixador" de Portugal. Trata-se de uma das mais antigas marcas do mundo.
Em 1756, o Marquês de Pombal criou legalmente a região demarcada do Vinho do Porto, nas serras do Alto Douro, fazendo dele o primeiro vinho no mundo com demarcação e regulamentação.
A partir de então, o Vinho do Porto passou a ser uma companhia indispensável para celebrar momentos de festa e celebração, em qualquer parte do mundo. Vários escritores e figuras de Estado elogiaram as suas propriedades especiais.

A conhecida ligação do bom vinho com o bom humor e a comemoração do 250º aniversário da decisão real justificam a criação de um PRÉMIO ESPECIAL VINHO DO PORTO, no âmbito do VIII PORTOCARTOON.
O regulamento deste Prémio Especial é idêntico ao do PortoCartoon, subordinando-se assim às suas grandes linhas.

1
Cada artista/jornalista pode enviar o número de originais que quiser, mas apenas cinco, no máximo, serão considerados.

2
As medidas dos trabalhos não devem ultrapassar os 42x30 cm.

3
Os trabalhos concorrentes devem ser originais, sendo admitidas quaisquer técnicas gráficas incluindo trabalhos digitais, desde que devidamente assinados pelo autor e com a indicação expressa de que se trata da impressão número 1.

4
As obras devem apresentar no verso as seguintes informações: nome do autor e endereços; título, secção temática a que se destinam, ano e devem ser acompanhadas por CV do autor (participação em exposições, prémios, publicações...).

5
Os trabalhos devem dar entrada no Museu Nacional da Imprensa, Estrada Nacional 108, nº 206 (ao Freixo), 4300-316 Porto / Portugal, até 12 de Maio de 2006.

6
A participação no PortoCartoon implica automaticamente a cedência dos direitos à publicação e reprodução dos trabalhos em qualquer suporte (páginas web incluídas), no âmbito da produção e divulgação do Festival.

7
Serão atribuídos os seguintes prémios, acompanhados de um troféu e diploma:

1º Prémio PortoCartoon/Vinho do Porto : Embalagem especial de Vinho do Porto e prémio-surpresa.
2º Prémio: Embalagem especial de Vinho do Porto
3º Prémio: Embalagem especial de Vinho do Porto

8
Para além do prémio atrás referido, o júri poderá atribuir Menções Honrosas.

9
O Júri, presidido por Georges Wolinski, terá um número ímpar de membros e as suas decisões do júri são irrevogáveis, não podendo ficar sujeitas a qualquer tipo de recurso ou reclamação.

10
Os trabalhos premiados ficarão propriedade do Museu Nacional da Imprensa e farão parte da futura Galeria Internacional do Cartoon. Os restantes só serão devolvidos depois da exposição (incluindo digressões) aos artistas concorrentes que o solicitarem formalmente no acto da inscrição.

11
A utilização dos trabalhos não premiados fora da exposição, promoção e divulgação do PortoCartoon fica sujeita ao pagamento de direitos de autor, nos termos em que forem devidos

12
Todos os concorrentes cujos trabalhos foram seleccionados para a exposição terão direito a catálogo.

13

A entrega do prémio será feita em cerimónia pública organizada para o efeito.
-


O cartoon de Zé Oliveira, hoje, no Região de Leiria

Em França, os jovens reivindicam condições legislativas aceitáveis para o Primeiro Emprego. Por cá... os jovens vão encolhendo os ombros perante a indecorosa hipocrisia com que se "fazem" concursos.
(O conselho do costume: clique em cima do desenho, para não estragar os olhos!)
Felizmente, Lailson reincide!

Obrigado, Lailson! Manda mais!
(Buraco da Fechadura não paga cachet, mas agradece).

quarta-feira, abril 05, 2006

Cá... na dá!
"Cá... na dá"! Era assim que o Carlos Rico identificava este cartoon ja janela de "Assunto" da mensagem de envio.
Pois é, Carlos! Cá (lá) na dá. Mas Cá (cá) também na dá!...
(Humorista que até no "Assunto" faz humor desta qualidade, é humorista de mão cheia!!!"

terça-feira, abril 04, 2006

La Pluma Sonriente - 25 anos
Exposição de Portugal na Costa RicaOscar Sierra quintero (Oki), que muitos dos caricaturistas portugueses conhecemos pessoalmente desde a penúltima Festa da Caricatura da Lousã, divulga através do Buraco da Fechadura o seu convite para que participemos com 25 obras numa exposição de Portugal inserida no 25º aniversário de La Pluma Sonriente, associação de caricaturistas e banda-desenhistas da Costa Rica que fundou e preside.
Em nome do Oki, peço aos colegas que, para já, comuniquem através do Buraco da Fechadura a sua adesão à iniciativa, informando quantos desenhos disponibilizam (até ao máximo de cinco).
*Tema exclusivo: Ecologia e Meio Ambiente (ou temas afins).

*As obras devem ter um tamanho máximo de 46 X 32 cms. (Técnicas livres) com identificação e curriculum do autor no verso de cada obra.

*As obras devem ser enviadas de modo a estarem na Costa Rica em 5 de Maio.

*O endereço para envio das obras será divulgado em data próxima.

*Por antecipação (e o mais rápido possível) devem enviar-se, via correio electrónico, biografias resumidas de cada um dos participantes, com suas autocaricaturas e ficheiros das obras em cor. Brevemente forneceremos endereço electrónico.

Vamos aderir em força a esta oportunidade de divulgação da caricatura portuguesa na América Latina?

Zé Oliveira



segunda-feira, abril 03, 2006



«La exposición sobre El Quijote la hice en Tomelloso, que es mi pueblo, Y el Museo de Dulcinea creado por JL Mena está en El Toboso, que es el pueblo conocido universalmente por ser el lugar de la Mancha, donde vivia la novia de Don Alonso Quijano, como bien sabes. Los dos pueblos están a una distancia de 40 Kms. Territorio manchego total.

Un fuerte abrazo , JLCabañas»

A imagem acima, que é um fragmento de foto aqui publicada anteriormente, foi manipulada por Buraco da Fechadura

domingo, abril 02, 2006

Lailson mantém os pés na terra

Lembro os mais distraídos de que ontem foi 1 de Abril, dia que os portugueses consagram às mentiras.
Portanto, embora me pareça desnecessário, informo que era mentira aquela de que era Lailson o brasileiro-astronauta. Não é que o seu espírito de aventura e de irreverência não fossem suficientes, mas Lailson fica para próxima viagem.

Segue assinatura do declarante, com reconhecimento:


.....

sábado, abril 01, 2006

Um brasileiro na Lua

Lailson é aquele brasileiro que fez pontaria para caír num dos buracos da Lua, mas enganou-se na rota e caíu no... Buraco da Fechadura (seguiu arRota pelintra).
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Bem vindo, cara!
A outra nave qui cê encontrou, creio que é de Coutinho! Aquele cara companheiro de Cabrau que ficou Gago com os sustos da viagem!
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Cês não sabiam, né? Pois é verdadje! O astronauta brasileiro que vai pêgá uma carona, sob pseudónimo, chama-se na realidade Lailson de Holanda Cavalcanti, uma personagem muito organizada que divide os seus dias em duas partes: doze horas do dia desenhando cartoons para a imprensa e historietas de banda desenhada e doze horas da noite animando os serões brasileiros com a sua banda de blues.

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Portanto, para Lailson, "estar na Lua"... deixa de ser uma expressão de sentido figurado. Entrar no Buraco da Fechadura é o mesmo que estar na Lua.

Abraços, cara!
Zé Oliveira
FSantos caiu numa depressão
...ou foi num buraco do pão?...
Direcção artística de Osvaldo de Sousa
III Bienal de Humor Raiano
'Este ano, o tema é Patrimónios'

Vivemos tempos difíceis em que o Governo Português, em nome da crise, tenta parar o país, principalmente o campo cultural. Vivemos tempos difíceis em que o mundo árabe tenta calar as mentes, e que políticos aventureiros aproveitam para tentar calar o humor. Por tudo isso cada Festival de Humor é importante, é importante a participação dos artistas, que são a razão da sua existência.

REGULAMENTO
III Bienal de Humor RaianoIdanha-a-Nova 2006(XIII Feira Raiana)

1.
Aberto à participação de todos os artistas gráficoscom humor, que residam na Península Ibérica

2.
Cada artista pode enviar até 4 trabalhos, sob otema "Patrimónios". (A Península Ibérica é rica na sua herança de patrimónios Árabe / Judaico / Cristão. Num Património que vai desde o Medievo ao Contemporâneo a preservar. Tudo isto faz com que sejamos uma região muito especial, de riqueza cultural e de tradição de assimilação das culturas, dos povos, principalmente as regiões raianas).
Os trabalhos devem vir na língua decada região (os bascos necessitam de enviarparalelamente a tradução noutra das línguas ibéricas ou em inglês, já que temos dificuldade de conseguir tradutores bascos).

3.
Os trabalhos devem ser a preto e branco, preferencialmente A4 não podendo ser superior a A3. Aberto a todas as técnicas (os trabalhos feitos acomputador, para além do seu envio em suporte informático - CD ou disquete a 300 dpis Jpeg - devem ter também prints em A4, assinados à mão e numerados 1/1) e estilos, como cartoon, desenho de humor, tira, prancha de bd (numa prancha só)... devendo estes vir identificados no verso com nome, morada, e-mail, telefone, e Nif.

4.
Os trabalhos serão julgados por um júri constituído por: Vereador da Cultura da Câmara Municipal deIdanha-a-Nova; Coordenador da Bienal - Centro CulturalRaiano; Director Artístico - Humorgrafe; representante de La Raya - A Raia; e dois artistas plásticos a convidar, sendo outorgados os seguintes
Prémios:
1º Prémio (no valor de 1.500 €
2º Prémio (no valor de 1.000 €
3º Prémio (no valor de 500 €)

5.
O júri outorga-se o direito de não expor trabalhos que não atinjam a qualidade mínima exigida.

6.
Os trabalhos premiados ficam automaticamente adquiridos pela Organização como espólio do CentroCultural Raiano. Todos os outros serão devolvidos até aofinal do ano.

7.
Os direitos de reprodução são propriedade daorganização logo que seja para promoção desta Bienal /Centro Cultural Raiano, e discutidos pontualmente com os autores, no caso de outras utilizações.

8.
Os trabalhos devem ser enviados até 20 de Maio de2006 para:
Osvaldo Macedo de Sousa
Bienal de HumorRaiano
Praceta dos Inglesinhos nº1-2º esq
2780-516 Caxias
Portugal

9.
A 3ª Bienal de Humor Raiano - Idanha-a-Nova realiza-se de 28 de Junho a 3 de Julho no CentroCultural Raiano de Idanha-a-Nova, podendo posteriormente ser mostrada noutras localidades seja em Portugal ou em Espanha até ao final do ano. As obras serão devolvidas até ao final do ano de 2006, acompanhadas com os respectivos catálogos.

Ficha de participante
Nome.........................................
Morada .....................................
Código Postal............................
País:...........................................

Nif/Nº Cont. ............................
Tel. .................... / ....................
E-mail:......................@.............
Nº de obras enviadas .............
Mini Curriculum ......................
....................................................
....................................................
....................................................

Organização:
CÂMARA MUNICIPAL DE IDANHA-A-NOVA Centro Cultural Raiano.
Coordenador Geral: Paulo Longo
Director Artístico: Osvaldo Macedo de SousaUma
Produção: HUMORGRAFE
Cabañas de la Mancha
e Sancho Mena
e vice versa
Numa Exposição em Tomeloso, salvo erro com uma colecção de Quixotes desenhados pelo nosso amigo JLCabañas, os visitantes tinham a possibilidade de enfiar a cabeça no buraco (!) para se fazerem passar pelo autêntico Cavaleiro da Triste Figura e/ou pela anafada figura de seu escudeiro Sancho Pança.
E foi assim que JLCabañas (de barba) e Mena (criador do Museu Dulcineia em Tomeloso) experimentaram (apenas por momentos, é certo) a aventura de ser intrépido cavaleiro da Mancha ou enfadado tripulante de gerico.

O traço do esburacado painel é de JLCabañas. Menos os buracos, que são obra do carpinteiro. (É muito bonito respeitar os direitos de autor. Nem que seja da autoria de um Buraco. Eu que o diga...)

Zé Oliveira